Resumo das Monografias – 2ª Turma do curso de Análises Clínicas

Aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais da Leishmaniose visceral humana, em pacientes procedentes de Jardim, MS

Autor: Alberto Grangeiro da Costa Junior

Resumo: O calazar é aceito por muitos pesquisadores como uma doença de área rural e periurbanas, que mais recentemente tem-se estabelecido em áreas urbanas. Causado por um parasito protozoário do gênero Leishmania, é transmitida pelo inseto do gênero Lutzomyia, comumente chamado de “flebótomo” e popularmente conhecido por: mosquito palha, asa branca, cangalhinha e outros. Considerada uma doença de diversas formas clínicas, podendo ocorrer casos de cura espontânea até manifestações clínicas severas, esta enfermidade infecciosa generalizada, crônica, caracteriza por febre irregular e de longa duração, hepatoesplenomegalia, linfadenopatia, anemia com leucopenia, hipergamaglubilinemia, emagrecimento, edema e estado de debilidade progressivo levando a caquexia e, finalmente, ao óbito. Tendo em vista o município de Jardim, estado de Mato Grosso do Sul, ser considerado uma área de transmissão moderada, este trabalho estudou os casos humanos de leishmaniose visceral, notificados e confirmados no município de Jardim com caracterização dos aspectos clínicos, laboratoriais e epidemiológicos. Realizou-se um estudo retrospectivo de 21 fichas de investigação de pacientes de LV, casos confirmados, com fonte de infecção no município de Jardim, MS, notificados no SINAM. Destas, verificou-se uma recidiva e dois óbitos. Os aspectos epidemiológicos condisseram com o da bibliografia, sendo 50% dos pacientes menores de 5 anos, o sexo masculino correspondeu a 55% das notificações, 90% eram da área urbana do município. Até setembro de 2004 foram notificados 6 novos casos, refletindo que as medidas de controle utilizadas não estão sendo efetivas, no município e a urbanização da LV. A confirmação laboratorial, em 61% dos casos, o exame parasitológico de medula óssea foi efetivo para confirmação laboratorial, apoiado nas pancitopenias, albuminemias e hipergamaglobulinemias. As manifestações clínicas foram as mesmas encontradas por outros autores, o elemento mais relevante foi a tríade febre e hepato-esplenomegalia. Os resultados mostram que os pacientes apresentavam, na sua maioria, um quadro clínico laboratorial semelhante, sendo observado a forma clássica do calazar.


Hemopoese

Autora: Ana Lúcia Pacheco Neto Confortini

Resumo: A monografia se trata da Hemopoese, ou seja, formação das células do sangue. Abrange o estudo relacionado com a origem e com a multiplicação e a maturação das células primordiais ou precursoras das células sanguíneas, ao nível da medula óssea. Inicialmente, o estudo sobre o sangue mostra a sua composição, sua importância e suas funções. Os elementos celulares que constituem o sangue tem forma, tamanho e funções distintas, e as suas características são ressaltadas para enfatizar a diferença entre cada uma delas. A parte líquida do sangue, o plasma, permite o livre intercâmbio de vários componentes com o líquido intersticial, principalmente a água, através dos poros da membrana capilar. A medula óssea é constituída por um tecido esponjoso mole localizado no interior dos ossos longos, produz praticamente todas as células do sangue, e estas são renovadas continuamente e a medula óssea é quem se encarrega dessa renovação.


Um estudo sobre o diabetes

Autora: Andréa Polizelli Moreira

Resumo: Diabetes é uma doença relacionada com o aproveitamento dos açúcares. A célula precisa de glicose para produzir energia. A insulina conduz a glicose até as células. Os receptores das células recebem a glicose e a introduzem no interior. Recentes estudos têm mostrado que a gordura danifica os receptores, impedindo o seu trabalho. Assim, a glicose não consegue entrar nas células, permanecendo no sangue. A dieta com ação mais favorável sobre o excesso de açúcar no sangue é a dieta pobre em gorduras. Alimentação rica em gorduras de origem animal e falta de atividade física contribuem para a doença, pois danificam os mecanismos naturais para a entrada da glicose nas células. Fatores emocionais podem prejudicar a glândula produtora de insulina. Porém, o exercício físico, o sol, ar puro e uma boa alimentação oferecem condições para a cura.


Hormônios Tireoideanos

Autora: Andressa Cristine Lechado Colletes

Resumo: Essa monografia está voltada para o estudo dos hormônios tireoideanos, sendo destacados os tipos de hormônios na tireóide, a secreção, as funções, as ações, os efeitos e as doenças envolvidas com o mecanismo de regulação tireoideana (hipo e hipertireoidismo). Apresenta também os gráficos de dosagens de TSH, T3, T4 e T4 Livre do Laboratório Rhesus para controle dos valores de referência dos mesmos, para que possa assim garantir um resultado preciso e eficaz. Ressalta-se porém, que cada laboratório tem seu padrão e valor de referência, não podendo utiliza-lo assim de forma universal.


Lúpus Eritematoso Sistêmico

Autora: Bruna Maria Copetti

Resumo: Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença de etiologia desconhecida caracterizada por inflamação em muitos sistemas orgânicos diferentes e associada com produção de anticorpos reativos com antígenos nucleares, citoplasmáticos e da membrana celular. Cada paciente pode ter algum, porém não necessariamente todos os seguintes elementos: fadiga, anemia, febre, erupções, sensibilidade ao sol, alopecia, artrite, pericardite, pleuris, vasculite, nefrite e doença do SNC. A evolução costuma ser imprevisível, com períodos variáveis de exacerbações e remissões. Mas não é uma doença contagiosa, infecciosa ou maligna. A maioria dos casos ocorre esporadicamente, indicando que fatores genéticos e ambientais têm um papel importante na doença. O lúpus varia enormemente de um paciente para outro, de casos simples que exigem intervenções médicas mínimas, a casos significativos, com danos a órgãos vitais. Sua incidência, apesar de poder ocorrer em qualquer idade, mais de 60% dos pacientes experimenta o início da doença entre os 13 e 40 anos de idade. E apesar de muitos homens serem afetados pelo lúpus, ele costuma ocorrer de 10 a 15 vezes mais nas mulheres adultas do que nos homens adultos. E entre as mulheres, acredita-se que as de origem africana, indígena ou asiática desenvolvem a doença com mais freqüência que as mulheres brancas.


Marcadores Sorológicos das Hepatites Virais

Autora: Carolina Medeiros

Resumo: Embora dados clínicos possam sugerir diferenças, as hepatites virais raramente são distinguíveis. Somente ensaios sorológicos sensíveis e específicos permitem ao clínico identificar o determinante antigênico envolvido, distinguir a fase aguda da crônica, avaliar infectividade, prognóstico e ter acesso ao estado imune do paciente.


