Resumo das Monografias – 2ª Turma do curso de Hematologia e Banco de Sangue

Título: Anemia em clientes do Laboratório Santa Rosa em Cuiabá – MT.

Autor: Adenize da Silva Delatore

Resumo: Define-se anemia quando há diminuição dos níveis de hemoglobina seguida ou não da diminuição do número de eritrócitos. A principal função dos eritrócitos é o transporte de oxigênio dos pulmões para as células do organismo e de dióxido de carbono destes para ser eliminado. O hemograma é o principal exame a ser realizado quando há uma suspeita de anemia. Neste trabalho é apresentada anemia microcítica hipocrômica, normocítica normocrômica e macrocítica, dando maior ênfase à anemia microcítica hipocrômica. Com o objetivo de verificar a presença de anemia nos clientes do laboratório Santa Rosa em Cuiabá – MT foram analisadas 100 amostras de sangue no período de 10 dias, sendo selecionadas as dez primeiras amostras de cada dia. Para o diagnostico laboratorial as amostras foram processadas no aparelho CELL-DYM 3500 da marca Abbott. Das 100 amostras estudadas, 32 apresentaram anemia. Deste universo de 32 a prevalência de anemia foi a microcítica – hipocrômica apresentando 56,2% e 40,6% classificados como anemia normocítica e normocrômica.


Título: Leucemia Linfóide Aguda na Infância: O estudo da sobrevida, mortalidade e fatores prognósticos em diferentes protocolos.

Autor: Ana Paula Pinto Baptista e Gustavo Ribeiro Neves

Resumo: Objetivos: Avaliar a sobrevida global (SG)e livre de eventos (SLE), mortalidade precoce e fatores prognósticos de crianças e adolescentes com leucemia linfóide aguda (LLA) diagnosticadas no Serviço de Onco-hematologia do Hospital Sarina Rolim Caracante. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva, realizado através de revisão de prontuários de 170 crianças e adolescentes portadores de LLA tratadas na instituição no período entre janeiro 1992 a dezembro 2004. As SG e SLE foram analisadas através da técnica de Kaplan-Méier e o teste de log-rank foi utilizado para avaliar a diferença entre as variáveis. O teste qui-quadrado foi utilizado na análise univariada: o modelo de regressão logística de Cox na análise multivariada para identificação de fatores prognósticos independentes. Resultados: Entre os 139 pacientes incluídos no estudo, 48 (34%) foram tratados de acordo com o protocolo LLA-PROP90; 43 (32%) LLA-PROPII97; 48 (34%) LLA-GBTLI99. A taxa de mortalidade precoce foi de 10% para todo o grupo sem diferença entre os regimes terapêuticos. A SG e SLE em 54 anos foram de 66% e 63%, respectivamente. Em relação aos protocolos LLA-PROP90, LLA-PROPII97 e LLA-GBTLI99 a SLE em 5 anos foi 60%, 61% e 66% respectivamente (p=0,9). O grupo considerado de baixo risco pelos critérios do NCI apresentou SG e SLE 5 anos de 81% e 75%; no grupo de alto risco, 35% e 34% (p<0,005). Conclusões: A SG em 5 anos para todo o grupo foi 64%; SLE 63%. Não houve diferença de SLE de acordo com 3 diferentes protocolos empregados. A SG e SLE dos pacientes de baixo risco são similares à da literatura, entretanto nos pacientes de alto risco as sobrevidas encontradas ficaram abaixo do esperado. Os fatores prognósticos foram a idade maior de 10 anos ou menor de 1 ano e leucometria inicial superior a 50.000.


Título: Tipos de Diagnóstico em Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin

Autor: Anaclaire Miari

Resumo: Os Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin apresentam algumas características clínicas semelhantes, mas divergem na célula de origem, forma de apresentação, de tratamento e nos resultados do tratamento sendo assim, suas formas de diagnóstico também se diferenciam.


