Resumo das Monografias – 11ª Turma de Pós-Graduação Lato Sensu em Hematologia Laboratorial

Anemia Ferropriva

Álvaro Alves Caetano

Resumo: Observações diárias em atividades laboratoriais e freqüência em literatura da área chamam atenção para anemia ferropriva. Sinal clínico muito comum que aponta e direciona para necessidades básicas em saúde. Reflete problemas alimentares, sociais, regionais, econômicos, políticos, etc. As alterações hematológicas em anemia ferropriva como hipocromia e microcitose são de grande importância uma vez que torna o indivíduo menos capaz para participar em igualdade na sociedade. Diagnóstico precoce e qualificado é de grande importância para o paciente, médico e para o laboratório. Neste sentido, fizemos um breve relato sobre anemia ferropriva e estabelecemos uma comparação entre exame manual e automatizado.


Anemia por sensibilização materno fetal ligada ao sistema Rh

Carlos Roberto Sanches Filho

Resumo: A eritroblastose fetal é uma doença que ocorre no feto e em recém nascido, caracterizada pela hemólise progressiva de eritrócitos fetais, levando a um quadro geral de anemia, que consequentemente leva ao aparecimento de eritroblastos na circulação do sangue periférico do indivíduo devido a eritropoiese compensatória.
O quadro só é manifestado pela sensibilização materna, a qual possui Rh (-), e que tenha se unido a um pai de Rh(+) e estes, por sua vez, tiverem um filho Rh (+). O que permitirá a sensibilização materna é a passagem de hemáceas fetais, contendo o fator D, para mãe após o deslocamento da placenta. O próximo filho gerado pelos progenitores que for de Rh (+), após a sensibilização materna, sofrerá a ação de anticorpos anti- Rh produzidos pela mãe, que atravessará a placenta e que levará a ocorrência de hemólise, levando assim a instalação do quadro de eritroblastose fetal.
A prevenção da eritroblastose fetal está na investigação da possibilidade de ocorrência da doença e no tratamento adequado dado a mãe após a sensibilização da mesma.
O quadro clínico apresentado pelos indivíduos é em geral devido a instalação da anemia hemolítica, ocorrendo anasarca, icterícia, anemia, hepatoesplenomegalia, hiperbilirrubinemia, entre outras, o que pode ser alterado através de tratamento adequado, evitando-se a morte do feto ou recém-nascido.


Doença hemolítica do recém-nascido (Eritroblastose fetal)

Daiani Bonifácio Santana

Resumo: A eristoblastose fetal pode ocorrer durante a gestação, caso uma mulher Rh negativo esteja grávida de uma criança Rh positivo. No final da gestação, particularmente durante o parto e o deslocamento da placenta, pode acontecer a passagem de pequenas quantidades de sangue fetal para a circulação materna. A patogênese da doença, manifestações clínicas, exames laboratoriais para diagnóstico, prevenção e tratamento são objeto deste artigo. Conclui-se que o melhor é prevenir, uma vez que remediar é desgastante e o risco do recém nascido vir a falecer não é insignificante.


Leucemia Linfóide Crônica

Danyelle Rodrigues Afonso

Resumo: Certas doenças podem atingir os leucócitos, provocando manifestações clínicas importantes.Uma dessas doenças é a leucemia, onde ocorre uma proliferação de caráter neoplásico generalizado.As leucemias apresentam-se de duas formas: aguda e crônica. Também se classificam de acordo com as características citológicas. Leva-se em conta o tipo de célula comprometida, sendo mielóide ou linfóide.
As Leucemias Linfóides Crônicas constituem um grupo heterogêneo de neoplasias que possuem como característica comum a origem de células linfóides maduras que infiltram órgãos linfóides como baço e gânglios linfáticos e estão presentes também no sangue periférico e na medula óssea. São diagnosticadas através de características morfológicas, imunofenotípicas, citogenéticas e alterações moleculares.
Um tipo citado no artigo é a leucemia linfóide crônica clássica, que é definida como neoplasia monoclonal de linfócitos B imunologicamente incompetentes, de lenta proliferação e vida longa.
Em geral, o diagnóstico é realizado quando o paciente é submetido a um hemograma devido a outra doença ou em um exame de rotina. O hemograma não é um exame confirmatório no diagnóstico da Leucemia Linfóide Crônica, sendo necessário exames mais específicos como a imunofenotipagem e a citogenética.