Leucemia Linfóide Aguda do Adulto e da Infância

Autora: Cláudia Regina Mesquita Martins

Resumo: As doenças linfóides representam um grupo de neoplasias que se originam a partir de células do sistema linforeticular. As neoplasias que acometem a medula óssea e se caracterizam pela proliferação medular anárquica, progressiva no tempo e no espaço, podendo acometer as linhagens mielóides (eritrócitos, granulócitos e plaquetas) ou linfóides, sempre alterando o sangue periférico, o que é evidenciado no caso das leucemias agudas pelo aparecimento de células jovens blásticas, muito indiferenciadas, na circulação. As leucemias linfóides agudas são mais freqüentes em crianças com menos de 10 anos, mas ocorre um segundo aumento de incidência em adultos de meia-idade ou idoso. Os aspectos clínicos são devidos à proliferação das células leucêmicas.


Anemia Falciforme

Autor: Cláudio Antonio de Oliveira

Resumo: Desde a descrição da anemia falciforme até a última década, muito pouco podia se fazer para melhorar as condições de vida dos pacientes, estando estes destinados a sofrer diversas intercorrências e a apresentar uma baixa expectativa de vida. Recentemente, com o avanço da biologia molecular e diagnóstico, foram experimentadas várias drogas com o intuito de prevenir a falcização, como os cianatos, peridoxina, esteróides, etc. A hidroxiuréia (HU) mostrou-se útil como agente anti-falcização por aumentar o nível da hemoglobina fatal nas células. Por enquanto, cabe aos cientistas, médicos e especialista, não apenas diagnosticar, como também tratar adequadamente estes pacientes para que possam viver com menos complicações e maiores expectativas de vida, até a evolução para a cura da doença.


Distúrbios Hematológicos

Autor: Cristiano Ortega

Resumo: Este trabalho não tem a pretensão de abranger de forma específica todas as questões que envolvem os problemas decorrentes dos distúrbios hematológicos. Trata-se, tão somente, de um estudo superficial sobre a anatomia e fisiologia humanas, com o intuito de informar como determinadas escolhas durante nossa vida podem influenciar positiva e negativamente, considerando que todo nosso organismo funciona mediante os agentes que estão diretamente ligados à corrente sanguínea.


Hepatite B

Autora: Dalmy Colman Gimenez

Resumo: A hepatite B é em princípio uma doença autolimitada e de bom prognóstico, transmitida pelo vírus DNA, que é uma partícula esférica que apresenta alta complexidade antigênica. A infecção pelo HBV tem distribuição epidemiológica universal com taxas de prevalência nos trópicos e em países denominados de terceiro mundo pela estrita correlação entre a disseminação da infecção e as características sócio-econômicas. Sua transmissão se dá por via parenteral, relações sexuais e via vertical. Dependendo do estado imunológico individual, a lesão hepática produzida pelo HBV pode ser leve e transitório, ou grave e prolongada ou mesmo fulminante. }Em cerca de 5% a 10% dos casos de infecção pelo vírus da Hepatite B não há desenvolvimento de imunidade, configurando a evolução para a forma crônica. O diagnóstico laboratorial é realizado com a detecção de proteínas virais ou anticorpos contra estes em soro ou plasma, os marcadores sorológicos aparecem em vários momentos da infecção. A hepatite B é uma doença imunoprevisível. A vacinação de pessoas sob ameaça de contágio é o único recurso disponível capaz de protege-las.


Leucemias

Autora: Daniela de Paula Moreno

Resumo: A leucemia sendo caracterizada por um distúrbio maligno do sistema hematopoiético que envolve a medula óssea, pode ser considerada uma doença praticamente fatal e que em outros tempos, os medicamentos e técnicas para aumentar a sobrevida do paciente eram pouco favoráveis. Felizmente, com o avanço da medicina, famacologia e novas técnicas de procedimentos, podem nos animar em relação ao que temos de tratamento e técnicas que conseguem aumentar a sobrevida do paciente em até 5 anos ou mais, ou muitas vezes, com o transplante de medula óssea conseguimos a remissão completa dos componentes sanguíneos e a cura do paciente. Ainda existem dúvidas de como proceder no tratamento, pois os esquemas terapêuticos empregados para leucemia podem afetar a imunidade do paciente, ou mesmo criar mecanismos de resistência contra a própria medicação tendo que substituí-lo por outros. No entanto, estes avanços já proporcionam aos pacientes uma boa qualidade de vida e também a esperança na cura total desta enfermidade.


Hepatite B – Formas: Aguda e Crônica

Autora: Daniela Rezende Marchió

Resumo: Mais de 50% da população mundial já foi contaminada pelo vírus da hepatite B. Estima-se algo em torno de 2 bilhões de pessoas que já entraram em contato com o vírus e 325 milhões de portadores crônicos. Em áreas com maior incidência, 8 a 25% das pessoas contaminadas e 1% é portadora crônica. O vírus que causa a hepatite B (HBV) é um vírus DNA, transmitido por sangue transfusões, agulhas contaminadas, relação sexual, após o parto, etc.). Após a infecção, o vírus concentra-se quase que totalmente nas células do fígado. Apesar de sermos capazes de produzir anticorpos contra o vírus, eles só funcionam quando o vírus está na corrente sanguínea. Depois que o vírus entra nos hepatócitos, os anticorpos não conseguem destruí-lo diretamente. Como partes do vírus são expressas (partes deles aparecem) na membrana que recobre o hepatócito (principalmente o HbcAg), o organismo reconhece estas partes e desencadeia uma inflamação, onde células (principalmente linfócitos T citotóxicos) destroem os hepatócitos infectados. Está iniciada a hepatite.


Avaliação hematimétrica em idosos com distúrbios neurológicos, moradores do CAIS – Clemente Ferreira em Lins – SP