Título: Segurança Transfusional

Autor: Brasilina Rodrigues Pereira

Resumo: A segurança transfusional exige uma complexidade de processos que atuem em toda a cadeia transfusional. Não se define essa somente baseando-se na análise sorológica do sangue doado, vai muito mais além. Ela utiliza-se de instrumentos como: a hemovigilância; os avanços tecnológicos quanto a realização de exames sorológicos cada vez mais específicos, que diminuam a janela imunológica; a utilização criteriosa de hemocomponentes específicos para cada tipo de patologia e paciente; utilização de meios de inativação bacteriana em concentrados de plaquetas; uso de filtros de leucócitos de última geração em todos os concentrados de hemácias e plaquetas; uso de controles internos e externos para aprimoramento das técnicas utilizadas e incentivar o programa de educação continuada contribuindo para uma melhor capacitação pessoal; uso de concentrados de plaquetas por aférese para pacientes hematológicos e outros politransfundidos; uso de fenotipagem para pacientes portadores de doença falciforme; criação de um cadastro de doadores voluntários e fidelizados; criação dos comitês transfusionais; conscientização das demais especialidades médicas com a divulgação dos protocolos clínicos hemoterápicos e incentivo com alocação de recursos na captação de doadores de sangue sob uma perspectiva de responsabilidade comunitária e não mais individual. Isso, tudo visa a minimização do risco transfusional, para que a atividade hemoterápica futuramente possa apresentar-se com baixos índices de incidentes e acidentes transfusionais. Os pacientes que forem submetidos a prática hemoterápica sintam segurança durante todo o procedimento e recebam os benefícios sem a preocupação quanto às conseqüências futuras inerentes ao uso de hemocomponentes. A segurança transfusional, assim como todo o conhecimento da medicina é um objetivo que constantemente deve ser procurado, e que jamais terá um limite, pois o conhecimento é algo crescente e mutável.


Título: Anemia Falciforme – Importância dos programas de triagem e aconselhamento genético

Autor: Bruno Tolentino Caixeta

Resumo: Objetivo: A anemia falciforme é uma doença genética com maior prevalência no Brasil, caracterizada como quadro hemolítico variável que evolui cronicamente causando danos emocionais e físicos às pessoas acometidas, condições estas que estimularam a realização deste artigo de revisão. Fonte de Dados: Foi realizada uma revisão bibliográfica no banco de dados MEDILINE. Foram encontrados cerca de 300 referencias sobre o assunto, sendo selecionados 30 artigos, os quais, aliados a capítulos de um livro, compuseram esta revisão. Síntese de dados: Nesse artigo, além de informações gerais sobre a respeito da doença falciforme, são abordados assuntos relacionados a importância dos programas de triagem para o gene da hemoglobina variante, causadora da anemia falciforme e a necessidade de uma orientação genética aos seus portadores. Conclusões: Esta é uma revisão que visa fornecer à população e seus gerenciadores a necessidade de implantação e monitoramento de programas que contribuam para melhorar as políticas existentes na qualidade de vida e que auxiliem no tratamento desses indivíduos.


Título: A macrocitose em portadores de HIV se deve à deficiência de Vitamina B12?

Autor: Cássia Liliane Pavarina

Resumo: Nesse artigo investigamos a concentração da vitamina B12 e a suposta prevalência da macrocitose nos esfregaços sanguíneos em pacientes portadores do HIV, correlacionado com o uso atual da terapia antiretroviral conjugada. O presente estudo mostrou que a macrocitose observada nesses indivíduos não está diretamente relacionada com a deficiência da vitamina e sim com a terapia utilizada para a diminuição da sintomatologia. Sabemos, por exemplo, que os nucleotídeos inibidores da transcriptase reversa influenciam na síntese da globina, ou seja, interferem na estrutura da molécula da hemoglobina, resultando em uma divisão celular comprometida. Talvez a reposição da vitamina B12 como de tantas outras possa ser útil na diminuição da imunodepressão que acomete as células de defesa do organismo desses pacientes o que levaria um aumento da sobrevida, enquanto não é encontrada a cura definitiva para a AIDS.


Título: Detecção do traço falciforme em doadores de sangue do Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás

Autor: Catarina Pinto de Faria

Resumo: Numa população de 31.827 doadores de sangue no Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás, na cidade de Goiânia, se demonstrou que o traço falcêmico está presente em 1,19% dos casos. Que o grau de concordância entre o teste da solubilidade e a presença da hemoglobina S na eletroforese foi de 100%, correspondendo a 99,7% à forma AS e 0,3% à forma SC. Que o sexo masculino representou 67% dos portadores do traço falcêmico, contra 33% de mulheres, mas que este resultado deve ser interpretado com ressalva, pois se trata de doadores voluntários de sangue, muitas vezes estimulados por familiares internados com câncer no Hospital Araújo Jorge e não de uma população aleatória abrangendo indistintamente ambos os sexos.


Título: A luz no sistema ABO

Autor: Celso Henrique Vieira Bontempo

Resumo: O presente estudo foi realizado no Hospital Municipal Chaud Salles na cidade de Cristalina-GO, Brasil, e teve o objetivo de efetuar a tipagem sangüínea, explicar sobre a importância de conhecer seu grupo sangüíneo, informar que a transfusão correta quanto ao grupo sangüíneo evita a ocorrência de reações de incompatibilidade sangüínea que causam hemólise, podendo até mesmo causar a morte do receptor e analisar os dados levantados dos 660 pacientes analisados. Objetivo: Obter a prevalência dos tipos sanguíneos entre os pacientes do Hospital Municipal de Cristalina-GO. Método: Foi realizada coleta de dados no Laboratório de Análise Clinicas do Hospital Chaud Salles correspondente aos 660 pacientes que realizaram coleta entre janeiro de 2007 a dezembro de 2007. Resultados: Dentre os 660 analisados, 383 (58%) eram do tipo O, 178 (27%) eram A, 79 (12%) eram B e 20 (3%) eram AB. Conclusão: O grupo sangüíneo O foi o mais prevalente. As freqüências encontradas foram semelhantes às obtidas por outros estudos.