Anemia na gravidez

Délio Mastrella Rosa

Resumo: Durante o período de gestação, o organismo feminino se modifica no intuito de promover as melhores condições para o feto. Dentre as transformações, uma que é observada e requer muita atenção é a anemia. A principal causa de anemia na gestação é o baixo nível de ferro durante este período o que é conhecida como anemia ferropriva. Além dos sintomas que a mãe sente, o feto tem uma maior chance de desenvolver prematuridade e baixo peso neonatal. A anemia ferropriva se instala quando as quantidades de ferro são insuficientes para suprir as necessidades dos tecidos, a formação da hemoglobina e dos glóbulos vermelhos. Em geral, a reposição de ferro ao organismo é o tratamento mais indicado, mas vários fatores devem ser observados como a biodisponibilidade, a alimentação adequada, a absorção e os efeitos colaterais da administração de ferro.


Utilização do plasma rico em plaquetas

Eder do Nascimento Ruete

Resumo: Este trabalho tem como objetivo relatar a importância dos fatores de crescimento presentes nas plaquetas e sua aplicação em procedimentos cirúrgicos principalmente nos enxertos ósseos.
Atualmente esta utilização tem sido bem empregada nas cirurgias odontológicas com grande sucesso principalmente no fato de reparar e aumentar a formação de tecidos de maneira geral.
Alem da aplicação odontológica desta técnica, existem outras aplicações, como em cirurgia plástica, devido a aceleração de reparação tecidual.
Uma das grandes vantagens desta técnica é a facilidade na obtenção do PRP bem como na sua aplicação durante os procedimentos que se deseja utilizar.
Foram citados alguns trabalhos que efetivam a eficácia da aplicação dessa técnica bem como os procedimentos utilizados na sua obtenção (PRP).
O PRP pode então, ser associado a biomateriais ou osso autógeno e combinado à trombina autógena produzindo um gel capaz de ser usado como material de enxerto cirúrgico.


Anemia hemolítica auto-imune

Elisabete Maria Batistela

Resumo: A anemia desenvolve quando a produção das hemácias pela medula não pode ser compensada pelo aumento de destruição devido à hemólise. A necessidade de transfusão depende do grau de hemólise e a habilidade do paciente tolerar a anemia. Por vezes o funcionamento defeituoso do sistema imunitário destrói as próprias células porque as identifica de forma incorreta como corpos estranhos (reação auto-imune).
Quando uma reação auto-imune se dirige contra os glóbulos vermelhos, o resultado é a anemia hemolítica auto-imune (anemia imunomediada). A anemia hemolítica auto-imune tem muitas origens, mas a maioria das vezes a causa é desconhecida (idiopática).


Aspectos gerais do Mieloma Múltiplo

Érika Mouzinho Franco

Resumo: Mieloma múltiplo é uma proliferação neoplásica de um clone único de plasmócitos que se proliferam em nódulos ou difusamente em toda medula óssea, na maioria das vezes produzindo uma imunoglobulina monoclonal Este clone se prolifera na medula óssea, e com grande freqüência resulta em destruição extensa do esqueleto, com lesões osteolíticas, osteoporose e fraturas, anemia, insuficiência renal e hipercalcemia. Mais de 80% dos pacientes com mieloma apresentam quantidades aumentadas de uma imunoglobulina monoclonal do soro. A mais comumente envolvida é a IgG, seguida por IgA, E IgD.


Aspectos humanísticos da coleta de sangue

Geisibel de Oliveira Del Santo

Resumo: Ao reconhecer os componentes que impedem que se colha uma amostra da forma recomendada é importante que se defina como a qualidade humana é primordial, pois neste aspecto, se o ser humano não estiver por inteiro, mesmo com tecnologia de ponta, assim mesmo a qualidade do resultado poderá ser comprometida. Se estivermos atentos às nossas emoções, podemos, por exemplo, nos acalmar nos momentos difíceis.


