Resumo das Monografias – 1ª Turma de pós-graduação Lato Sensu em Análises Clínicas

ANEMIAS NA INFÂNCIA

Autor: Abigail Figueiredo Santana Giansante

Resumo: Com o objetivo de avaliar a prevalência de anemia em crianças, foram estudadas 160 crianças de 0 a 10 anos, das quais 80 crianças eram provenientes da rede SUS e 80 de laboratório particular. Através da análise do sangue por citometria de fluxo com avaliação citológica em extensão sangüínea, obtivemos resultados que nos permite concluir que a prevalência de anemia microcítica hipocrômica com poiquilocitose e policromatofilia é maior nas crianças em demanda ao SUS.


HORMÔNIOS TIREOIDEANOS

Autor: Ana Lúcia Callegari Rensi

Resumo: Este trabalho é voltado para o estudo dos hormônios tireoideanos. Foram ressaltados quais os hormônios envolvidos com a tireóide, bem como a secreção, armazenamento e função desses hormônios e quais são as doenças que estão envolvidas com o mecanismo de regulação tireoideana. O grupo escolhido foi de pacientes que apresentaram nas suas dosagens hormonais de T3, T4 e TSH valores alterados, e que não estavam tomando nenhum medicamento. Encontramos pacientes com hipotireoidismo, hipertireoidismo e pacientes com valores alterados e que não apresentaram nenhum tipo de doença tireoideana.


DIABETES

Autor: Carla Lamberti Monteiro

Resumo: O diabetes é um distúrbio metabólico que compromete sobretudo a capacidade do organismo de utilizar adequadamente a glicose no sangue, tendo como causa a quantidade insuficiente de insulina secretada pelo pâncreas. Contudo, há muitos outros fatores metabólicos complexos, envolvendo um desequilíbrio entre as várias glândulas endócrinas. Pesquisas recentes sugerem que muitos diabéticos têm sua insulina anormalmente ligada a outras proteínas na corrente sangüínea, de forma que ela se torna inativa. Sabe-se que ocorre com frequência nas pessoas obesas, nas que têm um caso de diabetes na família e ainda nas que sofrem de alguma disfunção do pâncreas, fígado, supra-renais ou hipófise. A doença nos casos mais leves pode não existir sintomas. Pode ser encontrada por acaso, através de um exame rotineiro de urina ou de sangue que indique a presença de açúcar na urina ou aumento da taxa de glicose no sangue. Nos casos mais graves, os sintomas incluem sede excessiva, micção freqüente, perda de peso, de força e energia. Ocasionalmente, o primeiro sinal evidente pode ser o início do estado de coma (perda da consciência), porque a doença progrediu a um estágio avançado sem ter sido reconhecida. O diabetes pode ser diagnosticado pelo alto teor de glicose encontrado no sangue; pela presença de açúcar na urina e pelo tipo de curva característica do teste de tolerância à glicose.


URINÁLISE

Autor: Catherine Vicentin Pavanelli

Resumo: A urinálise é de fundamental importância, pois além de acessível economicamente é não invasiva, e pode ser repetida quantas vezes forem necessárias. Contudo, uma urinálise para ser bem feita necessita de um examinador treinado e motivado, capaz de reconhecer estruturas microscópicas e avaliar os resultados bioquímicos.


ANEMIA DE FANCONI

Autor: Claudia Yoshie Kamei

Resumo: A anemia de Fanconi, também conhecida como Pancitopenia de Fanconi, é uma doença de afecção autossômica recessiva, produzindo intensa depressão das funções da medula óssea. Apresenta como principais características a deficiência do crescimento, anomalias faciais e microcefalia, pode-se caracterizar essas alterações com hipoplasia ou agenesia do polegar, encurtamento ou agenesia do rádio, baixa estatura, crânio pequeno, pigmentação cutânea em cor castanha, microftalmia, estrabismo. Outros achados têm complementado o quadro clínico, nestes incluem anormalidade das orelhas, surdez, oligofrenia, osteoporose e cardiopatias congênitas. A alteração auditiva tem início em alta frequência na infância, evoluindo lentamente com caráter neurossensorial progressivo na adolescência. A audição, quando afetada, não é significante, pois as outras alterações proporcionam uma sobrevida que não ultrapassa dois anos, quando não tratados. Atualmente o tratamento da anemia através do transplante da medula óssea tem aumentado o tempo de vida para os pacientes.


LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES)

Autor: Cristiane Tenório Mussato

Resumo: Este trabalho foi realizado com o intuito de esclarecer dúvidas sobre uma doença que achávamos ser rara. O Lupus eritematose sistêmico é uma doença complexa que envolve vários órgãos e sistemas, o seu diagnóstico é baseado em exames clínicos e de laboratórios. Devido aos muitos sintomas de outras doenças que o lúpus imita, que às vezes são vagos e podem desaparecer como vieram, fato que tona difícil diagnosticar a doença. Na verdade, ainda hoje não existe um único teste que possa determinar especificamente se uma pessoa tem ou não lúpus. O tratamento é individualizado caso a caso, depende do quadro clínico e dos órgãos acometidos, podendo haver uma combinação de vários procedimentos para que o paciente possa viver bem.


HEPATITE C

Autor: Daniela Maniscalco Sandalo

Resumo: Os conhecimentos sobre a Hepatite Viral C (HCV) vem se desenvolvendo desde a década de 70 que foi constatado diversos casos de hepatites adquiridas por transfusão sangüínea que se enquadravam nos casos de Hepatite não A não B (HNANB). Em 1989 foi descrito o isolamento de um agente associado a HNANB descoberto por técnicas moleculares e nomeado de HCV (Vírus da Hepatite C). Ainda foi descrito o ensaio sorológico deste agente, com soros de paciente com HNBNA de várias localidades do mundo e observado que este novo vírus era responsável pela maioria dos casos HNANB pós-transfusional. A detecção de anticorpos contra antígenos específicos do HCV é a maneira mais freqüente empregada para identificar a infecção presente ou passada. Para isso, são utilizados testes indiretos, que detectam anticorpos contra o HCV e testes diretos, também chamados de confirmatórios que detectam, quantificam ou caracterizam componentes da partícula viral, tais como, pesquisa do RNA do HCV e o teste de detecção do antígeno do core do HCV. Estes testes são importantes no diagnóstico da infecção, indicação terapêutica e no seguimento e avaliação da resposta virológica à terapêutica. O tratamento está indicado para pacientes com Hepatite C crônica com alto risco de progressão para cirrose, com cirrose compensada, pacientes com história de abuso de substância (álcool e/ou drogas) e que apresentam condições de aderência ao tratamento. A terapia mais efetiva é a combinada de interferon alfa (convencional ou peginterferon) associado a ribavirina.