Título: A importância da investigação de plaquetopenias por microscopia óptica

Autor: Daniela Moreira Luz

Resumo: As plaquetopenias devem ser criteriosamente avaliadas, uma vez que, associam-se com uma clínica de grau variado e de importante relevância. São decorrentes de diversos fatores, por isso muitas vezes este resultado culmina com a solicitação de novas exames para o esclarecimento do caso. A confiabilidade de um resultado de plaquetopenia representa numa boa e correta conduta médica frente a este caso. A microscopia óptica em casos diversos ainda se torna a melhor ferramenta para o descarte de uma plaquetopenia acusada pelo aparelho automatizado. O relato de caso apresentado aponta esta situação e vale ressaltar que, a suspeita de pseudoplaquetopenias deve sempre existir na ausência de clínica do paciente.


Título: Células Tronco

Autor: Davi Henrique Evangelista

Resumo: Um dos principais objetivos do estudo das células – tronco embrionárias é a coleta de informações sobre os eventos complexos que ocorrem durante o desenvolvimento do embrião humano. Talvez a maior esperança do uso das células-tronco resida na geração de células capazes de serem usadas como terapia substitutiva de células danificadas por doenças em lugar dos transplantes. As células-tronco diferenciadas podem ser usadas em doenças como o mal de Parkinson, doença de Alzheimer, doenças e traumatismos da medula espinhal, acidentes vasculares cerebrais e um sem número de outras doenças severas e incapacitantes. No tratamento de doenças cardíacas as células-tronco tinham o potencial de regenerar as artérias e aumentar a vascularização das áreas miocárdicas comprometidas e isquêmicas. Posteriormente, o estudo dos pacientes tratados demonstrou que além dos vasos, as células tronco utilizadas haviam regenerado o próprio músculo cardíaco fibrosado em conseqüência de infartos prévios. Outras equipes estudam o emprego das células tronco na regeneração do pâncreas, em pacientes diabéticos. Outros grupos buscam determinar a eficácia do emprego das células-tronco na regeneração de tecido cerebral e da medula espinhal comprometidos por diversos processos patológicos, congênitos ou adquiridos. Os estudos com a regeneração de células cerebrais visam buscar a cura ou, pelo menos, a melhora de pacientes portadores de doenças graves, como a doença de Alzheimer ou a doença de Parkinson, além de outras degenerações neurológicas menos freqüentes. O mais importante a se ressaltar nesse momento é que a permissão para pesquisas com células-tronco embrionárias não significa a obtenção de tratamentos milagrosos a curto-prazo. O que surgiu de novo nos últimos tempos é a esperança de que esse tipo de pesquisa possa apresentar novidades nos tratamentos de doenças até agora incuráveis com os métodos convencionais, como diabetes, doença de Parkinson, doença de Alzheimer, lesões decorrentes de acidentes e um leque de doenças hereditárias em geral não tratáveis.


Título: Leishmania Tegumentar Americana

Autor: Denise Aparecida Moreira Gollner Lopes

Resumo: A Leishmaniose Tegumentar Americana é considerada um grande problema de saúde pública, representa uma doença com importante espectro clínico e diversidade epidemiológica. A transmissão da doença vem sendo descrita em vários municípios de todas as unidades federadas. A importância desta doença reside não somente na sua alta incidência e ampla distribuição, mas também por ser uma das afecções dermatológicas que pode produzir no paciente, e também pelo envolvimento psicológico, reflexos no campo social e econômico, por ser considerada em sua maioria uma doença ocupacional. Este artigo apresenta aspectos da fisiopatogenia, do diagnóstico clínico e laboratorial, do tratamento e da vigilância e controle.


Título: Um caso de tripla alteração de hemoglobina em paciente anêmico

Autor: Denise dos Santos Pegoraro

Resumo: As hemoglobinopatias são doenças que afetam os genes reguladores ou estruturais das hemoglobinas levando as talassemias ou à formação de hemoglobinas variantes, respectivamente. A talassemia alfa ocorrem com uma diminuição da síntese da globina alfa e dessa forma à precipitação da globina beta remanescente, gerando a hemoglobina H. A hemoglobina C faz parte de um grupo de hemoglobinas instáveis, esta leva à um quadro de anemia que pode ser de grau leve à grave. Existe também o grupo das hemoglobinas instáveis, geralmente são acompanhadas de eritrocitose e têm alta afinidade pelo oxigênio, dentre estas encontra-se a hemoglobina Malmo. Este caso relata uma associação entre Talassemia alfa, hemoglobina C e hemoglobina Malmo em paciente pediádrico.