Autor: Éder Gonçalves Curiel

Resumo: As síndromes neurológicas estão geralmente associadas às psiquiátricas, onde se deve observar e fazer um diagnóstico preciso. A utilização de medicações psicotrópicas e clínicas em idosos com síndromes neurológicas, podem desencadear processos de alterações hematológicas. Esse estudo objetivou fazer o levantamento de possíveis alterações que podem ocorrer durante o tratamento com fármacos psicotrópicos e também a própria doença base em que os indivíduos idosos são acometidos (neurologia). Foram analisados 32 moradores, do setor Neurológico Geriátrico, do CAIS – Clemente Ferreira em Lins – SP, sendo que 65% são do sexo feminino e 35% do sexo masculino. Amostras de sangue foram coletadas e realizado hemograma completo, avaliando os índices hematimétricos e a leucometria (leucócitos totais, linfócitos e neutrófilos). Aplicou-se estudo estatístico e proporcional para avaliar os resultados. Dos moradores avaliados 31,25% apresentaram leucopenia, e 9,38% apresentaram leucocitose. A contagem de neutrófilos foi diminuída em 37,5% das amostras e 6,25% aumentada; sendo que pode ser devido ao uso de medicação clínica como antiinflamatórios, antimicrobianos, antidiabéticos e alguns psicotrópicos como anticonvulsivantes e antidepressivos. Na linfocitopenia, com 15,63%, pode se pensar que a causa seja por uso de drogas como a clozapina, estresse agudo entre outros fatores. Na linfocitose, além de causas como na linfocitopenia, incluem o tabagismo, onde demonstrou 34,37% das amostras com aumento dos linfócitos; já que a proporção de fumantes na amostragem foi de 37,5%. O quadro de anemia foi de 21,87% devido a inúmeros fatores, considerando a senescência. A maioria dos moradores, 87,5%, apresentou eosinofilia relativa e absoluta, levando-se a pensar nas causas alérgicas por drogas como a cloropramida, penicilina, sulfonamidas; as infecções parasitárias como a ascaridíase e a escabiose. Outro fator congruente é a presença de dermatite. Dentre os fatores de dermatite e infecção parasitária a escabiose é mais comum em pacientes com o intelecto prejudicado, devido às síndromes neurológicas e psiquiátricas, deve-se dar atenção especial a esses moradores, os quais deve ter acompanhamento adequado com realização de hemogramas e outros exames periodicamente.

Maiores informações com o autor: e-mail: edercuriel@zipmail.com.br


Leucemia Linfóide Aguda no Adulto

Autor: Edílson Diógenes Pinheiro Júnior

Resumo: A leucemia linfóide aguda (LLA) é uma doença neoplásica agressiva definida como a presença de células malignas (linfoblastos) maior que 20% do total de células nucleadas da medula óssea (classificação OMS). Ocorre mais comumente em crianças, sendo assim, a doença neoplásica mais comum na infância e a leucemia mais comum na infância/adolescência. Durante a infância, manifesta-se através de fatores prognósticos favoráveis e apresenta boa resposta ao tratamento (estão livres da doença em torno de 80% das crianças), 5 anos após o diagnóstico A LLA quando se manifesta no adulto têm comportamento biológico diferente em relação à doença na infância, acompanha mais comumente fatores de prognóstico adversos e apresenta boa resposta terapêutica em aproximadamente metade dos casos observados, (taxas de cura de 30 a 40%). Em torno dos anos 60 praticamente todos os casos quando manifestados no adulto eram invariavelmente fatais. Nos últimos 20 anos, baseados em protocolos de tratamento de sucesso em crianças, foram obtidos resultados satisfatórios para esta grave doença.


Hemofilia e seus inibidores

Autoras: Eliana Silva Nascimento; Márcia Ap. Nascimento Rodrigues

Resumo: O presente estudo consiste em uma revisão bibliográfica, sobre a hemofilia e seus inibidores. A pesquisa enfatiza a patologia acompanhada do inibidor “anticorpo” desenvolvido em pacientes hemofílicos, não hemofílicos e a sua gravidade.


Leishmaniose visceral

Autora: Érica Pugliesi

Resumo: As leishmanioses acometem cerca de 1,5 milhões de pessoas por ano. Atualmente, 12 milhões de pessoas apresentam alguma forma da doença e 350 milhões estão expostas a ela em todo o mundo. As previsões para seu controle, mesmo em longo prazo, são pessimistas. Existem uma forma potencialmente mortal de leishmaniose, a visceral (LV), cuja incidência tem aumentado consideravelmente no Brasil nos últimos anos. As várias formas da doença são transmitidas de animais silvestres ou domésticos para o homem por intermédio da picada de mosquitos hematófagos do gênero Lutzomya. Apesar de serem todas inoculadas na pele, espécies distintas de leishmania têm preferência por órgãos diferentes e causam lesões maiores ou menores, produzem ou não metástases e podem ser ou não autocuráveis. Induzem imunidade permanente ou temporária e às vezes nenhuma. Esse conjunto de fatores, e suas possíveis combinações com a capacidade de resposta do paciente, é o responsável pelas diversas formas clínicas da leishmaniose. O diagnóstico da leishmaniose é realizado pelo encontro de parasitas em raspado das lesões de pele ou em punções de medula óssea, mas nem sempre estes exames são conclusivos. Métodos complementares imunológicos e moleculares, vêm mostrando-se cada vez mais úteis tanto no diagnóstico como na identificação das espécies de leishmanias. A transmissão da Leishmaniose visceral, inicialmente silvestre ou concentrada em pequenas localidades rurais, já está ocorrendo em centros urbanos de médio porte, em área domiciliar ou peri-domiciliar. É um crescente problema de saúde no país e em outras áreas do continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica, que levou a ONU em 1993 a classificar a patologia como a segunda doença causada por protozoários de importância em saúde pública.


Anemia Falciforme

Autor: Fabrício Augusto Silva Carneiro

Resumo: A anemia falciforme é uma doença crônica, degenerativa, auto incapacitante e ainda não tem cura. É hereditária, portanto não é contagiosa. Os sintomas são: cansaço extremo, fraqueza, astenia, crises dolorosas (nos ossos, músculos e nas articulações), palpitação e taquicardia, etc. O falcêmico tem uma qualidade de vida muito baixa e em geral suas condições sócio-econômicas e culturais também indicam carência em vários aspectos. A doença ocorre por causa de uma mutação genética que ocorreu há milhões de anos no continente africano. Sendo assim, as células do sangue, se falcizam, por isso, ficam mais duras e seu tempo de vida diminui de 120 dias para 15 dias. As conseqüências disso são os sintomas citados anteriormente além da probabilidade do falcêmico ter que tomar transfusão de sangue para repor as hemácias perdidas, já que elas morreram por hemólise (explosão). Para que o falcêmico tenha uma melhor condição (aumentando assim sua expectativa de vida) deve fazer um acompanhamento médico rigoroso, evitar o desgaste emocional, o estresse e tomar muito líquido.