HEPATITES VIRAIS

Autor: Elisandra Dias Motta

Resumo: As hepatites virais são doenças infecciosas, de transmissibilidade inter-humana, evolução aguda ou crônica, que pela alta morbidade universal, constituem importante problema de saúde pública. Pode-se considerar como crônica uma hepatite cuja reação inflamatória persiste sem melhora pelo prazo mínimo de seis meses. A hepatite A e a hepatite E, é uma doença infecciosa aguda, causada por vírus, que produz inflamação e necrose do fígado. A transmissão do vírus é fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados, uma pessoa infectada com o vírus pode ou não desenvolver a doença, a infecção confere imunidade permanente contra a doença. Na hepatite Delta o principal mecanismo do VHD está associado a via parenteral. A infecção delta é a principal causa de cirrose hepática em adultos jovens. No vírus da hepatite B ela é transmitida através dos fluídos corpóreos ou de sangue, pela relação sexual, por transplante de órgãos, através de seringas compartilhadas pelos usuários de drogas endovenosas. Como o VHB não é diretamente citopático, existem evidências consideráveis de que a hepatite B se inicia por uma resposta celular dirigida contra antígenos virais específicos, que levarão ao dano hepático. Temos também uma doença crônica e assintomática, que ataca o fígado e pode levar à cirrose e ao câncer, esta é a hepatite do tipo C, transmitida pelo sangue, é considerada o maior problema de saúde pública dos dias de hoje, pois afeta 170 milhões de pessoas no mundo (cerca de 5 milhões no Brasil) e mais de 90% delas não sabem estar infectadas ou não estão sob tratamento. Mas há uma nova e mais eficiente terapia no mercado, só falta nossa rede pública de saúde incorporar esse tratamento e realizar uma ampla campanha de prevenção. O tratamento eficiente é feito com interferon peguilado, mas o governo alega não liberar o medicamento devido a falta de uma dotação orçamentária específica.


PARASITOSES INTESTINAIS ENTRE CRIANÇAS DA S.A.I.S.

Autor: Érika Lima Barreto

Resumo: Este estudo teve como objetivo verificar a ocorrência de enteroparasitas entre crianças com faixa etária de 6 a 14 anos, matriculadas nos turnos da manhã e tarde, na S.A.I.S. (Sociedade Amigos de Ilha Solteira), localizado à Zona Norte, município de Ilha Solteira, onde são desenvolvidas atividades pedagógicas, esportivas e recreativas. As 182 amostras de fezes das crianças foram submetidas a exames pelos métodos de Hoffman e Direto com solução salina e lugol. Do total 22% de crianças estavam parasitadas e o restante (78%) não apresentaram parasitas no material. Foi constatada em 1% das amostras positivas, a associação de duas espécies de parasitas, e no restante (99%) a ocorrência de somente um parasita. Entre os Helmintos o predomínio se deu com Enterobius vermicularis (2%) e Hymenoleps nana (2%), e entre os Protozoários o predomínio se deu com a Giardia lamblia (53%) e Entamoeba coli (43%). O índice de positividade abaixo dos 50% na população vem comprovar que a população possui informação de como evitar a infestação destes parasitas, mas é fundamental a manutenção das campanhas entre as comunidades.


DIABETES MELITUS: TIPO I, TIPO II, GESTACIONAL E SUAS COMPLICAÇÕES

Autor: Fabiana Maciel Seripieri

Resumo: Diabetes melitus é uma doença crônica, caracterizada pela elevação da glicose no sangue acima da taxa normal (hiperglicemia). A taxa normal é de aproximadamente 60 a 110mg/dl. A doença acontece quando o organismo não consegue aproveitar a glicose, devido a duas situações diferentes. Na primeira, o pâncreas não funciona bem e não produz insulina. A insulina funciona como uma chave que permite a entrada de glicose nos lugares do corpo onde ela é necessária. Esta situação resulta na chamada diabete insulino-dependente ou diabete tipo I caracterizada pela destruição das células do pâncreas que produzem insulina. Quando pouca ou nenhuma insulina é produzida pelo pâncreas, o corpo não consegue absorver a glicose do sangue; as células começam a “passar fome” e o nível de glicose no sangue fica constantemente alto. A solução é injetar insulina subcutânea diariamente para que possa ser absorvida pelo sangue. Na outra situação, apesar do pâncreas sintetizar insulina, esta encontra dificuldades para agir, esta situação chamamos de diabete não insulino-dependente ou diabete tipo II, ocorre principalmente em adultos (30 a 40 anos ou +) e particularmente nos obesos. Embora não se saiba o que causa o diabete tipo II, sabe-se que neste caso o fator hereditário tem grande importância. O diabetes melitus é sem dúvida a forma mais comum e importante, representando um grupo heterogêneo de distúrbios que tem a hiperglicemia como característica comum.


NOÇÕES GERAIS SOBRE A DIABETES

Autor: Fernanda Cypriani

Resumo: O Diabetes, doença relacionada com o aproveitamento dos açúcares, de início pode ser assintomática, fato que leva retardar o diagnóstico e aumentar as complicações. Ela tem sido apontada como a doença que mais mata no mundo devido as suas complicações. Campanhas publicitárias tem sido veiculadas com o objetivo de alertar a sociedade sobre sintomas e riscos e advertindo a população sobre a necessidade de se adotar medidas preventivas. A mudança de hábitos e de alimentação, estilo de vida são importantíssimos ao trabalho preventivo e no controle da doença. No diabetes tipo 2, que atinge mais adultos, a obesidade e o sedentarismo são apontados como as principais causas, embora os fatores genéticos também são determinantes; já o diabetes tipo 1, que afeta mais crianças e adolescentes, e que acompanha-os pelo resto da vida, é obrigatório o controle permanente.