Título: Talassemia alfa – precocidade diagnóstica

Autor: Emily Francini Silva do Carmo

Resumo: Existe, atualmente, grande preocupação com a precocidade diagnóstica das anemias hereditárias, pois sabe-se que, a presença de hemoglobinas anormais podem causar conseqüências variando de imperceptíveis a letais. Neste trabalho é apresentada uma das anemias hereditárias, as talassemias, dando maior ênfase a talassemia do tipo alfa. Com o objetivo de verificar a presença de talassemia alfa em amostras de sangue de indivíduos com anemias a esclarecer ou com histórico familiar de hemoglobinopatias, encaminhadas ao Centro de Referência em Hemoglobinopatias de São José do Rio Preto-SP, foram analisadas 240 amostras de sangue no período de 5 dias. Para o diagnóstico laboratorial as mostras foram submetidas a procedimentos eletroforéticos. Deste total analisado, 53(22,08%) amostras de sangue apresentaram a presença da hemoglobina H, sendo que em três casos a hemoglobina A2 mostrou-se aumentada, e em um outro caso isolado a hemoglobina AS aparece associada a alfa talassemia. Os resultados obtidos demonstram que, a implantação de técnicas de diagnósticos como a eletroforese em laboratórios de rotina são muito importantes para uma melhoria no diagnóstico das anemias hereditárias, e por conseqüência das talassemias do tipo alfa, que demonstraram ser comum.


Título: Associação da Púrpura Trombocitopênica Idiopática ao eritema multiforme.

Autor: Gabriela Tavares de Rezende

Resumo: Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) é uma desordem autoimune caracterizada por uma baixa contagem de plaquetas. O Eritema Multiforme (EM) é uma síndrome aguda, episódica e autolimitada, caracterizada por lesões cutâneas. Neste estudo é relatado um caso onde o EM manifestou-se durante o tratamento para PTI. No periodo de retirada do corticoide a paciente manifestou lesões eritematosas polimórficas. As lesões desapareceram após a corticoterapia mas a paciente tornou-se dependente da medicação para manter as plaquetas altas. Foi submetida a esplenectomia e encontra-se em remissão, sem uso de corticoides, mantendo a contagem plaquetária alta. A paciente manifestou uma plaquetopenia e lesões eritêmatosas sem uma causa definida, sendo caracterizado como patologias idiopáticas de provável origem autoimune.


Título: Anemia em doenças renais crônicas

Autor: Gracielle Inglesa da Silva Holanda

Resumo: A anemia é a anormalidade mais freqüentemente encontrada na insuficiência renal crônica, sendo responsável por grande parte das alterações presentes no paciente urêmico, como insuficiência cardíaca, hipertrofia ventricular, angina, fraqueza, redução da atividade cognitiva entre outras. É causada pela diminuição da quantidade de eritropoietina endógena, tendo-se observado significativa melhora dessas anormalidades com a introdução do uso clínico da eritropoietina recombinante humana (Epo-rHu), em pacientes cronicamente hemodialisados. Outras condições, como inadequação da prescrição dialítica, hiperparatireoidismo, doenças inflamatórias crônicas e outras, podem contribuir para a pobre resposta à Epo-rHu.


Título: Mieloma Múltiplo

Autor: Ivaneida Ferreira dos Santos Delgadillo

Resumo: O Mieloma Múltiplo é uma neoplasia plasmocítica disseminada na medula óssea. É uma proliferação clonal lenta: possivelmente decorrem muitos anos desde o evento oncogênico inicial até a aparição dos sinais de disproteinemia, de insuficiência renal ou das alterações ósseas e metabólicas características. Apesar de ser diagnosticado através do mielograma, estudos comprovam que uma criteriosa avaliação clínica e exames auxiliares aceleram o diagnóstico final da doença.


Título: Leucemia Mielóide Aguda

Autor: Izis Pazzetto Ferreira Do Val

Resumo: Leucemia é uma proliferação generalizada ou acúmulo de células leucopoiéticas, podendo acometer as linhagens (mielóides, eritrocíticas, granulocíticas e plaquetárias) ou linfóide. A leucemia é tradicionalmente dividida em dois tipos: aguda e crônica. Pacientes com leucemia aguda, se não induzidas à remissão, normalmente são fatais dentro de três meses. Nas leucemias crônicas os pacientes sobrevivem por mais de um ano após a instalação dos sintomas se não ocorrer remissão.


