Anemia Ferropriva
Autora: Adriana Rabelo da Silva
Resumo: A anemia ferropriva é um tipo de anemia causada pela deficiência de ferro decorrente de algumas situações: hemorragia crônica é a principal causa da deficiência de ferro, porque a maioria do ferro orgânico está presente na hemoglobina circulante, outra causa é a ingestão insuficiente de ferro (dieta deficitária); as verminoses; gestação; mal absorção e hemossidenúria. Por ocorrer uma diminuição de oxigênio ao nível de tecidos os principais sintomas são: desânimo, fadiga, dispnéia, palpitação, taquicardia, anorexia, fraqueza, acompanhados de sinal físico importante a palidez. Ao nível laboratorial observa-se no sangue periférico microcitose e hipocromia, como também presença de leptócitos. O VCM e o HCM estão diminuídos. Os testes diferenciais mais usados para investigar a deficiência de ferro são: o ferro sérico em combinação com a capacidade total de fixação do ferro e o nível de ferritina sérica (um dos testes mais importantes). Após diagnóstico da anemia ferropriva o tratamento é feito à base de ferro oral ou venoso.
Transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH)
Autora: Anna Flávia Santana Florentino
Resumo: Os transplantes de medula óssea alogênicos têm sido cada vez mais utilizados no tratamento como as leucemias agudas e crônicas, linfomas, mielomas múltiplos, anemia aplástica, talassemia, síndromes de imunodeficiências congênitas etc. A taxa de sobrevida livre de doença em cinco anos fica entre 30 e 65% após TMO alogênico. A maioria dos pacientes que morrem o faz nos primeiros 12 meses após o TMO. Os resultados com transplantes autólogos mostram números inferiores para sobrevida livre de doença, mas na maioria dos casos esses resultados são bons, quando comparados aos de tratamento convencionais. Os transplantes de medula óssea são responsáveis pela cura de um grande número de pacientes que antes estariam condenados à morte. Entretanto, apesar de todo o desenvolvimento ocorrido na área, ainda existem grandes problemas a serem resolvidos. A GVHD crônica e as recaídas constituem-se hoje nos maiores problemas a serem equacionados nos transplantes alogênicos com doadores compatíveis. A falta de doadores compatíveis para a maioria dos pacientes e a dificuldade em prevenir a GVHD, sem comprometer a eficácia dos transplantes, pode levar-nos a realizar os transplantes autólogos com células de qualidade duvidosa, às vezes grosseiramente contaminadas com células malignas, já que não existem técnicas seguras e eficientes de tratamento in vitro da medula óssea. A terapia gênica é uma possibilidade na qual se coloca grande expectativa, mas sua viabilidade ainda é incipiente e não disponível em curto prazo. Finalmente, o custo dos transplantes é outro problema prático de grande importância, e muito tem sido feito no sentido de se baratear o procedimento.
Hemofilia
Autora: Carmen Maria Queiroz Carneiro
Resumo: A hemofilia A (hemofilia clássica) e a hemofilia B (doença de Christmas) são doenças hemorrágicas hereditárias, decorrentes de deficiências quantitativas ou defeitos moleculares dos fatores VIII e IX respectivamente. A hemofilia A corresponde a 80% dos casos e, de modo geral, o termo hemofilia refere-se a esta condição. Como as hemofilias apresentam manifestações hemorrágicas semelhantes, não é possível distinguir a hemofilia A da hemofilia B somente com base em critérios clínicos. A prevalência da hemofilia A varia de 1/20.000 a 1/10.000 indivíduos, enquanto a hemofilia B é de 1/30.000 a 1/40.000. Manifesta-se normalmente apenas em indivíduos do sexo masculino. Durante as décadas de 1970 e 1980 a falta de outras modalidades de tratamento e a insuficiência de tecnologia para diagnosticar alguns vírus acarretou em contaminação de grande escala de população hemofílica. Atualmente, graças ao grande avanço na investigação científica na área da hemofilia, e ao papel preponderante desempenhado pelas Associações de Hemofílicos, a maioria dos casos, quando devidamente orientados e tratados com produtos derivados do plasma humano ou recombinantes (engenharia genética) seguro e eficazes, os portadores mantém uma vida ativa e muito próxima do normal. Hoje, o Brasil é um país privilegiado no tratamento da hemofilia e conta com um dos 32 centros de excelência para o tratamento de hemofilia ao redor do mundo.