REAÇÕES TRANSFUSIONAIS

Autor: Helmer Massao Ribeiro

Resumo: O escopo do presente trabalho é salientar a problemática existente nas transfusões de sangue. Com a consciência que aquelas podem ocasionar diversas reações transfusionais, tornando-se relevantes na hemoterapia. Trataremos assim, dos efeitos adversos das transfusões de sangue, esclarecendo desde a reação febril até as doenças que podem ser transmitidas, como a síndrome da imunodeficiência adquirida, a AIDS, tendo o objetivo de preveni-los, descrevendo todas as reações com suas fisiopatologias, freqüências, sintomas, diagnósticos e tratamentos.


INFECÇÕES VIRAIS DOS LINFÓCITOS

Autor: Hiroko Leandro Suetsugu

Resumo: Vários estudos vem sendo realizados na busca de melhores tratamentos, prognósticos para doenças virais que acometem os linfócitos. O presente trabalho teve como objetivo a pesquisa das infecções virais que acometem os linfócitos, destacando suas etiologias, epidemiologias, diagnóstico clínico e laboratorial. Para obtenção desta pesquisa foram utilizados dados bibliográficos de diversos autores da área de ciências biológicas, especificamente hematologia. Vimos que dois tipos de vírus infectam os linfócitos: uma família de retrovírus linfotrópicos de células T humanas (HTLV-I, HTLV-II e HTLV-II) e dois membros do grupo dos herpesvírus, o vírus Epstein-Barr e o Citomegalovírus. Os HTLV são vírus RNA que usam uma enzima viral, a transcriptase reversa, para copiar sua informação genética em DNA. A infecção com HTLV-I tem seu papel etiológico reconhecido em duas doenças: a leucemia/linfoma de célula T do adulto (ATL/L), doença de alta incidência no Sul do Japão; e a paraparesia espástica tropical ou mielopatia associada ao HTLV-I (HAM/TSP). Já a infecção com HTLV-II foi relatada em casos de mielopatias crônicas, clinicamente semelhantes aos de HAM/TSP e em raros pacientes com uma forma de célula T de leucemia de células cabeludas (Hairy cell). A infecção pelo HTLV-III desenvolve a síndrome da deficiência imunológica adquirida (AIDS) fatal. O vírus Epstein-Barr e o Citomegalovírus são vírus DNA universais. O vírus Epstein-Barr é o agente causal da síndrome da mononucleose infecciosa e o citomegalovírus é considerado como um dos principais causadores de doenças no homem. O risco de infecção por este agente começa já na vida intra-uterina. Este trabalho teve a finalidade de expor as infecções virais que atacam os linfócitos. Infecções de alta importância, muito discutidas nos dias atuais, porém na maioria das vezes, apresentadas individualmente.


OCORRÊNCIA DE ANTICORPOS ANTITOXOPLASMA EM GESTANTES DO LABORATÓRIO PRÓ-DIAGNOSE – Campo Grande – MS

Autor: Josanne Resek Tannous Cordenonssi

Resumo: A toxoplasmose passou a receber grande importância no fim dos anos setenta, pois ficou comprovado, de modo claro, que esta zoonose é um problema comum e não simples doença excepcionalmente diagnosticada. A toxoplasmose é uma infecção, algumas vezes doença, causada pelo Toxoplasma gondii (Nicolle e Manceaux, 1908). Apesar do índice de infecção ser bastante alto o homem, estudos sorológicos indicam que mais de 80% das infecções primárias são assintomáticas, em decorrência da efetividade do sistema imunológico (Luft e Remington, 1992). Na fase aguda da toxoplasmose verifica-se a presença de anticorpos da classe IgA, IgE e IgM. Surgindo até cinco dias após a infecção, os anticorpos IgM, permanecem por períodos relativamente curtos, de dias ou semanas, desaparecem em seguida, porém eles podem persistir por mais de um ano em baixos títulos não significando que o paciente tenha sido infectado recentemente. Várias são as técnicas empregadas no sorodiagnóstico da toxoplasmose dentre essas, o teste de imunofluorescência indireta (IFI), técnica utilizada (Coons Deduc e Counolly, 1950; Goldman, 1957; Nery-Guimarães, 1968; Camargo, 1964). Nas gestantes soropositivas que não apresentarem exame anterior, deve-se fazer estudo sorológico mais completo, para afastar a possibilidade de uma infecção recente, que possa ter ocorrido na gravidez. Nos casos de soro-conversão, ou naqueles com características sorológicas de infecção recente, deve-se proceder ao diagnóstico pré-natal de infecção fetal ou na impossibilidade deste, instituir terapêutica antiparasitária que apresente o menor risco iatrogênico possível (Forestier et al., 1986). Este trabalho teve como objetivo investigar a existência de anticorpos das classes IgG e IgM positivos e negativos em pacientes gestantes. Assim, foi realizado um levantamento dos resultados obtidos da análise sorológica de 103 gestantes atendidas pelo serviço de imunologia do Laboratório Pró-Diagnose no período de janeiro a agosto de 2002. A imunofluorescência indireta foi a metodologia utilizada na investigação de diferentes classes de anticorpos (IgG e/ou IgM) chegando a conclusão que a ocorrência de anticorpos da classe IgG e IgM antitoxoplasma, encontrados em 103 pacientes gestantes, condiz com a prevalência média citada na literatura. E que dentre as 46 soropositivas, a maioria, 42 (91,31%) apresentaram infecção crônica. Porém a porcentagem de soronegativas em relação as soropositivas foi em maior número, mostrando-se assim o importante papel dos testes sorológicos como testes para o diagnóstico pré-natal.


TOXOPLASMOSE

Autor: Kelly Cristine de Matos

Resumo: Toxoplasma gondii, é um protozoário coccídio intracelular “próprio” dos gatos, e pertencentes à família Soncocystidae, na classe Sporozoa. Os hospedeiros definitivos de T. gondii são os gatos e outros felinos. Os hospedeiros intermediários são o homem, mamíferos não felinos e outros animais. O homem adquire a infecção por três vias: a) a ingestão de oocistos do solo, latas de lixo e em qualquer local onde os gatos defecam; b) ingestão de cistos de carne crua e mal cozida, especialmente de porco e carneiro; c) infecção transplacentária, ocorrendo em 40% dos fetos de mães que adquiriram a infecção durante a gravidez.


PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA TROMBÓTICA

Autor: Lígia Monaro da Silva

Resumo: A púrpura trombocitopênica trombótica é uma doença fulminante de etiologia desconhecida, caracterizada pelo aumento da agregação plaquetária e oclusão de arteríolas e capilares da microcirculação . Noventa e seis por cento dos pacientes apresentam trombocitopenia grave e anemia hemolítica microangiopática e 92% anormalidades neurológicas. A febre e o comprometimento renal – proteinúria, hematúria, azotemia e cilindrúria – estão presentes em 88% dos pacientes. Nos órgãos comprometidos, as arteríolas e os capilares são ocluídos por material hialino, consistindo basicamente de trombos plaquetários. A fibrina pode ser detectada na parede do vaso e qualquer órgão pode ser acometido. Os sintomas quase sempre pioram ou melhoram ciclicamente, talvez em decorrência das agregações plaquetárias, podendo os pacientes apresentarem cefaléia, afasia ou sonolência e em um momento estarem bem e em outro em mau estado geral. A etiologia provável da moléstia parece ser devida ao excesso de produção através das células endoteliais de grandes multímeros do fator de von Willebrand que deixam de ser fragmentados na circulação pela existência de um inibidor da protease responsável pela clivagem dos multímeros e sua transformação em pequenos fragmentos protéicos. A incidência é rara, estando relatado a ocorrência de um caso para 500 mil habitantes ao ano, sendo mais prevalente entre as. O diagnóstico diferencial principal é feito em relação a Síndrome Hemolítica Urêmica, que é mais freqüente nas crianças, enquanto a primeira é mais comum nos adultos. A maior incidência da moléstia situa-se ao redor dos 40 anos de idade e, 90% dos casos estão abaixo dos 60 anos.


CÂNCER DE PRÓSTATA

Autor: Lilian Renata Hinz

Resumo: O câncer de próstata ainda tem causa desconhecida, porém alguns fatores predispõe o indivíduo em desenvolver a patologia, como por exemplo, fatores genéticos, raciais, ambientais, idade, entre outros. Apresenta sintomas como: retenção urinária, polaciúria, dor pélvica em casos mais graves, anemia. O diagnóstico é realizado basicamente com a utilização da dosagem do PSA e o exame de toque retal, pois esta combinação aumenta a detecção em grande número de casos. Hoje, felizmente o preconceito em relação do toque retal vem diminuindo muito, graças aos programas de detecção e ao esclarecimento da população, podendo assim melhorar muito a qualidade de vida dos pacientes.


DENGUE

Autor: Luciana Azol Fernandes Tricossi

Resumo: Dengue já foi registrada em mais de 100 países, e mais de 2 bilhões de pessoas estão sob risco de contrair a doença (Lam, 1998; Anonymus, 1997; Gubler, 1990). Estima-se que, anualmente, ocorram entre 50 a 100 milhões de casos de dengue, e entre 150.000 e 500.000 casos de dengue hemorrágica em todo o mundo (Rigau-Pérez et. al., 1998). Esta situação pode ser agravada em função da perspectiva para o futuro, de aumento da temperatura do globo terrestre, que pode fazer com que a área de ocorrência da dengue seja estendida, ou gerar exacerbação da transmissão onde ela já está presente (Patz et. al., 1998; Jetten e Focks, 1997). A dengue deve ser considerada como uma doença importante porque, mesmo na sua forma clássica, acaba por gerar transtornos de ordem física para a população, absenteísmo no trabalho e escolar, e grandes gastos de recursos financeiros na tentativa de controle. Além disso, a forma grave da doença implica em risco e ocorrência de óbitos, gerando altos custos no setor terciário de saúde (Marzochi, 1994).