Anemia Falciforme

Gisele Muniz Neves

Resumo: A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, causada por anormalidade de hemoglobina dos glóbulos vermelhos. O gene para uma hemoglobina anormal, denominada hemoglobina falciforme (Hb S-Sickle Cell), pode produzir vários estados patológicos. Quando a Hb S encontra-se presente em ambos os genes (SS), a doença produzida é conhecida como anemia falciforme. Nos casos em que a Hb S é apenas encontrada em um gene, com Hb A normal no outro gene, a doença é denominada caráter falciforme. A Hb S ocorre principalmente em afro-americanos, embora possa ser observada em populações na região Nordeste do mediterrâneo, no Caribe e na Índia. Nos afro-americanos, a incidência do caráter falciforme é de cerca de 8% (com faixa de 5-14%) de acordo com os dados publicados, enquanto a da anemia falciforme é inferior a 1%.O gene S também pode ser encontrado em combinação com um gene para outra hemoglobina anormal, como a Hb C. A anemia falciforme é a doença hereditária de maior prevalência no Brasil. O diagnóstico tardio é um dos problemas maiores, além da falta de oportunidade profissional, apesar de os mesmos poderem participar do mercado de trabalho, desde que estejam recebendo tratamento médico adequado e exerçam funções compatíveis com as suas limitações.


Desordem de coagulação: Doença de von Willebrand

Glauce Maria Santos

Resumo: A Doença de von Willebrand é a mais comum das doenças hereditárias que levam à alterações da hemostasia. É transmitida por gene autossômico dominante de penetrância variável. Constitui-se em um grupo de doenças caracterizadas por um Fator von Willebrand (FvW) defeituoso ou deficiente. O FvW é uma proteína que media a adesividade plaquetária e que carreia e estabiliza o Fator VIII. As plaquetas se aderem ao subendotélio via FvW, que é ligado a um receptor plaquetário específico composto da glicoproteína Ib. As plaquetas se agregam via fibrinogênio, que se liga a um receptor diferente nas plaquetas chamado glicoproteína IIb e IIIa. A agregação plaquetária está normal na Doença de von Willebrand, a não ser com o agonista Ristocetina. A Doença de
von Willebrand é uma doença, primariamente, da função plaquetária, porém, pela sua relação de estabilização do Fator VIII pode apresentar manifestações clínicas semelhantes à hemofilia. A prevalência do tipo mais comum de Doença de von Willebrand é o tipo 1. Caracteriza-se por sangramento de mucosa (epistaxe, equimoses, hematomas e sangramentos após feridas, extração dentária ou menometrorragia). Os níveis do FvW variam com “stress” e devem ser avaliados mais de uma vez em épocas do ano distintas. Os testes “screening” para a Doença de von Willebrand são: PTTA, agregação plaquetária pela Ristocetina e a dosagem do Fator von Willebrand.


Atividade dos eosinófilos

Henver Antonio Martins Quirino

Resumo: Os eosinófilos estão presentes predominantemente no sangue periférico e têm função importante na medição de processos inflamatórios associados à alergia, à defesa contra parasitas metazoários helmínticos, em certos distúrbios cutâneos alérgicos e neoplásicos.


Leucemia Mielóide Crônica

Keila Rejane Guimarães Vilela

Resumo: A leucemia mielóide crônica é uma doença mieloproliferativa que se origina a partir de uma célula mãe hematopoiética anormal resultando em proliferação clonal de células progenitoras mielóide malignas e número excessivo de células mielóides em todos os estágios de maturação. Esta produção anormal altera a produção de leucócitos na medula óssea. A LMC progride por meio de três fases da doença, caracterizadas por fase crônica, fase acelerada e fase blástica ou final. O tratamento é feito com quimioterapia utilizando de preferência o Interferon Alfa, mas chances de cura se dá com o Transplante de Medula Óssea.


Resumo de Síndrome Mielodisplásica

Lenira Nunes Maluf

Resumo: As Síndromes Mielodisplásicas (SMDs) compreendem um conjunto heterogêneo de doenças hematopoiéticas que se caracterizam por hematopoese ineficaz e se apresentam geralmente com citopenias no sangue periférico, medula óssea hipercelular e displasia na diferenciação celular. O objetivo dessa revisão é analisar e estabelecer os critérios morfológicos (cito-histológicos) mais freqüentes, enfatizando o diagnóstico clínico e laboratorial em amostras de sangue periférico e da medula óssea, com especial direcionamento aos hematologistas e patologistas clínicos que exercem a hematologia laboratorial na sua rotina de trabalho.