Hepatite B (VHB) Problema de Saúde Púbica
Autor: Carter Dutra da Silva
Resumo: Os primeiros relatos de casos com quadro clínico compatível com hepatites de etiologia possivelmente infecciosa datam de mais de 2000 anos, quando Hipócrates descreveu uma epidemia de doença ictérica. Porém, foi só no início deste século que os estudos das hepatites se intensificaram e o termo “hepatite infecciosa” passou a ser usado para descrever a forma epidêmica desta doença. Em 1918, essa síndrome foi relacionada a uma provável etiologia viral. Remonta a 1885 a primeira documentação de uma forma de hepatite de transmissão parenteral, mas o termo hepatite B só foi usado para defini-la em 1947, por Mac Callum. Na década de 60, Blumberg e col. (1965) identificaram o antígeno Austrália, assim denominado por ter sido detectado no soro de um aborígine australiano. O vírus da Hepatite B pertence à família Hepadnaviridae, gênero Orthohepadnavirus. O VHB completo (partícula de Dane) é um vírus de DNA, envelopado, com o diâmetro de 42 nm. O vírus da hepatite B (VHB) é dotado de infectividade 100 vezes maior que o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e 10 vezes mais do que o vírus da hepatite C (VHC). A hepatite B constitui um dos mais importantes problemas de saúde pública em todos os continentes. Estima-se que cerca de 350 milhões de indivíduos, em todo o mundo, sejam portadores crônicos do VHB. A infecção pelo VHB pode ocorrer em qualquer pessoa. No entanto, alguns grupos de indivíduos são particularmente expostos a esse vírus, em função de determinadas circunstâncias, pela adoção de certas atitudes comportamentais ou da atividade profissional que exercem. O VHB pode causar doença hepática aguda e crônica. Após um período de incubação de cerca de 45 a 180 dias, os indivíduos infectados desenvolvem quadro de hepatite aguda, na maioria das vezes subclíica e anictérica. Classicamente, admite-se que a infecção aguda pelo VHB evolui para a cura em 90 a 95% dos casos, e para o estado portador crônico nos restantes 5 a 10%. Metade desses portadores não apresentam doença hepática (portadores sãos), mas a outra metade mostra sinais de atividade inflamatória no fígado, de variada intensidade, podendo desenvolver cirrose hepática e/ou hepatocarcinoma nas fases mais tardias da enfermidade. A hepatite aguda pode ainda levar à morte em dez dias, no caso da Hepatite Fulminante. Neste caso, a icterícia se desenvolve rapidamente, o fígado fica com aspecto hemorrágico e com perda total e rápida das suas funções. Nesta presente revisão encontram-se descritas sintomatologia e evolução, formas de transmissão, diagnóstico clínico-laboratorial, terapias da hepatite B e considerações sobre a prevenção do VHB.
Ambulatório Referencial de Controle de Hepatites em Campos dos Goytacazes uma experiência pioneira
Autora: Daniela Tudesco Costa Tinoco
Resumo: Este estudo tem por objetivo demonstrar que uma experiência pioneira – a implantação do Ambulatório referencial de Controle de Hepatites em Campos dos Goytacazes, RJ – ajuda a reduzir as subnotificações dos casos de hepatites em todas as suas formas, especialmente as hepatites virais, bem como permitir a acessibilidade de uma demanda reprimida aos serviços especializados no que tange o diagnóstico, controle e tratamento, principalmente das hepatites B e C.
Autora: Érica Regina Mascarin
Resumo: A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, causada por uma anormalidade da hemoglobina dos glóbulos vermelhos do sangue, responsáveis pela retirada do oxigênio dos pulmões, transportando-os para os tecidos. Esses glóbulos vermelhos perdem a forma discóide, enrijecem-se e deformam-se, tomando o formato de “foice” ou meia lua. Os glóbulos deformados, alongados, acabam bloqueando a circulação normal dos vasos sanguíneos e dos pequenos vasos. Como resultado causa dano ao tecido circunvizinho e provoca dor. O curso da doença é variável. Há doentes que apresentam problemas sérios com mais freqüência e outros têm problemas esporádicos de saúde.