PARASITOSES INTESTINAIS

Autor: Luciano Franco Mendes

Resumo: Helmintos: Esquistossomose mansônica (Schistosoma mansoni )na fase aguda, devido à penetração das cercarias através da pele, aparecem urticária, dermatite ou prurido cutâneo, seguidos de indisposição, inapetência, sudorese, febre, transtornos pulmonares e cardíacos, hipotensão e diarréia. Na fase crônica aparecem alterações gastrointestinais, diarréia, prisão de ventre, meteorismo, dor abdominal, emagrecimento e esplenomegalia. O diagnóstico laboratorial é determinado pela presença dos ovos nas fezes (método de Hoffmann e Kato) ou em biopsia retal.. Ascaridíase, a localização do parasita – Ascaris lumbricoides – no intestino pode provocar desconforto abdominal, cólicas, diarréias, prisão de ventre, irritabilidade, nervosismo, insônia e anemia. O diagnóstico é feito pela presença dos ovos do parasita no exame de fezes (método de Hoffmann e Kato) e, eventualmente, pela eliminação do verme adulto. Oxiuríase – o Enterobius vermicularis ou Oxiúrus, localiza-se no ceco e regiões anal e peri-anal sendo o prurido anal o sintoma mais comum. O exame parasitológico das fezes, neste caso, não é recomendado devido à grande dificuldade de encontrar o parasita e seus ovos nas fezes. O método indicado é o da fita adesiva que deverá ser aderida à mucosa anal durante o período de prurido. Tricuríase – os vermes adultos de Trichiuris trichiura localiza-se no ceco e regiões do ceco e apêndice, onde exercem sua ação de caráter tóxico-alérgico. Os sintomas principais são diarréia, desconforto abdominal e enterorragia. Melhores métodos para pesquisar os ovos são os de Hoffmann e Kato. Estrongiloidíase – a sintomatologia gastrointestinal provocada pelo Strongyloides stercoralis é representada por diarréias, peso epigástrico, pirose, sialorréia, cólicas abdominais difusas, flatulência e meteorismo. As diarréias abundantes e a inapetência podem causar desidratação e anemia. Como os ovos do parasita raramente são encontrados, a pesquisa é dirigida ao encontro das larvas rabditóides sendo o método de Baermann-Morais o mais eficiente. Ancilostomíase – provocada pelo Ancilostoma duodenale ou pelo Necator americanus, chama logo a atenção por alterações do apetite-bulimia (hábito de comer a todo instante) – e a perversão do apetite (geofagia), etc. O verme adulto habita o duodeno e as primeiras porções do intestino delgado. O quadro clínico apresenta náuseas, cólicas abdominais, azia, peso epigástrico, períodos alternados de diarréia e prisão de ventre e, freqüentemente, anemia. Os melhores métodos para identificação dos ovos são: Hoffmann, Kato e Willis. Teníase – a Taenia saginata e a Taenia solium provocam nos portadores, sintomas como: cólicas abdominais, flatulência, diarréia, sensação desagradável de fome, irritabilidade e insônia. A cisticercose humana é a complicação mais grave desta parasitose. A visualização das proglótides a olho nu após a tamização das fezes faz o diagnóstico permitindo até a diferenciação entre as espécies. Os métodos de Hoffmann e Kato destacam-se entre os demais, nas pesquisas dos ovos. Himenolepíase – causada por um cestóide de tamanho reduzido – Hymenolepis nana – acomete principalmente crianças, causando dores abdominais, diarréias, astenia e irritabilidade, estando indicados os métodos de Hoffmann e Willis na pesquisa dos ovos. Protozoários: Amebíase – A Entamoeba histolytica representa a única espécie de ameba patogênica para o homem e a fase aguda da doença caracteriza-se pela formação de ulcerações na mucosa intestinal provocando o quadro clínico de diarréia com muco e sangue, cólicas abdominais, náuseas e vômitos. A localização extra intestinal mais freqüente do parasita é o fígado podendo provocar hepatite e abcessos. O exame direto, as técnicas de Hoffmann e Faust e a coloração pela hematoxilina férrica realizado em fezes colhidas após purgativo salino são métodos de escolha. Giardíase – a Giardia intestinalis habita a região mais alta do intestino delgado e o duodeno, aderindo-se intimamente à mucosa intestinal, causando dores abdominais difusas, flatulência, meteorismo e diarréia. Provoca também modificações no processo de absorção das gorduras e vitaminas lipossolúveis, levando a uma síndrome de má absorção. A presença de cistos dos protozoários no exame das fezes é evidenciada pelos métodos de Hoffmann e Faust; nas fezes diarréicas causadas pela infestação ou pela ação de purgativos, cistos e trofozoítos (formas vegetativas) devem ser pesquisados através do método direto e a coloração pela hematoxilina férrica.


SÍFILIS – DOENÇA – DIAGNÓSTICO – TRATAMENTO

Autor: Luiz Henrique de Moura

Resumo: Definição: A sífilis é também conhecida como “lues”, sendo uma doença infecto-contagiosa transmitida pelo Treponema pallidum. Se não tratada, pode acometer praticamente todos os órgãos. O contato se faz normalmente pelo ato sexual, sendo que o germe penetra na mucosa da área genital, colonizando-a e também invadindo as vias sangüíneas e/ou linfáticas. Epidemiologia: É universal, mais freqüente nas cidades, sem predileção por raça e sexo. Atualmente atinge mais os jovens. Recentemente com o advento da AIDS, formas atípicas e mais graves e com evolução mais aguda têm aparecido. Sempre que um paciente procurar o consultório apresentando uma outra DST, deve-se pensar na possibilidade de haver sífilis associada. Etiopatogenia: O contágio se faz normalmente pelo ato sexual. Ocorre a penetração do Treponema pallidum pela mucosa genital e invasão dos vasos linfáticos e/ou sangüíneos. O período de incubação é de cerca de 20 a 30 dias; passado este período vai aparecer a primeira lesão, denominada cancro duro (sífilis primária); 2 a 3 meses mais tarde desenvolve-se a sífilis secundária e, após um período de latência variável, a sífilis terciária.


PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNOLÓGICA (IDIOPÁTICA) (TPI)

Autor: Luiz Natal Genaro

Resumo: É uma doença aguda que ocorre mais em crianças e em pós-infecção viral, a qual leva a produção de anticorpos contra os vírus e que reagem de forma cruzada contra as plaquetas. A remissão completa é comum e o paciente se mostra com uma plaquetopenia. Na cronificação da doença os sintomas são insidiosos e ocorre mais em mulheres e se mostram com petéquias, equimoses e menorragia. A incidência atual não foi determinada com precisão, mas uma estimativa aponta para uma prevalência de aproximadamente 1 em cada 10.000 pessoas, na população em geral. Um estudo indica que PTI é responsável por 0,18% das admissões hospitalares. É, no entanto, uma doença freqüente e muito mais prevalente nos consultórios médicos dos hematologistas. A doença é provocada por anticorpos auto-reativos que se fixam a receptores na membrana das plaquetas e encurtam a sua sobrevivência, mas a natureza da anomalia responsável pela produção de autoanticorpos é desconhecida. Laboratorialmente são achados: hemograma com plaquetopenia e anemia (decorrente ao sangramento), mielograma normal e encontram-se anticorpos antiplaquetas. O tratamento é feito com imunossupressão com corticóides que faz com que haja uma diminuição da função dos macrófagos e uma diminuição da produção de anticorpos. Como a destruição é feita principalmente no baço, pode-se fazer esplenectomia nos casos reincidentes. Na urgência (pacientes com 1.000 plaquetas) não se pode fazer cirurgias e nestes casos pode-se usar imunoglobulina humana.


PAPILOMAVIRUS HUMANO (HPV)

Autor : Marco Antonio Ferrigno

Resumo: Atingindo proporções epidêmicas em algumas regiões, a infecção pelo Papilomavirus humano representa um autêntico desafio em termos de saúde pública, pois afeta milhões de indivíduos em todo o mundo, inclusive o Brasil. Para agravar a situação, essa virose pode acometer homens e mulheres, adultos e crianças, constituindo, portanto, uma afecção de caráter multidisciplinar. Novas técnicas de diagnóstico e novas modalidades terapêuticas são objetos de incessantes estudos que envolvem equipes multidisciplinares, sendo que todos, em especial virologistas, imunologistas, biólogos moleculares, epidemiologistas, urologistas e tocoginecologistas, desempenham papel fundamental. Muitas questões, no entanto, ainda precisam ser respondidas, o que acaba por gerar insegurança no profissional envolvido dia a dia com o atendimento aos portadores da afecção. Por outro lado, notícias incompletas veiculadas pela imprensa, quando erroneamente interpretadas, têm causado, com freqüência, temores infundados aos leigos. O conteúdo deste trabalho, tem como objetivo ajudar a todas as pessoas em especial a todos os profissionais, envolvidos na árdua tarefa de diagnosticar e orientar pacientes sobre o HPV.


