CASOS HEMATOLÓGICOS – CASO 11

Quais os achados do hemograma e os exames complementares para a Anemia Falciforme?

No hemograma, a anemia geralmente grave (Hb: 5 a 8g/dL), anisopoiquilocitose evidente com células falcizadas em diferentes intensidades, policromasia e alguns codócitos. A presença de eritroblastos e hemácias com corpúsculos de Howell-Jolly circulante é indicativo de asplenia funcional (diminuição da remoção pelo baço).

Outros exames são:

  1. prova de falcização com metabissulfito de sódio, onde as hemácias se tornam curvas e espiculadas; é um teste ultrapassado atualmente;
    prova de solubilidade com ditionita, onde a Hb S insolúvel turva a solução do hemolisado;
  2. é um teste que resulta falsos positivos e não identifica genótipos;
  3. eletroforese de hemoglobina triada em meio alcalino, onde a Hb S migra entre a Hb A e a Hb A2, e confirmada em meio ácido, que permite ainda a definição do traço falciforme (heterozigose) e a coexistência de outras doenças (dupla heterozigose), como Hb C e talassemia. A figura 10 mostra eletroforese alcalina em que aparece a Hb S combinada em diferentes genótipos. Maiores informações consulte o nosso site www.hemoglobinopatias.com.br
Figura 10: Eletroforese alcalina em gel de agarose com muitas hemoglobinas variantes, entre elas os genótipos de Hb AS, SF, SS e SC, os três últimos agrupados como doença falciforme.
Figura 10: Eletroforese alcalina em gel de agarose com muitas hemoglobinas variantes, entre elas os genótipos de Hb AS, SF, SS e SC, os três últimos agrupados como doença falciforme.