Título: Diagnóstico da Talassemia Beta

Autor: Janaína Tessaro Moreira

Resumo: A talassemia beta menor, anemia genética, no laboratório de rotina é detectada como uma anemia microcíticas hipocromica que confunde-se com anemia ferropênica. O objetivo deste trabalho foi levantar a freqüência desta doença em amostras de pacientes com suspeita de hemoglobinopatias. Resultados de eletroforese de hemoglobinas com hemoglobina A2 aumentadas apontaram a presença de talassemia beta menor (forma menos grave da doença) em 20 (8,3%) indivíduos entre os 240 casos analisados. Todos os portadores também apresentaram VCM e HCM reduzido e RDW aumentado.


Título: Determinação do ferro em pacientes de hemodiálise

Autor: José Pedro Forghieri Ruete

Resumo: Os pacientes com Insuficiência Renal Crônica que participam da hemodiálise da Santa Casa de Adamantina tem um protocolo terapêutico em relação a reposição de ferro que até o momento vem demonstrando ser eficiente neste aspecto específico. Quanto a determinação do ferro, a metodologia aplicada pelo laboratório tem sido aprovada por controles internos e externos sendo isto prática rotineira no laboratório da Santa Casa de Adamantina.


Título: Hepatite C: um grave problema de saúde pública no Brasil.

Autor: Juliana Machado Monteiro

Resumo: A OMS estima que cerca de 3% da população mundial, 170 milhões de pessoas, sejam portadores de hepatite C crônica. É atualmente a principal causa de transplante hepático nos países desenvolvidos e responsável por 60% das hepatopatias crônicas.


Título: Estudo comparativo entre reagentes comerciais montados a partir de sangue de doadores conhecidos e voluntários na tipagem sanguínea.

Autor: Juracy Barbosa dos Santos

Resumo: A presente pesquisa procura expor um estudo comparativo entre tipagens sanguíneas direta e reversa utilizando kits comerciais e kits montados a partir de sangue doado por voluntários conhecidos, visando resultados fidedignos diante de um menor custo operacional e a simplificação do procedimento. Verificando a viabilidade de se usar sangue humano coletado de doadores voluntários conhecidos como reagente alternativo para uma tipagem segura e confiável em laboratório de análises clínicas. Podendo assim, também verificar o índice de predominância dos tipos sanguíneos coletados em uma população ao acaso.


Título: A desidrogenase lática no diagnóstico de anemias

Autor: Larissa Jatobá de Melo Costa

Resumo: Sendo a enzima desidrogenase lática um marcador de lesão celular, e sabendo-se que entre suas cinco isoenzimas presentes no organismo há uma fração eritrocitária, o uso da dosagem de DHL pode ser muito útil no diagnóstico de anemias, principalmente megaloblástica e hemolíticas. Portanto, neste trabalho veremos as vantagens da incorporação da dosagem de DHL à rotina diagnóstica de processos anêmicos.


Título: Alterações eritrocitárias na talassemia beta

Autor: Luiz Henrique Batista Pazzeto

Resumo: As alterações eritrocitárias são evidentes na talassemia beta, sendo de grau discreto a acentuado de acordo com a classificação da talassemia. Contudo os eritrócitos sofrem mudanças na forma e no tamanho, devido às modificações nas proteínas de membrana causadas pelo desequilíbrio das globinas alfa e beta, decorrente da lesão nos genes da globina beta.


Título: Imunofenotipagem das Leucemias

Autor: Marcelo Gustavo de Pier

Resumo: A caracterização imunofenotípica tem sido o método preferencial para a determinação da linhagem celular e análise da maturação das células nas neoplasias hematológicas. O desenvolvimento de ampla gama de anticorpos monoclonais e das potencialidades do citômetro de fluxo têm impulsionado esta área nos últimos 20 anos. A análise multiparamétrica através da citometria de fluxo é um método rápido, objetivo e quantitativa para determinação delinhagem celular. Além de determinar a linhagem nos grandes grupos, mielóide, células B, T e NK, a caracterização imunológica contribui sobremaneira para a classificação em subgrupos mais específicos como a Leucemia Mielóide Aguda (LMA) com diferenciação mielóide mínima (M0 da FAB), LMA sem maturação, leucemia eritroblástica aguda, leucemia megacarioblástica aguda e leucemias bifenotípicas. Cada CD pode ser representado por vários anticorpos monoclonais que reconhecem o mesmo antígeno, mas não necessariamente o mesmo epítopo, produzidos por diferentes clones de células. Isto explica os comportamentos diferentes entre resultados obtidos com o uso de monoclonais diversos. O diagnóstico é definido conjuntamente com dados clínicos, morfológicos e citoquímicos, citogenéticos e moleculares, baseados no padrão típico de expressão antigênica nos diferentes distúrbios caracterizados clinicamente. As LLA de linhagem B são quase sempre CD19, CD79a, CD10, HLA-DR e TdT positivas. A expressão de CD20 e CD22 são variáveis. As Leucemias Mielóides Agudas são definidas pela expressão de dois ou mais dos marcadores anti-MPO, CD117, CD13 e/ou CD33. O marcador mielóide mais específico é o anti-MPO seguido do CD117 (c-kit). A imunofenotipagem é crítica para o diagnóstico diferencial entre LMA mínimamente diferenciada e LLA.