FISIOLOGIA DOS LEUCÓCITOS NOS PROCESSOS INFECCIOSOS

Autor : Maria Helena Rodrigues Freitas

Resumo: O mecanismo de defesa contra os agentes infecciosos é muito complexo. O organismo possui barreiras naturais que devem impedir que o microorganismo avance. Essas barreiras são, a pele queratinizada, o muco das membranas mucosas, as enzimas, por exemplo: a lisozima com atividade antimicrobiana, o suco gástrico, entre outras. Caso o agente microbiano agressor penetre, inicia-se a imunidade inata, constituída por elementos humorais, como proteínas de fase aguda do sistema complemento e citocinas, e por elementos celulares, os monócitos, macrófagos, granulócitos e linfócitos NK. Leucocitoses neutrofilicas com desvio a esquerda, granulações tóxicas e vacúolos citoplamáticos nos indicam uma infecção bacteriana importante. Linfocitose relativa ou absoluta com presenças de linfócitos atípicos, são indícios de infecção viral. E, ainda eosinofilia, nos chama atenção para as parasitoses ou alergias. C3a, C3b, C5a, são substâncias do complemento que promovem quimiotaxia para os neutrófilos e fagocitose. O complexo C5b – C9 causa lise da membrana do microorganismo. A imunidade inata ou inespecífica compõe-se também de proteínas de fase aguda, a PCR, a amiloide sérica A, inibidores de proteinases e componentes da cascata da coagulação. Servem de marcadores da reação inflamatória e também na reparação do tecido lesado, citocinas como interferom alfa e beta conferem resistência às células vizinhas contra os vírus. Interleucia 1, TNF alfa e quimiocinas produzem inflamação local, importante na defesa pela formação de exsudato, elementos extravasados, plasma e células. Interleucina 2, interleucina 12 e interleucina 15 estimulam a proliferação e atividade das células NK. Interferon gama ativa os macrófagos e interleucina 6 promove aumento na produção de neutrófilos pela medula óssea e síntese de proteínas de fase aguda pelo fígado. Os fagócitos destroem os microorganismos por ação de substâncias tóxicas como superóxidos, peróxidos, radicais hidroxila, óxido nítrico, proteínas catiônicas, ácido hipocloroso e lisozimas. A opsonização por proteínas do complemento e o revestimento por anticorpos específicos potencializa a fagocitose. A imunidade adquirida é específica para determinado antígeno. O linfócito T auxiliar reconhece o fragmento do antígeno apresentado a ele na membrana do macrófago que processou este antígeno. Transfere as informações do linfócito B de memória. O linfócito T citotóxico vai até a célula infectada e a destrói. Os anticorpos têm grande importância no controle de infecções virais e parasitárias. Prova disto é o controle das reinfecções de muitas viroses infantis depois da imunização natural ou artificial pela vacinas.


CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES E DETERMINAÇÕES IMUNO-HEMATOLÓGICAS NO PROCEDIMENTO PRÉ-TRANSFUSIONAL

Autor: Margareth Viana Prado Giroto

Resumo: Numa transfusão sanguínea devem ser observados critérios que vão desde a captação do doador do sangue até sua recepção pelo paciente, passando por etapas que envolvem multiprofissionais habilitados para a execução de funções específicas, metodologia adequadas e legalizadas especificas para a realização de exames imunohematológicos, procedimentos prelimiares para o doador e para o sangue doado, normas de segurança, rígido controle de qualidade, material e equipamentos apropriados tanto para a coleta, para os testes, para armazenamento e transporte do sangue, como para a recepção deste pelo paciente, entre outras tantas considerações e normas que fazem parte da garantia total até o final da transfusão sanguínea.


HEPATITE C

Autor: Mercedes Doris Lovera Ajala

Resumo: Em 1989, isolou-se um vírus, o qual foi relacionado com a etiopatogenia da maioria das hepatites pós-transfusionais não – A não – B, sendo então denominado de vírus da hepatite C (VHC). A principal forma de transmissibilidade do VHC é a parenteral, tanto através da inoculação direta de hemoderivados contaminados, quanto através de relações sexuais e por uso de drogas intravenosas. A infecção por HCV é sintomática em 25% a 30% dos pacientes e torna-se crônica em mais de 85%. Estima-se que 500 milhões de pessoas, em todo o mundo, estão infectadas com o HCV. Uma estatística alarmante. O vírus HCV é um vírus RNA que possui capsídeo e um envoltório mais externo, o envelope de constituição lipoprotéica, e pertence à família Flaviridade.


AVALIAÇÃO DO EXAME DE CONTEÚDO VAGINAL POSITIVOS PARA LEVEDIRAS E DETERMINAÇÃO DA SENSIBILIDADE PARA DROGAS ANTIFÚNGICAS

Autor: Meire Becer

Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a sensibilidade das Candidiase aos antifúngicos de tratamento. Foram analisadas 34 amostras de conteúdo vaginal, sendo que destas amostras 79,42% foram isoladas Cândida Albicans. Os antifúngicos Anfotericina B e Flucitocina apresentaram 100% de cepas sensíveis a estes medicamentos.