Autor: Iranilson Cavalcante Alencar
Resumo: A anemia ferropriva é uma anemia por carência de ferro, caracterizada por microcitose e hipocromia, devido à diminuição da síntese de hemoglobina. Essa anemia é mais comum dentre os países em desenvolvimento, constituindo um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Existem estimativas de que mais de um milhão de pessoas sofrem com a deficiência de ferro em todo o mundo. Os principais sinais e sintomas de anemia são: palidez cutânea, cansaço, sonolência, cefaléia, alterações visuais, dispnéia, tonturas, distúrbio menstrual (mulheres), perda da libido e baixo desempenho no trabalho. Entre os grupos mais atingidos estão as crianças, os adolescentes, as mulheres em idade fértil e grávidas, tendo como principais causas para sua carência: menor ingestão do nutriente, menor absorção intestinal, defeitos do transporte ou metabolismo que resultam em menor oferta do nutriente para a medula óssea, aumento da excreção ou das perdas e aumento das necessidades fisiológicas ou patológicas. O tratamento por via oral com sulfato ferroso é mais seguro e mais barato do que por via parenteral. O tratamento deve estender-se por 4 a 6 meses após a normalização do sangue periférico, para repor os depósitos de ferro. No entanto, a educação e a fortificação alimentar, são as melhores estratégias no combate à anemia ferropriva, pois a anemia por deficiência de ferro é um problema sócio-econômico mundial.
Relação dos índices hematimétricos diminuídos em uma população sem sintomas de anemia
Autora: Ivanir Fátima Silva
Resumo: Esta pesquisa e conclusões aqui apresentadas têm como objetivo demonstrar aos profissionais da área de análises clínicas, principalmente os que atuam na hematologia, que podemos deparar com uma população sem sintomas de anemias, porém com distúrbios hematológicos. Valorizando-se os índices hematimétricos (VCM/HCM) e a análise morfológica, observa-se alterações eritrocitárias com graus variados de anisocitose (micrócitos) e poiquilocitoses (acantócitos). Submetendo estas amostras a testes de triagem (falcização, curva de resistência, pesquisa intra-eritrocitária para Hb H), depara-se com resultados que confirmam esta percepção. No emprego de eletroforese de hemoglobina em pH alcalino é possível comprovar e classificar hemoglobinopatias e talassemias.
Plaquetas por aférese
Autora: Leidia Rodrigues da Silva
Resumo: Aférese é um processo em que o sangue removido do doador é continuamente separado em componentes, geralmente para uma ou mais substâncias sejam retidas, enquanto o remanescente é retornado ao doador. Aférese depende de muitos avanços e na prática do procedimento estão ligados aos avanços na instrumentação disponíveis hoje. De modo geral, todo aparelho com propósito de separar células sanguíneas lançados até então tem se apoiado na centrifugação para separar sangue em componentes na base de diferenças em densidade. Instrumentos de aférese usam duas versões, a de centrifugação de fluxo contínuo, processamento contínuo ou o processamento em grupos, sendo este último classificado em centrifugação de fluxo intermitente (ou descontínuo) no campo de aférese. Permite que o sangue a ser processado em pequenos incrementos seja pequeno o suficiente para que a perda temporária dentro do instrumento seja bem tolerada pelo doador. Desta maneira, é possível processar totais quantidades de sangue iguais ou excedentes ao volume de sangue do paciente. O primeiro aparelho de centrifugação de fluxo contínuo a ser difundido comercialmente foi o Hand-cranked cream separador, inventado na Suécia em 1877 pelo Dr. Carl Gustav Patrick De Laval e patenteado nos Estados Unidos em 1881.
Resíduos de Serviço de Saúde
Autora: Licélia Fornazieri
Resumo: A preservação do meio ambiente está envolvida na questão do gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde. Existem controvérsias quanto à periculosidade dos resíduos de serviços de saúde e aos riscos por eles representados, evidenciadas pelas opiniões divergentes entre autores: alguns defendendo medidas severas por considerarem esses resíduos perigosos e outros que, por não observarem nexo casual entre o contato com esses resíduos e a aquisição de doenças, não os consideram perigosos. Frente a isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou a Resolução RDC nº 33/2003, e considerando a necessidade de aprimoramento, atualização e complementação a Resolução RDC nº 306/2004 pretendendo uniformizar o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde em nível nacional. O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA publicou a resolução RDC nº 358/2005 que dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e de outras providências. Nesse contexto, evidencia-se a necessidade da tomada de medidas no âmbito da biossegurança, incluindo a educação e o treinamento dos profissionais de saúde e o esclarecimento da população.