Doença mieloproliferativa: Policitemia vera

Lívia Maria Ximenes

Resumo: Os distúrbios mieloproliferativos são enfermidades nas quais as células produtoras das células sangüíneas (células precursoras) desenvolvem-se e reproduzem-se anormalmente na medula óssea ou são expulsas desta devido a um crescimento excessivo de tecido fibroso. Os quatro principais distúrbios mieloproliferativos são a policitemia vera, a mielofibrose, a trombocitemia e a leucemia mielocítica crônica.
Clinicamente, a policitemia vera traduz-se por um aumento das células do sangue, incluindo glóbulos vermelhos (eritrocitose), glóbulos brancos (leucocitose), e plaquetas (trombocitose), e um baço dilatado (esplenomegalia).
É uma doença crônica, de evolução lenta, com duas fases bem definidas: uma fase inicial, a fase pletórica, em que há um excesso de células do sangue, e uma segunda fase em que as células do sangue estão reduzidas, o baço atinge grandes dimensões e a medula óssea desenvolve progressiva fibrose e hipocelularidade.


Anemia de doença crônica

Luiz Antônio Ximenes

Resumo: A anemia de doença crônica é a anemia desenvolvida em pacientes portadores de doença neoplásica, infecciosas crônicas e processos inflamatórios. É uma anemia em que a série vermela é normocítica e normocrômica, com valores hematimétricos que se situam entre leves e moderados. Possui uma diminuição de ferro mas, com estoque medular de ferro normal ou aumentado. Na anemia de doença crônica há uma diminuição da sobrevida das hemácias, redução da eritropoietina no rim, menor resposta dos precursores das hemácias à eritropoietina e um aprisionamento do ferro em seus locais de depósitos. Os macrófagos após o aparecimento de uma doença crônica inflamatória liberam citocinas, que estimula o fígado a produzir a hepcidina que juntamente com o fator de necrose tumoral alfa, a interleucina 6, a interleucina 1 e o gama-interferon são os responsáveis pelo desenvolvimento da anemia de doença crônica. Este artigo tem a finalidade de explicar a patogenia, o diagnóstico e o tratamento desta doença.


A importância do tempo de protrombina no monitoramento de pacientes em uso de anticoagulantes orais

Luiz Roberto Assis

Resumo: Pacientes em uso de anticoagulantes orais são muito frequentes hoje nos laboratórios de análises clínicas. O fato se dá devido a necessidade de se encontrar o nível desejado de atividade anticoagulante. Vários fatores interferem na açao dos anticoagulantes, dentre eles, idade, sexo, interações medicamentosas, fatores patológicos, estado físico e dieta alimentar, que por consequência, dificultam na determinação da dose ideal para cada paciente. O teste que mais auxilia o clínico no ajuste da dose do medicamento é o tempo de protrombina (TP) expresso pela Razão Normalizada Internacional (RNI). É através do resultado deste exame que saberemos se o paciente está exposto a uma superdosagem do medicamento, o que poderá levá-lo a um quadro hemorrágico, ou com uma dosagem demasiadamente baixa, o que pode fazer com que o processo trombótico continue e progrida com o risco de uma embolia mortal.


Anemia Aplástica

Márcia Romanelli Stipp Pereira

Resumo: Anemia Aplástica (AA) é uma doença da medula óssea onde o sangue periférico do portador apresenta pancitopenia (diminuição dos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) em conseqüência a uma medula óssea acentuadamente hipocelular.
A medula apresenta aplasia, quando as células pluripotente CD34 + (célula tronco) ou fatores reguladores da hematopoiese ou do microambiente medular sofrem alterações.
A patogênese mais relatada é devida anormalidade intrínseca da célula tronco ou de anormalidades imunológica.
As AA se classificam em Pancitopênicas (congênitas e adquiridas) e Aplasia Pura da Série Vermelha (congênita e adquirida).
Na maioria dos casos elas são do tipo adquiridas, ou seja, primárias ou secundárias, apresentam as mesmas alterações hematológicas: grau variável de anemia, leucopenia, e plaquetopenia (periférica ou medular). As primárias (idiopáticas), as causas não são encontradas e as secundárias, tem o agente causal sempre identificado (drogas, substâncias químicas, radiação, infecções virais, alterações metabólicas, imunológicas, etc).
O diagnóstico se faz pela historia clínica, comprovado por exames no sangue periférico (Hemograma, contagem de reticulócitos) e aspiração ou biópsia da medula óssea.
O tratamento se faz desde a reposição de glóbulos vermelhos e plaquetas, até transplante de medula óssea se necessário.