Título: Alterações hematológicas na anemia de doença crônica

Autor: Márcia Cristina da Costa Barbosa

Resumo: A anemia de doença crônica se caracteriza pelo desenvolvimento de anemia em pacientes que apresentam doenças infecciosas crônicas, inflamatórias ou neoplásicas. Esta anemia corresponde à anemia normocrômica e normocítica leve ou moderada cuja patogênese se dá pela redução da sobrevida das hemácias e deficiência na produção de eritropoetina. Numerosos fatores contribuem para o controle da produção de hemácias dos quais os mais importantes são fatores de crescimento que agem sobre as células precursoras e estimulam o desenvolvimento e maturação como eritropoetina e citocinas. O objetivo deste trabalho é mostrar o processo de deficiência ocorrida na eritropoiese que leva às alterações hematológicas


Título: Hematócrito elevado do doador de sangue

Autor: Maria Cristina Fernandes Braatz

Resumo: A qualidade e a segurança da transfusão sanguínea é preocupação constante dos Serviços de Hemoterapia. O esforço para reduzir cada vez mais os riscos relacionados à transfusão de sangue, principalmente no que se refere à transmissão de doenças, tem impulsionado a criação de Protocolos voltados ao preenchimento das lacunas deixadas pela legislação que rege o assunto, e que, consequentemente, qualificam melhor os procedimentos de cada Serviço. Entre as referidas lacunas encontradas na legislação, em específico a Resolução RDC 153, de 14 de junho de 200411, há de se apontar o “hematócrito”, um dos critérios que visa à proteção do doador de sangue, que hoje tem o valor mínimo para doação fixado (38% para as mulheres e 39% para os homens), mas não o valor máximo. Dá-se o nome de eritrocitose ao valor elevado do hematócrito, que pode estar relacionado a alterações na saúde do doador, e que podem causar interferências na produção de hemocomponentes, os quais não atenderão aos parâmetros que determina a RDC 15312, causando despadronização nos hemocomponentes. Neste estudo foram observados os valores dos hematócritos de 3.752 doadores de sangue, sendo 30% mulheres e 70% homens, que passaram pela Clínica de Hematologia e Hemoterapia do Lago Sul, na cidade de Brasília, no período de janeiro de 2008 a junho de 2008. Diante dos resultados obtidos, foi demonstrada a necessidade de se fixar o valor máximo de hematócrito para doadores de sangue, através do protocolo da triagem clínica, foi evidenciada a importância de orientar o doador de sangue a realizar exames complementares quando houver indícios de alteração na sua saúde, e concluído que o valor máximo de hematócrito permitido para doação de sangue na Clínica de Hematologia e Hemoterapia do Lago Sul deve ser 52% para homens e 50% para mulheres.


Título: Reações transfusionais

Autor: Maria Januária N.L. Pereira

Resumo: A hemoterapia moderna se desenvolveu baseada no preceito racional de tranfundir-se somente o componente que o paciente necessita, baseado em avaliação clínica e/ou laboratorial, não havendo indicações de sangue total. A maioria das padronizações de indicação de hemocomponentes está baseada em evidências determinadas através de análise de grupos de pacientes, nunca devendo ser empíricas ou baseadas somente na experiência do profissional médico envolvido. As indicações básicas para transfusões são restaurar ou manter a capacidade de transporte de oxigênio, o volume sanguíneo e a hemostasia, portanto, é necessário uma correta indicação transfusional, para se evitar qualquer tipo de reação que possa vir a prejudicar imediato ou tardiamente, o receptor.


Título: Alterações citogenéticas em Leucemia Mielóide Aguda

Autor: Maria José Perri Dorado

Resumo: A Leucemia Mielóide Aguda (LMA) é um transtorno clonal, e a descrição de diversas alterações cromossômicas recorrentes, sustenta a hipótese de que a leucemia é uma doença genética. Com o rápido avanço da citogenética, a classificação da LMA está mudando, de acordo com as diversas anomalias genéticas. O estudo dessas alterações cromossômicas está auxiliando no melhor diagnóstico, prognóstico e monitoração de transplante de M.O.


Título: Prevalência do Fator V de Leiden em pessoas que buscam análises laboratoriais.