Leucemia Linfóide Aguda

Autora: Isabella Carril Fioroto

Resumo: As leucemias são um grupo de doenças com diferentes fisiopatologias, manifestações clínicas e prognósticos; o seu traço comum é um acúmulo ou proliferação desregulada de um dos constituintes da série dos leucócitos na medula óssea onde são encontradas as células mães ou precursoras que originam os elementos figurados do sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. As células leucêmicas invadem e substituem os elementos modulares normais. As leucemias são os cânceres infantis mais comuns, representando de 30 a 35% do total de doenças malignas. A maioria dos casos de LLA (mais de 70%) ocorre em menores de 20 anos de idade (pico entre 3 e 4 anos). Acomete mais freqüentemente o sexo masculino. Corresponde a 20% das leucemias nos adultos. Irmãos de crianças com LLA têm um risco de 2 a 4 vezes maior de também apresentarem a doença em relação à população geral e este risco ainda se multiplica nos gêmeos idênticos. As manifestações clínicas da leucemia aguda são secundárias à proliferação excessiva de células imaturas (blásticas) da medula óssea, que infiltram os tecidos do organismo, tais como: amígdalas, linfonodos (íngua), pele, braço, fígado , rins, trato gastro intestinal, SNC e outros. Fadiga, palpitação e anemia aparecem pela redução da produção de eritrócitos pela medula óssea. Infecções que podem levar a óbito são causadas pela redução dos leucócitos normais. Verifica-se tendência a sangramentos pela diminuição na produção de plaquetas. Outras manifestações clínicas são dores nos ossos e nas articulações, dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla, desorientação, palidez, febre, esplenomegalia, hepatomegalia e adenomegalia. Embora menos de 5% dos pacientes exibam comprometimento do SNC é um local freqüente de recidivas sobretudo na LLA. Além disso, verifica-se a ocorrência de comprometimento testicular na LLA, constituindo um local freqüente na recidiva. Na análise laboratorial, o hemograma estará alterado, com anemia normocrômica e normocítica e apresentando uma plaquetopenia, porém, o diagnóstico é confirmado no exame da medula óssea (mielograma), a radiografia do tórax é feita para procurar uma massa mediastinal, que pode ser encontrada em alguns pacientes. O tratamento pode durar mais de 2 anos. São três fases: indução, consolidação e manutenção. Também se faz em alguns casos quimioterapia intratecal e/ou irradiação em incidência cerebral. Nos adultos há remissão completa em até 70% dos casos para risco padrão, em torno de 35 a 40% nos casos de alto risco. O transplante de medula óssea atinge remissão completa em 85% dos casos. O alto risco nas crianças correspondem a idade de 2 a 10 anos, onde se faz a quimioterapia indutiva que é a mais agressiva. O transplante de medula óssea em crianças comumente é empregado nos casos de alto risco de recidiva. O prepara para o transplante é realizado de forma similar ao do adulto, podendo ser: singênico, autólogo ou alogênico. Nas crianças há remissão completa em 85 à 90% dos casos entre 2 a 10 anos de idade. O transplante de medula óssea atinge remissão completa em 90% dos casos. A cura é definida por remissão completa por mais de 5 anos após o término do tratamento, nos adultos correspondem a 30 à 40% dos casos e nas crianças a 70% dos casos.


Leucemias

Autor: José Eduardo Afonso

Resumo: O objetivo desse trabalho é, tão somente, oferecer algumas informações obre leucemia (mais precisamente a leucemia aguda): o que é, como surge, as formas de tratamento e as respostas aos mesmos sem, contudo, esgotar o tema e o conhecimento sobre o mesmo. Abordamos, aqui, apenas os conceitos necessários à pesquisa a que nos propusemos. Oferecemos um estudo superficial (sem a pretensão de substituir orientações médicas) porém, embasado em bibliografia especializada – que nos deu suporte para adquirir conhecimentos sobre o assunto e desenvolver o referido trabalho.


Interpretação das alterações morfológicas e fisiológicas daas leucocitoses

Autor: José Guilherme Casella

Resumo: O mecanismo de defesa contra os agentes infecciosos é muito complexo. O organismo possui barreiras naturais que devem impedir que o microrganismo avance. Essas barreiras são, a pele queratinizada, o muco das membranas mucosas, as enzimas, por exemplo, a lisozima com atividade antimicrobiana, o suco gástrico, entre outras. Caso o agressor penetre, inicia-se a imunidade inata, constituída por elementos humorais, como proteínas de fase aguda do sistema complemento e citocinas, e por elementos celulares, os monócitos, macrófagos, granulócitos e linfócitos NK. Leucocitoses neutrofílicas com desvio à esquerda, granulações tóxicas e vacúolos citoplasmáticos nos indicam uma infecção bacteriana. Uma linfocitose relativa ou absoluta com presença de linfócitos atípicos, nos falam de uma infecção viral. E, ainda, uma eosinofilia, nos chama atenção para as parasitoses ou alergias.


Equilíbrio Ácido-básico

Autora: Kelly Christine Berto

Resumo: O sistema respiratório é muito importante na manutenção do estado ácido-base, pois ele controla a excreção de CO2 (principal ácido volátil). É importante no equilíbrio entre a produção metabólica de CO2 e sua eliminação pelos pulmões para a manutenção da concentração de CO2 nos líquidos extracelulares. A ventilação é controlada pelos centros respiratórios localizados no SNC que são sensíveis à mudanças de PCO2, PO2 e pH. O sistema renal é importante na manutenção do equilíbrio ácido-básico, pois é responsável pela manutenção dos níveis plasmáticos de bicarbonato e expelido pelos rins. O bicarbonato é reabsorvido com finalidade de dar continuidade ao sistema. O pH é determinado pela razão bicarbonato/ácido carbônico do sistema tampão, a qual é expressa na reação de Henderson-Hasselbach. Esses dados também fornecem o índice de equilíbrio ácido-base corporal total. Os distúrbios podem ocorrer por alteração da tensão arterial de dióxido de carbono (PCO2), denominado distúrbio respiratório (a alteração primária encontra-se no sistema respiratório) ou por alteração da concentração sérica de bicarbonato denominado distúrbio metabólico (a alteração primária pode ter origem renal, metabólica, digestiva ou tóxica). E acidose quando o sistema tampão ou emunctórios (rins e pulmões) não funcionam de forma suficiente, o organismo acumula ácidos (causando a queda do pH) e tem-se a acidose e alcalose quando o sistema tampão ou emunctórios funcionam de forma excessiva, o organismo empobrece-se de ácidos (causando aumento do pH) e tem-se a alcalose.


A atuação da bioquímica na atividade física

Autor: Leonardo Manzato dos Santos

Resumo: Através das grandes pesquisas desenvolvidas e avanços tecnológicos, a bioquímica passou a ser utilizada com maior freqüência e credibilidade na área esportiva, conseguindo mostrar que sua atuação pode ser muito eficaz e necessária, através do fornecimento de informações suficientes para que sejam feitos estudos como: o uso do carboidrato, sódio, dosagem de hormônio no desenvolvimento e rendimento de uma esportista. O atleta necessita do seu corpo físico para ter destaque na profissão, porém muitos deles não sabem como ou o que é melhor para seu desempenho. Desta forma, este trabalho tenta definir a melhor fonte energética a ser consumida, como evitar a desidratação e melhorar a reidratação de atletas e verificar a atuação dos hormônios sobre o desgaste físico, tentando melhorar seu desempenho.