Doença mielo e linfoproliferativa: conceitos e anemia

Maria do Livramento Campos Cantanhede

Resumo: A anemia em doenças mielo e linfoproliferativas é um estado caracterizado pela diminuição dos níveis de hemoglobina, que pode ser decorrente da própria doença ou do tratamento oncológico aplicado, podendo ser sintomático ou assintomático variando com a velocidade de instalação, gravidade, idade e sexo.
A anemia é um sinal freqüente em pacientes portadores de doença hematológica, especialmente, naqueles com doença avançadas ou extensivamente tratados.
As células neoplásicas oriundas de tecidos hematopoiéticos (leucemias, linfomas e mielomas) têm tropismo para infiltrar a medula óssea e essa extensa infiltração leva ao quadro característico de anemia.
Este processo de infiltração medular é caracterizado pela demonstração, no sangue periférico, de anisocitose, poiquilocitose, dacriócitos e eventualmente a presença de eritroblastos. É importante a investigação de pacientes com anemia, para que seja diagnosticada a devida causa da anemia, porque, quanto mais rápido for detectado a causa da anemia, como sinal de anormalidades clínicas e laboratoriais e sua correlação com a histopatologia da medula óssea, mais cedo será estabelecido um diagnóstico preciso e seu planejamento para uma estratégia terapêutica adequada.
Palavras-chaves: anemia, doença hematológica, neoplasia.


Interpretação básica do leucograma

Maria Fernanda Pinto Figueiredo

Resumo: O Leucograma faz parte do hemograma, que é o exame complementar mais requerido nas consultas médicas, sendo parte de todo check-up de saúde. O leucograma está incluído na lista de exames de mais de 40% dos pacientes dos laboratórios clínicos. O leucograma é o estudo dos glóbulos brancos do sangue (leucócitos). Os leucócitos são neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos. Através deste exame os glóbulos brancos são avaliados quantitativa e qualitativamente, fornecendo ao clínico dados de diversas patologias, sugerindo e/ou descartando o diagnóstico de outras, sendo útil no controle evolutivo das doenças infecciosas e crônicas em geral. Para tanto é necessário interpretar corretamente as informações fornecidas por este exame. Foi com objetivo de auxiliar os profissionais da saúde no entendimento deste importante exame laboratorial que este artigo foi elaborado.


Alterações no hemograma devido ao uso de corticóides

Meyre Soares do Monte

Resumo: O presente artigo consiste em uma revisão de literatura existente objetivando enfatizar as alterações no hemograma em razão do uso de corticóides. Sabe-se que a avaliação inicial do paciente deve ser feita pelo hemograma, mas este pode ter o número de glóbulos brancos alterados pelo uso de corticóides. Glicocorticóides são hormônios sintéticos com atividades antiinflamatórias e imunomoduladoras. Possuem benefícios e efeitos adversos, observados numa variedade de tecidos orgânicos.


Anemia Falciforme

Mônica Gouveia Prado Medeiros

Resumo: O gene para uma hemoglobina anormal, denominada hemoglobina falciforme (Hb S), pode produzir vários estados patológicos. Quando a Hb S encontra-se presente em ambos os genes (SS), a doença produzida é conhecida como anemia falciforme. Nos casos que a Hb S é encontrada em apenas um gene, com Hb A normal no outro gene, a doença é denominada caráter falciforme. A Hb S é encontrada principalmente em afro-americanos, embora possa ser observada em outras populações.
Em geral os sintomas de anemia falciforme (SS) homozigótica só são observados a partir de seis meses de vida ou mais tarde. Por outro lado, uma percentagem considerável de pacientes com esta anemia morre antes de completar 40 anos de idade. A anemia é de grau moderado ou grave, e o paciente quase apresenta icterícia leve (manifestada pela icterícia da esclerótica). O paciente parece adapta-se surpreendemente ao estado anêmico, e, à exceção de fácil ou, talvez, de fraqueza, verifica-se a presença de poucos sintomas até o desenvolvimento de uma “crise” falciforme.


Síndrome mielodisplásicas e seus aspectos gerais

Mônica da Silva Rocha

Resumo: As síndromes mielodisplásicas (SMD) são distúrbios originados na célula-tronco (stem cell) da medula óssea, compreende um grupo heterogêneo de doenças hematopoeticas, com aspecto clinico e laboratorial altamente variável. As síndromes mielodisplásicas podem surgir de novo ou de maneira secundaria após tratamento com quimioterapia ou radioterapia ou ambos para outras neoplasias. A SMD secundaria se apresenta de forma mais agressiva
e se apresenta em 10% dos casos. A doença ocorre com maior freqüência
em pacientes acima de 60 anos porem e encontrado na infância.