Autor: Mônica de Souza Pimenta

Resumo: O fator V de Leiden é uma mutação genética que predispõe seus portadores ao tromboembolismo venoso, sendo que uma pequena modificação no seu gene aumenta sua ação por não sofrer bloqueio natural da proteína C, o que facilita a formação de trombos. O objetivo do estudo foi investigar a distribuição dos alelos na população de São Paulo que buscam por análises laboratoriais. Este estudo foi realizado no Centro de Genoma do Laboratório Salomão e Zoppi da cidade de São Paulo, abrangendo amostras dos anos de 2006 e 2007. No ano de 2006, de um total de 319 amostras, observou-se que 94,67% dos pacientes eram homozigotos selvagens, 5, 33% eram heterozigotos e não houveram pacientes homozigotos mutados. Já no ano de 2007, de um total de 347 amostras, 94,52% dos pacientes eram homozigotos selvagens, 4,9% eram heterozigotos e 0,58% homozigotos mutados. O processo de hemostasia está sujeito a desequilíbrios causados tanto por defeitos genéticos quanto por adquiridos. Sendo assim, a investigação da presença do fator V de Leiden em pessoas que desenvolvem eventos trombóticos se faz necessário para ter um diagnóstico diferencial baseado em causas genéticas, com a avaliação do risco familiar e conseqüente acompanhamento preventivo e profilaxia.


Título: Doadores Universais: uma controvérsia em discussão.

Autor: Paola Panúncio Dias

Resumo: Cientistas em várias partes do mundo como a Universidade de Copenhague e o Conselho Nacional de Pesquisa Científica da França, pesquisaram uma forma de transformar os grupos sanguíneos em doadores universais. Esta técnica consiste em eliminar moléculas de açúcar presentes na superfícies de glóbulos vermelhos, mantendo o antígeno H convertendo-o assim em tipo sanguíneo “O”. Contudo, diante de todas as discussões e evidências no atual momento, ainda é ineficaz o uso dessa teoria em transfusões sanguíneas.


Título: Anemia Ferropriva – Metabolismo do Ferro.

Autor: Paula de Aquino Panzza

Resumo: A anemia ferropriva corresponde à anemia mais comum por distúrbio do metabolismo do ferro ocorrendo um desequilíbrio entre as demandas fisiológicas de ferro e o nível de ingestão dietética. Corresponde a uma desordem nutricional mais prevalente em todo mundo. Lactantes, crianças e adolescentes podem ser incapazes de manter o balanço normal de ferro, devido a maior demanda imposto pelo crescimento do corpo e da ingestão muito menor de ferro na dieta. Os sintomas clínicos da deficiência de ferro não são facilmente identificáveis e, em muitas vezes, a anemia não é diagnosticada. Estes sinais incluem palidez, anorexia, apatia, irritabilidade, diminuição da atenção e deficiência psicomotoras.


Título: Anemia de Doença Crônica.

Autor: Priscilla Tognetti de Lima

Resumo: Anemia de Doença Crônica (ADC) é definida pela presença de uma doença crônica, infecciosa (fúngicas, bacterianas e virais), inflamatória ou neoplásica, anemia e hipoferremia apesar de abundante quantidade de ferro nos macrófagos. Sua gravidade está muitas vezes relacionada ao grau de infecção. Caracteristicamente, ADC corresponde à anemia normocrômica/normocítica. Os três principais mecanismos patológicos envolvidos na ADC são: diminuição da sobrevida das hemácias, resposta inadequada da medula à hemólise e distúrbio da mobilização do ferro de depósito do sistema monocítico fagocitário. O papel central dos monócitos e dos macrófagos e o aumento da produção de citocinas mediadoras da resposta imune ou inflamatória, tais como: TNF a, INF g e IL-1 estão implicados nos três processos envolvidos no desenvolvimento da ADC. O propósito desse artigo é revisar os recentes avanços no entendimento dos aspectos fisiopatológicos, diagnóstico e terapêuticos desta síndrome.


Título: Anemia Ferropriva em crianças tendidas pelo Sistema Único de Saúde no Município de Santa Cruz das Palmeiras.

Autor: Renata Bosso

Resumo: Um dos grandes desafios na Saúde Pública é o combate à anemia ferropriva em crianças. Considerando-se a escassez de estudos representativos nas cidades do interior do estado de São Paulo, este estudo teve como objetivo analisar a prevalência de anemia ferropriva em crianças de 6 a 36 meses de idade atendidas pelo Sistema Único de Saúde por meio do Laboratório Labmed no período de agosto de 2007 a fevereiro de 2008. A anemia ferropriva é deficiência de micronutriente mais prevalente no mundo. A hemoglobina e o hematócrito foram determinados em amostra de sangue colhida por hemoglobina e o hematócrito foram determinados em amostra de sangue colhida por punção venosa e analisada no aparelho ABX Micros 60. Dois pontos de corte foram adotados para classificar a anemia, ambos estabelecidos pela OMS: Hb < 11,5g/dL para crianças a partir de 6 meses e Hb < 9,5 g/dL como anemia grave. A prevalência de anemia foi 47,5% (Hb < 11,5 g/dL). Entre crianças com anemia o percentual de anemia grave (Hb < 9,5d/dL) foi de 12,5%. A prevalência de anemia foi coincidente com outros estudos analisados.