ANEMIAS

Autor: Nacy Stella Torres Guimmarresi

Resumo: As doenças hematológicas podem acometer os sistemas Eitrocitáio, Leucocitário, Plaquetário e da Coagulação. A anemia é uma doença eritrocitária, em que a taxa total de hemoglobina no sangue é baixa, reduzindo a capacidade de transporte do oxigênio pelo sangue. As anemias podem ser causadas pela perda demasiada de hemácias ou produção excessivamente lenta das mesmas. A partir destas causas teremos vários tipos de anemias, cada qual com sua função fisiológica característica. A anemia ferropênica é uma doença muito comum, de fácil diagnóstico. As medidas que podem ser tomadas para prevenir doenças são basicamente: aumentar o consumo de alimentos ricos em ferro; reduzir i consumo de alimentos alcalinos para que não interfiram na absorção do ferro. Quanto mais cede a anemia for diagnosticada, mais rápida será a recuperação do paciente. A talassemia é uma doença hereditária decorrente de um transtorno da hemoglobina, sendo a hidropsia fetal a forma mais grave das talassemias, pois, ocorre o aparecimento de natimortos e os que conseguem sobreviver evidenciam anemia grave falecendo por insuficiência cardio-respiratória. Como também a talassemia major onde a evolução clínica é curta, a menos que sejam sustentadas por transfusões, estas crianças morrem em virtude dos profundos efeitos da anemia. A anemia megaloblástica é causada pela falta de vitamina B12 ou ácido fólico, sendo preciso diferenciar ambas, pois o ácido fólico piora a sintomatologia neurológica da anemia por déficit de vitamina B12. Em relação à anemia falciforme existem perspectivas futuras de que a terapêutica genética possa ser usada substituindo o gene afetado, método que os biologistas moleculares estão tentando para um futuro próximo. As anemias hemolíticas podem ser hereditárias ou adquiridas, entre as hereditárias destacamos a esferocitose, falciforme e outras hemoglobinopatias. As anemias hemolíticas adquiridas podem ser: imunológicas, hemoglobinúria paroxística noturna, hiperesplenismo, anemias associadas a infecções e a eritroblastose fetal.


PREVALÊNCIA DE PATÓGENOS EM INFECÇÕES DO TRATO URINÁRIO DA POPULAÇÃO DA CIDADE DE MATÃO

Autor: Orlando Cicogna Júnior

Resumo: A prevalência de patógenos em infecções do trato urinário da população da cidade de Matão mostrou-se a maior das bactérias da família Enterobacteriaceae, com predominância da Escherichia coli em 67,1% dos casos. O material obtido (urina) foi coletado através do método do jato médio e as culturas positivas semeados no meio “CLED” através do método da alça calibrada; e o principal meio de identificação utilizado foi o meio de Rugai e Araújo para bacilos gram negativos.


PREVALÊNCIA DOS TIPOS DE HEPATITE NA CIDADE DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Autor: Patrícia Muniz Raymundo

Resumo: Esta monografia tem objetivo de explanar sobre as hepatites virais mais comuns que acometem a nossa população, bem como sua transmissão, diagnóstico laboratorial e a prevalência destas hepatites na cidade de São José do Rio Preto – SP com dados retirados do Laboratório Instituto de Hematologia. As hepatites, apesar de suas similitudes clínicas, diferem-se na etiologia, epidemiologia e na imunopatogênese. O que as identifica, fundamentalmente, é a capacidade comum de seus agentes etiológicos causarem patogenicidade primariamente em tecido hepático e apenas eventualmente comprometimento sistêmico. Atualmente vem se desenvolvendo um imenso esforço mundial de investigações sobre seus múltiplos e complexos aspectos, o qual tem resultado numa inusitada quantidade de novas e surpreendentes informações, informações estas que explanaremos no decorrer dos capítulos.


VALOR DE CORTE DA GLICEMIA NA DIABETES GESTACIONAL (DG)

Autor: Patrícia R. Zangarini

Resumo: O profissional envolvido na assistência à gestante deve estar atento para o diagnóstico do DG, uma vez que o tratamento adequado cita as complicações maternas e minimiza a morbidade e a mortalidade perinatais. O valor de corte de 140mg/dl após sobrecarga de 50g de glicose para o teste de rastreamento apresenta sensibilidade de 79% e especificidade de 87%, levando em torno de 6% das gestantes a fase de diagnóstico. Alguns autores preconizam o valor de corte do rastreamento de 180mg/dl, o quer muda a sensibilidade para 100% e a especificidade para 78%; esse não ponto de corte leva em torno de 15% a 20% das gestante a segunda fase de diagnóstico, o que pode onerar o serviço da saúde. Outros autores ainda preferem o valor de corte de 135mg/dl com sensibilidade de 98% e especificidade de 80%. Mas desde 1980, a Organização Mundial de Saúde, adota, para o diagnóstico de DG os mesmos critérios utilizados para pacientes não grávidas: glicemia de jejum ³ 140 mg/dl e glicemia duas horas após sobrecarga de 75g de glicose ³ 200mg/dl. Posteriormente em 1998, o valor da glicemia de jejum foi modificado para 126mg/dl. Segundo a OMS valores em jejum inferiores a 110mg/dl e os de 2h inferiores a 140mg/dl afastam a hipótese de DG. Porem valores intermediários (glicemia em jejum entre 1109-126mg/dl e 2h após sobrecarga entre 140mg/dl e 2009mg/dl) caracterizam intolerância a glicose. O Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Diabetes também adotam esse mesmo critério da OMS.


BIOSSEGURANÇA NO LABORATÓRIO CLÍNICO

Autor: Paula Tormin Guimarães

Resumo: A biossegurança em laboratórios exige abordagem multidisciplinar concernente à engenharia de segurança, higiene e medicina do trabalho, contemplando aspectos relacionados ao planejamento e à organização do trabalho, a planta física, ao pessoal envolvido, à existência e ao uso de equipamentos de proteção individual e coletiva, à ergonomia, aos treinamentos, e, entre outros. Muitas vezes, a falha na adoção de medidas de segurança encontra como justificativa a falta de investimento ou mesmo de recursos para compra de equipamentos ou reforma da área de trabalho. Entretanto, medidas simples como o treinamento e a conscientização dos trabalhadores, requerem poucos recursos e são sempre aplicáveis, tendendo a reduzir, de forma significativa, o número e a gravidade dos acidentes. Os trabalhadores devem conhecer os fatores de risco presentes em seu laboratório e saber prevenir, ou minimizar, a ocorrência de acidentes e a incidência de doenças ocupacionais.


LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS – ESTRUTURAS, NORMAS E PROCEDIMENTOS

Autor: Paulo Henrique Pinheiro de Matos

O autor apresenta completo organograma sobre normas e procedimentos necessários ao funcionamento de laboratório de análises clínicas.