Características principais da leucemia linfóide aguda (LLA)

Natsue do Nascimento Itonaga

Resumo: A Leucemia Linfóide Aguda (LLA) é uma doença maligna do sistema hematopoiético, caracterizada por uma proliferação desordenada das células progenitoras linfóides da médula óssea, levando a infiltração desta por células leucemicas, o que provoca a diminuição de todas as linhagens medulares, aparecendo assim os sintomas relacionados a doença. Corresponde a 75% dos casos de Leucemias infantis, posssui causa desconhecida, porém relacionada a importantes associações epidemiológicas e patológicas descritas no presente artigo. Fatores prognósticos associados a anamnese e avaliação clínica, através de testes físicos e exames laboratoriais, confirmam o diagnóstico da doença e orientam o profissional quanto ao real estado do paciente e a melhor forma de terapêutica, incluindo medidas de suporte geral, oferecendo desta maneira maiores chances de cura aos pacientes.


Anemia Falciforme

Paula Stipp Pereira

Resumo: A anemia falciforme e uma hemoglobinopatia causada pela mutação espontânea qualitativa da HbA que ocorreu na áfrica para preservar os indivíduos da malaria. Desta mutação ocorreu o aparecimento da HbS que quando presente na forma heterozigota denominamos de traço falciforme, o qual não apresenta manifestações clinicas. Com o passar dos anos, surgiu o individuo homozigoto para HbS que apresenta uma anemia grave denominada anemia falciforme.
No Brasil com a imigração dos negros africanos portadores de HbS e também com grande imigração de outros povos europeus, temos tanto a anemia falciforme de (hemoglobinopatia SS) como ela associada a outras hemoglobinopatias como a SF, SFA, SD, SC,SH, entre outras. Tratamos por síndrome falcêmica toda vez que encontramos afoiçamento de hemácias em baixas tensões de oxigênio e doença falciforme quando o afoiçamento e em vivo causando serias manifestações clínicas.
Este trabalho tem como objetivo a abordagem de algumas particularidades do diagnostico clinico e laboratorial e tratamento desta hemoglobinopatia.


Mononucleose Infecciosa: conceito, diagnóstico e tratamento.

Pedro Rodrigues de Sant’Ana Junior

Resumo: A mononucleose infecciosa é uma infecção esporádica aguda que comumente afeta jovens adultos. É acompanhada por uma febre irregular, faringite severa, adenopatia e esplenomegalia. Os achados laboratoriais característicos são: uma linfocitose absoluta com muitas células “atípicas”, anticorpos antieritrócitos heterófilos e elevação dos títulos contra o vírus de Epstein-Baar (EBV).


Anemia ferropriva em gestantes e crianças

Rafaela Batistela Bitencourt de Oliveira

Resumo: As causas da anemia são muito numerosas, sendo a mais freqüente a deficiência de ferro por problemas nutricionais, atingindo principalmente as crianças nos seus primeiros dois anos de vida e gestantes. Como qualquer problema de saúde pública, sua origem é multicausal e, desta maneira, tenta-se nesse artigo interpretar a sua relação direta ou indireta com seus possíveis fatores determinantes, e os principais achados concordantes ou discordantes nos estudos epidemiológicos. Dentre esses fatores encontram-se as condições sócio-econômicas, as condições de assistência a saúde da criança, seus estado nutricional e os fatores biológicos, juntamente relacionados com a importância do aleitamento materno e a gestação bem acompanhada. Destacam-se o papel da dieta na lactância e infância, no que diz respeito à biodisponibilidade de ferro, e a idade da criança como principais determinantes. A anemia ferropriva é considerada a alteração carencial de maior magnitude mundial na atualidade, atingindo cerca de 35% da população humana. É um distúrbio prioritário no nosso país; de forma surpreendente, e ao contrário da tendência de declínio de outras carências nutricionais, como a desnutrição, a anemia ferropriva é considerada uma endemia em expansão no mundo e em nosso país afetando todos os segmentos sociais e atingindo especialmente as crianças menores de dois anos e gestantes. Ocorre anemia quando esgota os estoques reticuloendoteliais de ferro e diminuição da oferta deste na medula óssea, levando à redução da síntese do heme, e portanto, à produção reduzida de hemoglobina e de eritrócitos. A melhor forma de prevenção da anemia ferropriva, no entanto, é a educação e a fortificação alimentar, embora mais lentas, são as melhores estratégias no combate a anemia ferropriva, uma vez que pode atingir populações de diferentes idades, sexo e condições sócio-econômicas, pois a anemia por deficiência de ferro é um problema sócio-econômico mundial.