Maiores informações com a autora: licélia@net21.com.br
Leucemias
Autora: Lílian Cristina Rodrigues
Resumo: A leucemia é uma doença decorrente da proliferação neoplásica de células hematopoiéticas ou linfóides. Ela resulta da maturação de uma única célula-tronco, cuja prole forma um clone de células leucêmicas. Com freqüência, há uma série de alterações genéticas em vez de um único evento. Os eventos genéticos que contribuem para a transformação maligna incluem a expressão inadequada de oncogenes e a perda da função de genes supressores de câncer. A célula na qual ocorre a transformação leucêmica pode ser uma precursora de células linfóides, uma precursora de células mielóides ou ainda uma célula tronco pluripotente, com capacidade para diferenciar-se tanto em células mielóides quanto em células linfóides. As leucemias mielóides podem originar-se de uma célula de linhagem comprometida ou de uma célula tronco pluripotente capaz de diferenciar-se em células de linhagens eritróides, granulocíticas, monocíticas e megacariocíticas. As leucemias são geralmente divididas em leucemias agudas, as quais, se não tratadas, levam à morte em meses ou anos. Elas são posteriormente divididas em linfóides e mielóides. As leucemias agudas caracterizam-se por um defeito na maturação, levando a um desequilíbrio entre a proliferação e a maturação; uma vez que as células do clone leucêmico continuam a se proliferar, em chegarem a células maduras e sem morrerem, há uma expansão contínua do clone leucêmico e as células imaturas predominam. As leucemias crônicas caracterizam-se por um elevado número de células em proliferação, as quais mantêm a capacidade de se diferenciarem em células maduras.
Anemia Ferropriva
Autora: Lívia Bueno dos Santos
Resumo: Anemia ocorre com a redução anormal do número de hemácias por milímetro cúbico ou da quantidade de hemoglobina. A anemia ferropriva é causada pela deficiência de ferro que é uma substância orgânica necessária na formação de hemoglobina presente no sangue. As deficiências de ferro podem ser ocasionadas por situações diversas tais como: ingestão insuficiente de ferro alimentar (falta de acidez e enzima que favorece absorção, ou pela presença de substâncias que a inibem), alteração no metabolismo do ferro, transporte deficiente do ferro absorvido para o órgão que irá produzir as hemácias, necessidade aumentada de ferro, como exemplo, durante o crescimento corporal, na gestação (pela transferência de ferro para o feto), hemorragia (perda excessiva de ferro para o exterior), hemossiderinúria). A anemia ferropriva é caracterizada pela microcitose e hipocromia, células em alvo, codócito e eliptócito. O valor do volume corpuscular médio (VCM) e da hemoglobina corpuscular média (HCM) estão abaixo do normal. Os testes diferenciais mais usados para investigar a deficiência crônica de ferro são: o ferro sérico em combinação com a capacidade total de fixação de ferro e o nível de ferritina sérica. Os sintomas devido à anemia são ocasionados pela diminuição de oxigênio ao nível dos tecidos, por isso, os sintomas são: palidez, fraqueza, desânimo, anorexia, dispnéia, palpitação, taquicardia, dor precordial e desmaio.
Maiores informações com a autora: lívia_bueno26@hotmail.com
Estudo do perfil dos candidatos à doação de sangue da Unidade I do Centro Regional de Hemoterapia de Ribeirão Preto durante o ano de 2004
Autora: Lizandra Guidi Magalhães
Resumo: Este estudo, que envolveu todos os doadores de sangue que compareceram a Unidade I do Centro Regional de Hemoterapia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo, de janeiro de 2004 a dezembro de 2004, teve como objetivo estudar o perfil dos candidatos à doação de sangue. Para isso, foram avaliados a distribuição desses doadores por sexo, pelos motivos das doações, pelos tipos de doadores, pela faixa etária, tão bem como, foram avaliados a proporção de doadores inaptos, os motivos de inaptidão dos doadores e a freqüência de testes reagentes e inconclusivos durante a triagem sorológica. O perfil encontrado para os candidatos à doação de sangue da Unidade I do Centro Regional de Hemoterapia demonstrou ser constituído por homens entre 18 e 29 anos, do tipo doador de 1ª vez e de reposição. Este estudo também demonstrou que a maioria das amostras com resultados sorológicos reagentes ou inconclusivos são de doadores que comparecem pela primeira vez ao serviço hemoterápico.
Autor: Marcus Vinícius Cavalcante Carneiro
Resumo: As hemoglobinopatias são doenças de caráter hereditário, nas quais as alterações podem ser por defeito quantitativo na produção de cadeias de globinas normais ou mutação genética que afeta o DNA, levando à formação de globinas anormais. Podem envolver a substituição de um aminoácido, num tipo de cadeia polipeptídica, por algum outro aminoácido ou podem envolver ausência de um ou mais resíduos de aminoácidos numa cadeia polipeptídica. Em alguns casos, a mudança não é clinicamente significativa mais, em outros, causa doenças sérias.