Estudo comparativo de fluoreto de potássio, EDTA e ausência de anticoagulante relacionado ao tempo em exames de glicemia

Autora: Luciana Sanches Silva

Resumo: O trabalho foi realizado com trinta amostras de sangue, coletadas em dias diferentes, aleatoriamente, de pacientes comuns. Usou-se três amostras de cada um dos pacientes: uma colhida em Fluoreto de Potássio, a segunda com EDTA e a outra em ausência de anticoagulante. O aparelho usado foi o Selectra II, com o reagente Diasys. As amostras foram mantidas sob temperatura controlada, em banho Maria a 37°C. As dosagens ocorreram nos seguintes tempos após a coleta: uma, duas, quatro e seis horas. Os dados foram inseridos em planilhas e delas obtidos gráficos. Observou-se a possibilidade de uso do anticoagulante EDTA para dosagens a serem realizadas dentro de um prazo relativamente curto: duas horas. Para amostras a serem transportadas o anticoagulante a ser usado deve ser o Fluoreto de Potássio.


Riscos cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa

Autora: Maria Aparecida Figueiredo Galvanin

Resumo: Com o progresso da medicina e da ciência a expectativa de vida da mulher no Brasil aumentou de 52,8 anos em 1950 para 70,4 em 2000. O grande impacto deste aumento de sobrevida reflete-se nas áreas sociais e econômicas modificando o perfil das pacientes que procuram os serviços de saúde. Menopausa pode ser definida como o término da atividade folicular ovariana acarretando a interrupção das menstruações. A pós-menopausa é definida como a época que começa a partir da menopausa desde que tenha ocorrido 12 meses de amenorréia espontânea. Como a menopausa natural ocorre ao redor dos 50 anos, muitas mulheres terão aproximadamente 30 anos de vida pós-menopausal. Este fato justifica o interesse e empenho dos profissionais da área de saúde em proporcionar à suas pacientes qualidade de vida e boa capacidade física e mental até próximo à morte. As doenças cardiovasculares representam a principal causa de mortalidade feminina em grande parte dos países do mundo, superando inclusive as doenças neoplásicas. A menopausa é fator de risco para as doenças cardiovasculares juntamente com outros fatores como hipertensão arterial, tabagismo, diabetes mellitus, obesidade, vida sedentária, hipercolesterolemia, estresse e antecedentes familiares para a doença. As doenças cardiovasculares englobam a doença cardíaca coronariana, a doença vascular cerebral, a hipertensão e a doença vascular periférica, a maioria delas resultantes da aterosclerose. As mulheres em idade fértil apresentam altos níveis de HDL-colesterol que é uma lipoproteína cardioprotetora. No período pós-menopáusico há uma inversão no perfil lipídico com diminuição da lipoproteína HDL e aumento da lipoproteína de baixa densidade (LDL) que é aterogênica. As medidas preventivas contra as doenças cardiovasculares em mulheres na pós-menopausa incluem dieta, promoção de atividade física, abolição do cigarro, manutenção do peso, diminuição do estresse e controles rigorosos da pressão arterial, dos níveis séricos de colesterol e glicose, que são fatores que interagem no risco de desenvolvimento da aterogênese.


Hemofilia, coagulopatia hereditária: aspectos clínicos e diagnósticos em pacientes portadores da doença

Autora: Marina de Queiroz Cozza

Resumo: A hemofilia é uma patologia causada por uma deficiência nos fatores VIII, IX e XI da coagulação sanguínea, caracterizando, respectivamente, a hemofilia A, B e C. A hemofilia é caracterizada como uma desordem da coagulação sanguínea, hereditária, de transmissão genética recessiva ligada ao cromossomo X. Pode resultar em incontroláveis sangramentos em virtude da deficiência ou ausência do fator VIII (hemofilia A), fator IX (hemofilia B) ou do fator XI (hemofilia C). Essa última diferencia-se pois é resultado de herança autossômica dominante. Essa patologia, na maioria dos casos afeta o sexo masculino, sendo, portanto, bastante rara na mulher, com exceção da hemofilia C, que pode ocorrer em ambos os sexos. Como a hemofilia intra-auricular é o acometimento mais freqüente, destaca-se a evolução das hemartroses, enfocando a articulação do joelho, citando as alterações estruturais e a evolução do quadro clínico.


Hanseníase

Autora: Meire Aparecida Mendes

Resumo: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa de evolução crônica (muito longa), conhecida antigamente como lepra, causada por uma bactéria denominada Mtycobacterium leprae, que foi descrito em 1874, pelo médico norueguês Gerhard Henrik Armauer Hansen. Microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos. Quase todo o corpo pode ser acometido, mas as regiões mais afetadas são as extremidades (braços, mãos, coxas, pernas, pés e a face), os principais sintomas da doença são: manchas brancas ou avermelhadas, alterações de sensibilidade ao calor, frio e dor, principalmente nas mãos e pés. Diminuição da força muscular em alguns casos. Quando não tratada, a doença pode causar deformidades que incapacitam o indivíduo para o trabalho e socialmente. A transmissão se dá de indivíduo para indivíduo, por meio das secreções respiratórias, quando uma pessoa infectada libera o bacilo no ar, pela tosse, espirro, fala ou bocejo, e que são inalados por outras pessoas penetrando no organismo pela mucosa do nariz. Outra possibilidade é o contato direto com a pele através de feridas de doentes. Porém é necessário um contato íntimo e prolongado com a contaminação. A maioria das pessoas resiste à contaminação pela doença, mesmo entre os contatos domiciliares nem todos adoecem. Por isso que é necessário o exame dos familiares quando é diagnosticado um caso na família. As formas de manifestação da hanseníase dependem da resposta imune do hospedeiro ao bacilo causador da doença. As formas clínicas da hanseníase são: Indeterminada, Tuberculóide, Dimorfa e Virhowiana. Também podem apresentar períodos de alterações imunes, os estados reacionais, podendo ocorrer mesmo em pacientes que já terminaram o tratamento, o que não significa que a doença não foi curada. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo governo a todos os pacientes, que são acompanhados durante todo o tratamento. Este tratamento é supervisionado e realizado nos Postos de Saúde. Quando diagnosticada e tratada a hanseníase tem cura.