Deficiência de ácido fólico na gravidez

Rebeca Dias Costa

Resumo: O ácido fólico é uma vitamina B9, que atua como coezima no metabolismo dos aminoácidos, na formação do DNA e RNA e na divisão celular. Ele é essencial para o desenvolvimento gestacional, para formação da placenta e crescimento do feto.
A carência de folato pode resultar em destruição prematura de precursores hematopoiéticos, baixo peso ao nascer, anemia megaloblástica, diminuição dos glóbulos brancos e plaquetas. O ácido fólico pode ser encontrado nos alimentos folhosos e nas frutas, mas é recomendado a gestante receber suplementação diária três meses antes da concepção, assim estará prevenindo de malformações do sistema nervoso central, descolamento da placenta e defeito do tubo neural.


Anemia ferropriva: uma revisão

Roberta Rodrigues Natalino

Resumo: A anemia ferropriva é a mais grave deficiência de micronutrientes no mundo, afetando cerca de 30% dos indivíduos do planeta.
É caracterizada pela deficiência de ferro, seja por redução da ingestão, perda de sangue, ou má absorção grave.
Valores diminuídos de ferro acarretam uma produção deficiente de hemoglobina e de outros compostos ferro dependentes, de forma a comprometer a eritropoiese, resultando em hemácias hipocrômicas e microcíticas, características desse tipo de anemia.
A população de risco à deficiência de ferro são lactentes, crianças, adolescentes, gestantes e lactantes.
Os principais sintomas da anemia ferropriva estão relacionados à falta de oxigenação normal dos tecidos, especialmente do cérebro e do próprio coração.


Anemia ferropriva: aspectos gerais, medidas nutricionais e tratamento

Rui Rebouças Miotello

Resumo: O presente artigo faz um estudo sobre a anemia ferropriva, que atinge toda a população, desde crianças até idosos, sem distinção entre raças e grupos econômicos.
Fez-se uma análise das funções do ferro no organismo, como a sua ingestão, digestão, absorção, transporte, aproveitamento e perda do mesmo.
O artigo mostra também, todos os parâmetros para o diagnóstico desta anemia microcitica e hipocromica, entre eles: eritrócitos, hemoglobina, hematócrito, HCM, VCM, CHCM, ferritina, ferro, capacidade de ligação do ferro, saturação da transferrina e realização do esfregaço sanguíneo.
Medidas nutricionais profiláticas foram relatadas, como nos casos de fortificação de alimentos infantis com ferro, orientações sobre modificações da dieta e também considerações sobre o tratamento terapêutico nas anemias por deficiência de ferro.


Anemia ferropriva

Suellen Miranda Pietraróia

Resumo: A anemia ferropriva pode ser definida como a diminuição anormal na concentração de hemoglobina no sangue. É do tipo de anemia mais comum sendo a causa mais comum de uma anemia microcítica. É causada pela deficiência de ferro, onde o ferro é um dos principais constituintes da hemoglobina, responsável pelo transporte de oxigênio do sangue para os tecidos. Podemos caracteriza-la por intermédio de exames laboratoriais quando estes apresentarem redução nos níveis de hemoglobina sérica a valores inferiores a 11mg/dL, e hematócrito abaixo de 2 desvios padrão da referência considerada adequada.


Coagulação intravascular disseminada

Tatiana Coutinho da Silva Hott

Resumo: A coagulação intravascular disseminada (CIVD) não é propriamente uma doença, mas uma síndrome adquirida, caracterizada pela ativação difusa da coagulação no espaço intravascular, levando à formação e deposição de fibrina na microvasculatura. A ativação sistêmica da coagulação promove não somente deposição de fibrina e trombose, mas também, consumo e depleção dos fatores de coagulação e plaquetas, resultando freqüentemente em hemorragias. A CIVD pode se desenvolver em associação a uma grande variedade de condições clínicas e para diagnosticá-la podem ser realizados exames laboratoriais de maneira seriada. Vale ressaltar que não existe, atualmente, exame laboratorial que isoladamente defina ou afaste o diagnóstico desta síndrome, porém, a evolução dos resultados é importante. Como a CIVD é sempre secundária a uma doença de base, a identificação e tratamento da condição predisponente são fundamentais para a sua resolução. Devido às seqüelas devastadoras, provocadas por essa síndrome, e ao seu alto índice de mortalidade, o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz são imprescindíveis. O presente artigo visa esclarecer diversos aspectos sobre a etiologia, fisiopatologia, manifestações clínicas e diagnóstico da CIVD.