ACIDOSE LÁTICA NO PACIENTE GRAVE

Autor: Pedro Antonio Firmo da Silva

Resumo: O ácido lático é um ácido forte com pKa 2,9 e alta liberação de H+, em pessoas normais essa liberação não vai alterar as funções vitais do paciente porém um paciente com comprometimento multi-orgânico essa liberação pode quebrar o equilíbrio de pH orgânico desencadeando uma cascata de reações bioquímicas podendo culminar na morte do paciente.

As principais situações onde ocorre hiperlactatemia são: choque cardiogênico, parada cardio respiratória, sepse, insuficiência hepática, , insuficiência renal, falência multi orgânica, hipoperfusão tissular, convulsão tipo grande mal, dentre outras situações que anaerobiose não é compensada pelos meios orgânicos.


AVALIAÇÃO DA COLESTEROLEMIA DE CIRANÇAS E ADOLESCENTES NA CIDADE DE LIMEIRA – SP

Autor: Reinaldo Carvalho Santos

Resumo: A aterosclerose coronariana causa milhões de mortes prematuras em todo os países do mundo especialmente nos mais desenvolvidos economicamente, apesar das principais causas desta patologia sejam conhecidas e possam ser controladas profilaticamente no sentido de retardar os seus efeitos aterogênicos. Dentre estes fatores encontramos a hipercolesterolemia como um dos principais, isoladamente ou em conjunto com outros fatores de risco. A profilaxia da aterogênese, segundo diversos estudos, deve ser iniciada já na infância, com dietas adequadas, prática de atividades físicas regulares e especialmente em crianças com antecedentes familiares, com o controle da colesterolemia. Avaliamos retrospectivamente a concentração de colesterol em crianças e adolescentes com idades compreendidas entre 5 a 20 anos em laboratório privado na cidade de Limeira-SP, que realizaram este exame através de solicitação médica. As idades foram estratificadas em grupos de 5 a 10 anos (G1), 11 a 15 anos (G2) e 16 a 20 anos (G3). Tendo sido considerada elevada a colesterolemia superior a 170mg/dl, em nosso estudo encontramos no Grupo G1 (n=31) 22,4% de hipercolesterolemia, no grupo G2 (n=45 17,7% e no grupo G3 (n=76) 27%. Este resultado demonstra que devem ser adotadas medidas para reduzir a taxa de colesterol nesta faixa etária.


AVALIAÇÃO DE RESULTADOS DISCORDANTES NAS PROVAS DE FUNÇÃO TIREÓIDEA

Autor: Renata Ribeiro Sousa Silva

Resumo: Juntamente com o estudo clínico do paciente, as determinações laboratoriais são uma ajuda valiosa para o diagnóstico das disfunções da tireóide e para o seguimento do tratamento dos pacientes com hiper ou hipotireoidismo. Os exames laboratoriais da função tireóidea são úteis para distinguir os pacientes com eutireoidismo dos pacientes com hiper ou hipotireoidismo, e certos exames, como os anticorpos antitiróideos, podem proporcionar informação a respeito da etiologia das doenças da tireóide. De um modo geral, as dosagens mais úteis para confirmar ou excluir o hipertireoidismo são a T4 total, a T4 livre ou índice de tiroxina livre e a T3 total; para o hipotireoidismo são a T4 total, a T4 livre ou índice de tiroxina livre e o TSH. Em alguns pacientes em que são duvidosos os sinais e sintomas de disfunção tireóidea em que os valores dos exames laboratoriais são limítrofes, o teste de HLT pode ser valioso para esclarecer o estado tireóideo do paciente. Devemos ter sempre presente que os resultados dos exames da função tireóidea podem ser influenciados por outros fatores que não as doenças da tireóide, incluindo idade, doenças intercorrentes e capacidade de fixação das proteínas séricas. Os medicamentos podem também afetar as determinações laboratoriais da função tireóidea; por exemplo, pacientes tratados com triiodotironina apresentam valores baixos de T4, com uma onda de elevação dos valores séricos de T3 depois da ingestão e absorção do medicamente. Existem numerosos outros distúrbios bioquímicos que se associam com disfunção tireóidea. Hipercalcemia moderada aparece em até 10% dos pacientes com hipertireoidismo. O hipertireoidismo pode também acompanhar-se de elevados valores da fosfatase alcalina sérica e de diminuição do colesterol sérico. Raramente, ocorre uma associação com paralisia periódica hipopotassêmica. O hipotireoidismo acompanha-se de elevados níveis de creatina-fosfoquinase, e também de outras enzimas. As concentrações séricas de colesterol e de caroteno podem estar elevadas para pacientes hipotireóideos. O diagnóstico definitivo e o tratamento dos pacientes com doenças da terióide, devem basear-se na consideração cuidadosa dos valores dos exames laboratoriais e do estudo clínico dos pacientes.


PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS NUMA POPULAÇÃO EM DEMANDA AO LABORATÓRIO DE SÃO PAULO DA CIDADE DE ARAÇATUBA-SP

Autor: Sonia Akemi Yamada Takeuti

Resumo: Por se tratar de uma doença crônica e séria, o Diabetes mellitus tem sido reconhecida mundialmente como um problema de Saúde Pública. No Brasil, o Diabetes mellitus é um dos principais problemas de saúde, tanto no que toca ao número de pessoas afetadas, as incapacitações, à mortalidade prematura, como nos custos envolvidos no controle e tratamento. Basicamente, o diabetes é classificado como tipos 1 e 2. Existem várias publicações que tratam desse assunto, buscando através de pesquisas promover ações que visam a melhoria na qualidade de vida e atendimento aos portadores da doença. Este trabalho teve como objetivo determinar a prevalência de diabetes na população que procura o laboratório para realização de análises, onde os resultados foram obtidos através da dosagem de glicemia e também por meio de pesquisa, uma vez que tem sido grande o aumento de casos, em conseqüência do aumento de expectativa de vida e o envelhecimento da população mundial, o estilo de vida cada vez mais sedentário, diretamente proporcional ao desenvolvimento tecnológico, maior disponibilidade de alimentos e o erro na alimentação têm levado a um aumento epidêmico neste novo século.