Talassemias Alfa e Beta

Autora: Milene Aparecida Gomes

Resumo: O presente trabalho vem avaliar como principal objetivo a realização de um estudo sobre as Talassemias. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica para o embasamento teórico. As Talassemias representam um conjunto de sintomas caracterizados por anemia, fraqueza, cansaço, dores nas pernas palidez, icterícia e que dependendo da gravidade da doença, ocorrem alterações esqueléticas, hepatomegalia, esplenomegalia, cálculos biliares, infecções, insuficiência cardíaca e disfunções hormonais. Cientificamente, as Talassemias foram descritas pela primeira vez por Thomas B. Cooley em 1925, que relatou a doença em quatro crianças que tinham anemia e esplenomegalia, aumento do fígado, palidez, todos com aspectos faciais mongolóides, e alterações ósseas do crânio e dos ossos faciais. No exame de esfregaço sanguíneo, Cooley descreveu acentuado grau de anemia com presença de muitos eritroblastos. Devido à excelência do artigo e da clareza com que foi descrito, por muitos anos essa forma de Talassemia grave foi reconhecida e citada como Anemia de Cooley, e que hoje corresponde à Talassemia Beta Maior. Historicamente, é possível que a Talassemia tenha se originado há mais de 4 mil anos, pois há referência da doença feita por Hipócrates, bem como achados em múmias de crianças dos períodos pré-histórico, com alterações ósseas no crânio, muito parecidos com os da Talassemia Beta Maior. Atualmente, a Talassemia é uma das doenças mais estudadas e mais conhecidas no sentido científico, médico, social e demográfico. Sob o ponto de vista clínico, as Talassemias são classificadas em maior, intermediária, menor e mínima. Por outro lado, as Talassemias também têm sua classificação laboratorial conforme o tipo de globina que foi afetada, fato que as diferenciam em: Talassemia Alfa – quando a síntese da globina alfa está deficiente, enquanto a de globina beta está normal; Talassemia Beta – quando a síntese da globina beta está deficiente, enquanto a de globina alfa está normal. Com base nisso, conclui-se que, quanto maior for o bloqueio da síntese de uma das globinas, maior será o desequilíbrio, mais intenso serão as globinas precipitadas, e mais extensas serão as lesões nos eritrócitos – que serão retirados precocemente da circulação causando anemias hemolíticas de graus variados. Além das Talassemias Alfa e Beta, há vários tipos de lesões moleculares que ocorrem nos cromossomos 16 (onde são agrupados os genes da globina alfa) e 11 (onde estão agrupados os genes das globinas beta, delta e gama). Assim, é possível ter situações de Talassemias em que as globinas alfa e beta estão deficientes numa mesma pessoa: talassemia alfa/beta; situações em que as globinas beta e delta estão deficientes: beta/delta talassemia, entre outras. E também ocorrem as interações entre talassemias e hemoglobinas variantes, como são os casos da Hb S/tal. Beta, Hb SS/tal. Alfa, Hb C/tal. Beta, entre outras.


Diabetes

Autora: Myrelle Duarte da Costa

Resumo: O termo diabetes melitus aplica-se a um grupo de distúrbios metabólicos, de etiologia múltipla, que se caracterizam, bioquimicamente, por hiperglicemia crônica e, clinicamente, pelo desenvolvimento em longo prazo de complicações macro e microvasculares. A doença surge em conseqüência de uma anormalidade na produção ou na utilização da insulina que é a principal responsável pelo aproveitamento e metabolização da glicose pelas células do organismo humano, com finalidade de gerar energia. A anormalidade na produção da insulina afeta as células b das ilhotas pancreáticas e pode ser de dois tipos: produção deficiente de insulina pelas células b ou síntese relativamente normal, porém com liberação anormal do hormônio. O diabetes melitus pode ser classificado em duas principais categorias: DM tipo I, onde há uma deficiência absoluta de insulina, podendo ser de natureza auto-imune ou idiopática e DM tipo II, onde há uma resistência à insulina, com relativa deficiência desta. Os principais sintomas são poliúria, polidipsia, polifagia, cansaço e emagrecimento, mas, independe da ocorrência destas, deve-se pesquisar diabetes em todas as pessoas com mais de 40 anos de idade. A clínica do paciente juntamente com os vários métodos laboratoriais existentes facilita o diagnóstico, proporcionando uma melhor qualidade de vida para quem possui esta doença.


Grupos sanguíneos ABO e fator RH em pacientes com malformação

Autor: Narciso Almeida Vieira

Resumo: O presente estudo foi efetuado com o intuito de verificar se existe associação entre os grupos sanguíneos ABO e o fator Rh (D) com os tipos de fissura, estabelecendo-se, assim, um possível marcador genético para esse tipo de anomalia em 3.100 pacientes atendidos no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais – Universidade de São Paulo, na cidade de Bauru. As fissuras foram classificadas em dois grupos: fissura de lábio com ou sem fissura de palato (FL+P) e fissura de palato isolado (FP). Os resultados demonstraram que a FL±P tem maior incidência no gênero masculino (62,44%) e as FP no gênero feminino (61,44%). Comparando os tipos de fissuras com o sistema ABO a análise estatística não constatou associação significativa (p>0,10). Comparando as proporções de D nos indivíduos portadores de FL±P observou-se maior incidência de indivíduos masculinos brancos (p<0,05). As proporções de D nos indivíduos portadores de FP demonstraram não haver associação significativa (p>0,90). A análise comparativa entre as proporções de D em indivíduos fissurados e normais, demonstrou uma diferença significativa (p<0,01), com maior proporção de D em indivíduos portadores de FL±P, verificou-se ainda que esta associação deve-se à maior quantidade de indivíduos portadores de FL+P e D do gênero masculino, sendo que a proporção apresentada no gênero feminino não influenciou o resultado.


Comportamento dos anti-retrovirais em grupo de portadores da imunodeficiência adquirida (AIDS) no SAE (Serviço Ambulatorial Especializado) de Ponta Porã

Autora: Norma Gladis Villalba Cristaldo


Resumo: Em outubro de 2002, a Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e AIDS do Ministério da Saúde reuniram o Comitê Assessor para Terapia Anti-retroviral de Adultos e Adolescentes, com o objetivo de discutir os recentes avanço0s na área e assistir a Coordenação na revisão das estratégias para o tratamento da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) em adultos e adolescentes. A compreensão progressiva sobre a dinâmica viral e celular, e o melhor conhecimento dos mecanismos de ação farmacológica dos medicamentos anti-retrovirais e de resistência viral a estas drogas têm permitido substanciais avanços no controle clínico da imunodeficiência causada pelo HIV. Entretanto, a terapia anti-retroviral é um campo extremamente complexo e dinâmico. A elaboração de recomendações para o seu uso implica em constantes reavaliações que levem em conta os progressos científicos e os aspectos operacionais ligados ao seu uso em larga escala, de maneira a propiciar, em termos individuais, eficácia máxima e, do ponto de vista de saúde pública, resultados condizentes com o enorme investimento humano e material envolvidos. Nesta revisão, foram considerados todo os medicamentos anti-retrovirais registrados e disponíveis para uso clínico no País, até a data da última reunião do comitê.