Identificação do receptor como medida de segurança
Autora: Maria Bernadete Pedro
Resumo: Tão importantes quanto os procedimentos utilizados para a escolha de pessoas voluntárias que realmente se encaixem no perfil de doadores, é o processo de escolha e identificação da pessoa que necessariamente precisa receber hemocomponentes, os receptores. Entre o processo da coleta do sangue que será disponibilizado depois de preencher vários pré-requisitos até a veia do receptor que irá receber o mesmo, encontramos um problema de enormes proporções que é a identificação adequada destes pacientes. Tratados por muitos como pura burocracia, a identificação através do nome, sexo, data de nascimento, enfermaria e leito, é primordial para se evitar erros que podem levar o paciente à morte. Estes dados estão diretamente ligados à escolha adequada do tipo de sangue que o receptor irá receber, isto acontece, através da identificação adequada da pessoa, no momento em que se escolhe as amostras, até o processo de identificação do receptor que eventualmente irá receber o hemocomponente. Pequenos detalhes que são capazes de promover grandes desastres, como a coleta de amostras do paciente errado, levando em conta apenas o nome sem ter dados da enfermaria ou leito, devido à duplicidade de nomes ou até mesmo a transfusão de hemocomponentes em quantidades incompatíveis com a vida por não se atentar a idade e peso do receptor em função do volume solicitado. Levando-se em cinta as normatizações da Resolução de Diretoria Colegiada número 153 em relação ao preenchimento da Requisição Transfusional (RT) foi feita uma análise dos últimos quatro meses relacionando as requisições transfusionais e o preenchimento dos dados básicos da mesma para a identificação do paciente e sua localização no Hospital de Referência de Palmas – TO.
Anemia Ferropriva
Autora: Mariana Teixeira Beraldo
Resumo: A deficiência de ferro corresponde, provavelmente, ao distúrbio nutricional mais comum do mundo. Ela é uma das causas mais importantes de anemia nos países em desenvolvimento, embora seja encontrada em países ricos. Estima-se que 2,150 bilhões de pessoas, quase 40% da população mundial, apresentam carência de ferro ou níveis baixos de hemoglobina. A anemia ferropriva é talvez a doença mais comum no Brasil, particularmente decorrente de déficit nutricional, onde quase 70% da população não possui nutrição adequada. Adicionalmente, uma enorme incidência de verminoses como Ancylostoma ou Necator aumenta o problema em alguns pacientes, justamente com perdas crônicas de sangue pelo tubo digestivo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a anemia é definida como a condição na qual o conteúdo de sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. As anemias podem ser causadas por deficiência de ferro, denominada de Anemia Ferropriva, é muito mais comum (estima-se que 90% das anemias sejam causadas por carência de ferro).
Hemocromatose
Autora: Rita de Araújo Neto Mejias
Resumo: Hemocromatose é uma doença autossômica recessiva, com maior prevalência em população causianas (brancas). Caracteriza-se por um aumento inapropriado da absorção intestinal de ferro com conseqüente depósito de quantidades excessivas do metal nas células parenquimatosas, resultando em lesão tecidual e comprometimento de função de certos órgãos, como: fígado, coração, pâncreas, articulações e a hipófise. As manifestações mais comuns da Hemocromatose são: fibrose, insuficiência orgânica (cirrose hepática, diabetes melito, artrite, miocardia e hipogonadismo hipogonadotrópico). O tratamento que tem dado melhores resultados é a sangria seriada (flebotomia) e a triagem familiar, por meio de diagnóstico precoce, através da identificação da mutação genética que tem preconizado a Hemocromatose, evitando assim as conseqüências tardias da doença. A identificação dessa mutação genética, que ocorreu em 1996, marcou consideravelmente a evolução do diagnóstico diferencial, como também o caminho para um bom prognóstico.
Eritrograma: Aspectos laboratoriais
Autora: Rosalina Mendonça Duarte Carneiro
Resumo: O eritrograma é a análise da série vermelha do sangue e deve conter a contagem dos glóbulos vermelhos, dosagem de hemoglobina, hematócrito, índices hematimétricos e análise morfológica das células vermelhas. A partir das modificações quantitativas e qualitativas nas células vermelhas, podemos caracterizar o tipo de alteração presente na linhagem dessas células em várias doenças, em especial, nas anemias. Na classificação pelos índices hematimétricos, é possível ter uma orientação segura quanto ao diagnóstico etiopatogênico das anemias. A presença das alterações referidas pode sugerir o diagnóstico de um determinado tipo de anemia, dependendo do grau com que são detectadas e também afastar situações de perdas sanguíneas crônicas.