Leucemia mielóide aguda e terapia diferenciadora

Thaís Janaína Castagnaro

Resumo: A leucemia promielocítica aguda (LPA) representa de 5 a 8% das Leucemias Mielóides Agudas (LMAs) e caracteriza-se pela expansão clonal de promielócitos anormais. O objetivo principal do tratamento deveria ser a erradicação do clone leucêmico e o restabeleciemtno da hematopoiese. No entanto, com o tratamento convencional, muitas vezes o clone leucêmico persiste e não consegue uma remissão completa do tumor. A terapia diferenciadora visa uma modulação do programa celular, onde a ordem natural de maturação, diferenciação, morte, desaparecimento e substituição por células normais é novamente restituída. Os agentes, cujas pesquisas estão em níveis mais avançados são o ácido-transretinóico (ATRA) e o trióxido arsênico (As 203) que atuam em vias independentes, indicando que, ambas poderiam ser utilizados como agentes sinérgicos no tratamento da LPA.


Prevalência de anemia e alterações leucocitárias em crianças da cidade de Quatigá – PR como parte do projeto Piá.

Valéria Millarch Barbosa e Silva

Resumo: Uma das manifestações mais comuns de doença no mundo é a anemia, sendo a anemia ferropriva a que mais aparece no ser humano, embora seja de difícil diagnóstico. O objetivo deste estudo foi o de realizar um levantamento estatístico sobre a prevalência de anemia em escolares. Para isto, foi realizada uma investigação em 62 crianças, freqüentadoras do Projeto de Integração da Infância e da Adolescência (PIA), situado na cidade de Quatiguá – PR. Destes alunos, 30 eram do sexo masculino (48%), na faixa etária dos 7 a 10 anos, e 32 do sexo feminino (52%), na faixa etária de 7 a 10 anos. Os exames realizados foram a dosagem de hemaglobina, a determinação do hematócrito e o cálculo da concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM). Foi utilizada a concentração de hemoglobina como parâmetro para definir a presença de anemia, seguindo os limites estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para cada faixa etária. A prevalência de anemia foi de 25,80% entre os escolares analisados.


Distribuição geográfica dos traços de hemoglobina na triagem neonatal do estado de Goiás no período de Janeiro de 2007.

Viviane Cristina Drogomirecki

Resumo: As hemoglobinopatias se apresentam como doenças de importância na saúde pública de vários países latino-americanos. Sua prevalência nas Américas do Sul, Norte e Central está relacionada com a herança étnica de seus povos, que são descendentes de indígenas, europeus, africanos e asiáticos, que miscigenaram ao longo de 500 anos. Devido a esta origem muito heterogênea, a freqüência e os tipos de hemoglobinopatias mostram amplas variações regionais e nos subgrupos populacionais (NAOUM,1997). O processo de miscigenação pode ser analisado sob o ponto de vista de distribuição geográfica. Visando contribuir para o estudo da triagem neonatal e controle das hemoglobinopatias, apresentarem dados que colaborem na implementação de condutas relacionadas à sua prevalência, e conseqüentemente contribuir para grande valor social e científico da população de nossa região, propomos esta investigação.


O pós-transplante de Medula Óssea

Viviane Del Lama Cardoso

Resumo: O transplante de medula óssea é uma modalidade terapêutica que visa o tratamento da doença com o uso de altas doses de agentes quimioterápicos associados ou não a radioterapia corporal. Sabe-se que a maioria das complicações ocorrem durante os quatro primeiros meses após o transplante, em razão de potenciais alterações em múltiplos órgãos, seja pela neutropenia severa que predispõe à infecções bacterianas,fungicas e virais, pela decorrência do regime de condicionamento chamada doença veno-oclusiva hepática, seja pela mucosite, pneumonia intersticial principalmente causada por citomegalovírus (CMV) e a principal em uma transplante alogênico que é a doença enxerto contra hospedeiro.