Doenças sexualmente transmissíveis: Sífilis diagnóstico materno e do recém-nascido

Autora: Odila Maria Azzolini Gonzalez

Resumo: A sífilis é também conhecida como “lues”, sendo uma doença infecto-contagiosa transmitida pelo Treponema pallidum. Se não tratada, pode acometer praticamente todos os órgãos. O contato se faz normalmente pelo ato sexual, sendo que o germe penetra na mucosa da área genital, colonizando-a e também invadindo as vias sanguíneas e/ou linfáticas, a transmissão não sexual da sífilis é pouco freqüente, não esquecendo entretanto da possibilidade de transmissão transfusional, ou até mesmo acidente ocupacional, incluindo de natureza congênita. É universal, mais freqüente nas cidades, sem predileção por raça e sexo. Atualmente atinge mais os jovens. Recentemente com o advento da AIDS, formas atípicas e mais graves e com evolução mais aguda têm aparecido. A proposta deste trabalho monográfico, foi a de, inicialmente demonstrar o que vem a ser DST, aprofundando na sífilis, onde posteriormente pode-se estudar um grupo de gestantes, que realizaram seus exames: testes VDRL na admissão para o parto ou abortamento, no Hospital Regional de Ponta Porá, a fim de fazer o diagnóstico da sífilis congênita, podendo fornecer dados que contribuam para definir a epidemiologia desta doença em gestantes, permitindo a reorientação dos programas de prevenção e controles nesta população.


Doença de Alzheimer

Autora: Paula Silva Costanzo

Resumo: A Doença de Alzheimer é a causa mais comum das demências e freqüentemente usada para descrever todas as demências. Essas doenças são extremamente aflitivas para as pessoas afetadas pelas mesmas e por seus cuidadores. Duas de cada três pessoas com demência vivem nos países em desenvolvimento. No momento há 18 milhões de pessoas com demência no mundo inteiro. Este número vai aumentar para 34 milhões nos próximos 25 anos. Isto se deve ao rápido envelhecimento da população. E o Brasil, bem como os outros países da América Latina, será atingido pelo mesmo marcador. Uma das maneiras mais importante de ajudar as pessoas é oferecer-lhes informação. As pessoas que possuem informação estão mais bem preparadas para preparadas para controlar a situação em que se encontram. Existe muita informação em inglês porém muito menos em outras línguas. A literatura em inglês é freqüentemente de menos ajuda para os países que não sejam Anglo-Saxões uma vez que essa literatura está ligada à cultura Anglo-Saxônica, serviços, legislação e hábitos familiares próprios. Portanto, é particularmente importante que as associações de Alzheimer tomem a liderança na produção de informações que sejam relevantes às pessoas vivendo em seus países. A demência não é um problema somente para o portador. Essa doença tem influência na vida da família, nos profissionais de saúde e da área social e os legisladores. A demência afeta todos. Todos precisam saber sobre a demência.


Anemia Ferropriva

Autor: Paulo Cesar da Silva

Resumo: A anemia corre com a redução anormal do número de hemácias por milímetro cúbico ou da quantidade de hemoglobina. Anemia ferropriva é causada pela deficiência de ferro que é uma substância orgânica necessária na formação de hemoglobina presente no sangue. As deficiências de ferro podem ser ocasionadas por situações diversas tais como: ingestão insuficiente de ferro alimentar (falta de acidez e enzima que favorecem absorção, ou pela presença de substâncias que a inibem), alteração no metabolismo do ferro, transporte deficiente do ferro absorvido para o órgão que irá produzir as hemácias, necessidade aumentada de ferro, como exemplo, durante o crescimento corporal, na gestação (pela transferência de ferro para o feto), hemorragia (perda excessiva de ferro para o exterior), hemossiderinúria. A anemia ferropriva, ou hipocrômica e ferropênica é caracterizada pela microcitose hipocrômica, células em alvo, codócitos e eliptócitos. O volume corpuscular médio (VCM) e hemoglobina corpuscular média (HCM) abaixo do normal. Os testes diferenciais mais usados para, investigar a deficiência crônica de ferro são: o ferro sérico em combinação com a capacidade total de fixação de ferro e o nível de ferritina sérica. Os sintomas devido à anemia são ocasionados pela diminuição de oxigênio ao nível dos tecidos, por isso, os sintomas são: palidez, fraqueza, desânimo, anorexia, dispnéia, palpitação, taquicardia, dor precondial e desmaio.


Câncer de Próstata

Autor: Reinaldo Taminato

Resumo: A freqüência do câncer de próstata aumentou de forma explosiva nos últimos anos, preocupando a ciência médica e os homens em geral. Até 1990, o adenocarcinoma da próstata representava o terceiro tumor do sexo masculino, sendo menos freqüente que o câncer do pulmão e o câncer de cólon. A partir daquele ano, os tumores da próstata ultrapassaram em número estas duas neoplasias e passaram a representar o câncer mais freqüente do homem. O objetivo deste trabalho é fazer um estudo sobre o câncer de próstata, abordando os aspectos mais importantes sobre o assunto, como os sintomas e fatores de risco, diagnóstico, causas, tratamentos, exames necessários à prevenção, dentre outros.


O sumário da urina

Autor: Ronald Feitosa Pinheiro

Resumo: Uma série de informações pode ser obtida através de um simples exame de urina. Um exame cuidadoso pode detectar intrínsecas do sistema urinário ou manifestações de um quadro sistêmico. O exame da urina é composto de dois elementos: as determinações físico-químicas e o exame de microscopia. As determinações físico-químicas estão relacionadas à aparência, a densidade e as outras medidas dos reagentes de fita. O exame da microscopia é importante para evidenciar hematúria, piúria, cilindros e cristais.


A relação entre o vírus Epstein-Barr, Linfócitos T e B e a Mononucleose Infecciosa

Autora: Susiane Aguiar

Resumo: A relação entre o vírus Epstein-Barr e Mononucleose Infecciosa foi observada através da presença do mesmo em pacientes com quadro clínico característico. O vírus foi descoberto em cultura de células do linfoma de Burkitt (África Ocidental). A doença foi diagnosticada através de exames laboratoriais como o hemograma, provas bioquímicas (TGO, TGP, Fosfatase Alcalina e Bilirrubina Total) e provas sorológicas (Pesquisa de Anticorpos Heterófilos). Sua transmissão ocorre por contato íntimo, através do beijo ou troca de saliva, atingindo crianças, adolescentes e adultos jovens. Aproximadamente 90% da população mundial foi infectada pelo vírus. Este infecta os linfócitos B que estimulam um processo linfoproliferativo de células T. Estas aparecem no sangue periférico de pacientes com MI como linfócitos atípicos e apresentam funções supressora e citotóxica. A MI causa doença infecciosa-aguda, com quadro clínico de febre moderada, dor de garganta, adenomegalia, esplenomegalia e hematomegalia. O EBV foi o primeiro vírus humano a ser associado ao câncer. Foi encontrado no linfoma de Burkitt, carcinoma de nasofaringe. Doença de Hodgkin, síndrome pós-transfusional, mononucleose infecciosa crônica e linfoma de células T. Não há tratamento específico para a MI, sendo este sintomático e de manutenção, enquanto a doença cursa rapidamente. A recuperação, em geral, é total e sem seqüelas.


Intolerância à Glicose e Diabetes na Gravidez

Autora: Tânia Regina Lopes Costa


Resumo: O diabetes melittus gestacional (DMG) é definido como intolerância à glicose de graus variáveis com início ou primeiro diagnóstico durante o segundo ou terceiro trimestres da gestação. A reclassificação, entretanto, pode ser feita após o parto, utilizando critérios padronizados para a população não-gestante. Sua incidência é variável, sendo estimada em 3 a 8% das gestantes. A gestação é um estado hiperinsulinêmico caracterizado por uma diminuição da sensibilidade à insulina, parcialmente explicada pela presença de hormônios diabetogênicos, tais como a progesterona, o cortisol, a prolactina e o hormônio lactogênico placentário. Os níveis glicêmicos de jejum tendem a ser mais baixos na gestante, contudo os valores pós-prandiais são mais altos, sobretudo naquelas em que não há aumento adequado da liberação de insulina. As pacientes com DMG apresentam uma diminuição ainda mais acentuada da sensibilidade periférica à insulina, como no diabetes tipo 2, além de uma secreção diminuída de insulina, explicando os picos pós-prandiais. Entretanto, a fisiopatologia do Diabetes Mellitus Gestacional não está totalmente elucidada. Se todas as gestantes fossem resistentes à insulina, a incidência do Diabetes Gestacional seria superior aos níveis encontrados. O comprometimento fetal decorre primordialmente da hiperglicemia materna, que por difusão facilitada chega ao feto. A hiperglicemia fetal, por sua vez, estimula a produção exagerada de insulina que interfere na homeostase fetal, desencadeando: macrossomia, fetos grandes para a idade gestacional (GIG), aumento das taxas de cesárea, traumas de canal de parto e distocia de ombroo, hipoglicemia, hiperbilirrubinemia e policitemia fetais, distúrbios respiratórios neonatais e óbito fetal intrauterino. Historicamente, a introdução da insulina na terapêutica da gestante diabética foi um marco na qualidade da assistência a essaas mulheres. Os dados sobre diabeetes e gestação anteriores à utilização clínica da insulina são sombrios, com relato de cerca de 30% de mortalidade materna durante a gestação e 50% de óbitos perinatais. Após a aplicação da insulina no controle do DMG, diminuíram significativamente suas complicações perinatais, com grande impacto principalmente na taxa de óbitos fetais. O adequado conhecimento das medidas terapêuticas no diabetes gestacional permite-nos alcançar a normoglicemia materna, quebrando o ciclo maléfico dessa entidade e, consequentemente reduzindo a incidência de efeitos lesivos ao binômio materno-fetal.


A adesão ao tratamento da tuberculose em pacientes atendidos no Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande

Autora: Tatiana Mary Sakamoto

Resumo: A tuberculose (TB) é uma doença antiga e continua sendo um grave problema de saúde pública. Desde tempos passados a TB mereceu atenção dos governantes que se empenharam em estruturar, no Brasil, sistemas de combate ao mal. Atualmente o mundo assiste à dramática tendência de ressurgimento e expaansão de TB em consequência da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e do fantasma da multiresistência – fruto, na maioria das vezes, de tratamentos irregulares, com grande percentagem de abandono. Neste estudo, levantou-se a incidência de adesão ao tratamento de TB no Hospital Universitário da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (HU-UFMS), durante o ano de 2002. Detectaram-se os casos de abandono e suas possíveis causas. Foi realizado estudo retrospectivo por meio de análise de dados do Livro de Registro de Contrtole à Tuberculose e dos prontuários de paciente que abandonaram o tratamento. Notificaram-se 53 pacientes que tiveram diagnóstico de TB e que iniciaram o tratamento em 2002. Evidenciou-se uma alta taxa de abandono ao tratamento (76,47%) nos pacientes do HU-UFMS, comparados com dados do município de campo grande. Essa taxa na realidade pode não ser verdadeira pelo fato de a maioria desses pacientes (61,54%) terem sido acompanhadas por outra clínica que não da Pneumologia – responsável pela notificação dos casos de TB do hospital que na época, por não ter tido conhecimento sobre o tipo de alta da maior parte deles, registrou-os com abandono ao tratamento.


Leishmaniose

Autora: Vanessa de Souza Sacomano

Resumo: Dada a dificuldade de tratamento eficiente dos animais infectados, assim como reações secundárias graves quando o tratamento é tentado, no estágio atual de nosso conhecimento é prescrito o sacrifício dos animais enfermos, principalmente em se tratando do cão ou d gato, com o fato de assim impedir o contágio humano. Pessoas infectadas com o parasita, devem ser obrigatoriamente isoladas em local apropriado, a fim de ser impedido de serem sugados pelos vetores flebótomos interrompendo a cadeia evolutiva do protozoário. Trata-se, no entanto, de uma doença.


A Leishmaniose Visceral na região de Bauru

Autora: Vanessa Pizarro Baconcelo

Resumo: A Leishmaniose visceral é considerada atualmente uma doença endêmica no Brasil, sendo causada pelo gênero Leishmania. O calazar ou L.visceral é zooantroponose (enfermidade transmitida dos animais para os humanos) cujos agentes etiológicos são leishmanias parasitas pertencentes ao filo Protozoa. A doença geralmente tem início insidioso, podendo, ocasionalmente, apresentar-se com início abrupto. Em sua forma clássica, o calazar caracteriza-se por hepatoesplenomegalia e febre de longa duração acompanhados por epistaxe, palidez, emagrecimento, tosse, diarréia e distensão abdominal. Atinge principalmente as crianças, com sua principal transmissão sendo feita a partir doos reservatórios animis, enquanto persistem os parasitismos na pele ou no sangue circulante. O objetivo deste trabalho é mostrar a Leishmaniose na região de Bauru, considerada região endêmica.


Diabetes mellitus e sua relação com a obesidade

Autora: Vivian de Souza Sacomano

Resumo: A prevalência do diabetes mellitus tipo 2 tem se elevado vertiginosamente e espera-se ainda um maior incremento. Na América Latina há uma tendência do aumento da frequência entre as faixas etárias mais jovens, cujo impacto negativo sobre a qualidade de vida e qa carga da doença ao sistema de saúde é relevante. O aumento das taxas de sobrepeso e obesidade associado às alterações do estilo de vida e ao envelhecimento populacional, são os principais fatores que explicam o crescimento da prevalência do diabetes tipo 2. As modificações no consumo alimentar da população brasileira – baixa frequência de alimentos ricos em fibras, aumento da proporção de gorduras saturadas e açúcares da dieta – associadas a um estilo de vida sedentário compõem um dos principais fatores etiológicos da obesidade, diabetes tipo 2 e outras doenças crônicas. Programas de prevenção primária do diabetes vêm sendo desenvolvidos em diversos países, cujos resultados demonstram um impacto positivo sobre a qualidade de vida da população.