Título: Prevalência da distribuição do sistema ABO entre doadores de sangue do Hemocentro Regional de Jataí – Goiás.

Autor: Ricardo Alli Benegas

Resumo: Introdução: Foi no século XX que a transfusão de sangue, adquiriu bases mais científicas. Em 1900 foram descritos os grupos sanguíneos A, B e O por Landsteiner e em 1902 o grupo AB por De Costello e Starli. A descrição do sistema Rh foi posterior (1940), por Landsteiner e Wiener. A transfusão incorreta quanto ao grupo sangüíneo resulta em reações de incompatibilidade sangüínea que causam hemólise, podendo até mesmo causar a morte do receptor. Objetivo: Obter a prevalência dos tipos sanguíneos entre os doadores de sangue do Hemocentro Regional de Jataí-Goiás. Método: Foi realizada coleta de dados no Banco de Sangue do Hemocentro Regional de Jataí,correspondente aos 5.435 doadores de sangue que realizaram doação entre maio de 2005 a maio de 2008.Foi realizada tipagem sangüínea dos doadores. Os dados coletados foram analisados utilizando-se o programa Data SUS (Hemovida). Resultados: Dentre os 5.435 doadores, 2.943 (54,15%) eram do tipo sangüíneo O, 1.783 (32,80%) eram A, 545 (10,03%) eram B e 164 (3,02%) eram AB. Conclusão: O grupo sangüíneo O foi o mais prevalente. As freqüências encontradas foram semelhantes às obtidas por outros estudos.


Título: Prevalência de traço falciforme em doadores de sangue na cidade de Goiânia – GO.

Autor: Rita de Cássia Thomé Arradi

Resumo: O traço falciforme é uma condição das pessoas portadoras da hemoglobina “AS”, ou seja, possuem características genéticas que não apresentam restrições ao metabolismo (heterozigoto falcêmico), um portador assintomático que na maioria das vezes tem um perfil hematológico normal. O presente estudo teve como objetivo determinar a prevalência do traço falciforme “AS” em doadores de sangue na cidade de Goiânia, Capital de Goiás, no período de janeiro a dezembro de 2007, onde foram analisados 52.404 amostras de sangue total (EDTA), na Central Goiana de Sorologia, provenientes de 5 bancos de sangue particulares desta mesma Capital. As amostras foram submetidas ao teste da mancha, um teste de triagem para hemoglobina “S” (“SS”, “AS” ou “SC”). Aquelas que apresentaram positividade para hemoglobina “S”, foram realizados teste de confirmação em eletroforese qualitativa em acetato de celulose pH 8,0 – 9,0, o que nos mostra uma prevalência de 1,33% de hemoglobina “AS” (694 positivas) ou traço falciforme na nossa população (apenas um caso de hemoglobina “SC”). Apesar de baixa a freqüência de hemoglobina “AS” na população avaliada, a sua triagem em doadores é importante, pois nos permite o uso adequado do sangue a ser transfundido.


Título: Comparação entre a identificação da Hb H, pelos métodos de precipitação e eletroforese.

Autor: Roberta Elisandra Ferreira Silva

Resumo: A identificação da hemoglobina H é extremamente importante para avaliar amostras de pacientes portadores de talassemia alfa. Este trabalho se propõe comparar resultados de exames realizados pelo método de precipitação com o método de eletroforese. Foi realizado um estudo prospectivo e comparados os resultados, a partir de amostras de sangue total colhidas em EDTA de pacientes com hemoglobina de 7,0g/dl a 11,0 g/dl do Laboratório de Análises e Clínicas Santa Lucília em Uberaba MG, com objetivo de identificar o melhor método á ser utilizado. Dentre as 80 amostras realizadas pelo método de precipitação da Hb H em lamina, 77 foram confirmadas pelo método de eletroforese. A análise dos métodos conduz afirmar que o método de eletroforese é mais confiável para determinar a Hb H.


Título: Prevalência de hemoglobina S detectada através da triagem neonatal.

Autor: Roberto Franco Vilela

Resumo: As hemoglobinopatias são doenças que se caracterizam pelo caráter autossômico recessivo causado por defeito na formação da estrutura da hemoglobina ou síntese da mesma. Dentre as hemoglobinopatias destaca-se a anemia falciforme. Segundo o Ministério da Saúde no Brasil a doença acomete cerca de 0,3% dos nascidos vivos de algumas regiões com maior prevalência na população negra. Em 1985 foi realizado estudo onde 50,8% doa participantes apresentavam hemoglobina anormal HbAS, 89 (33,5%) beta talassemia heterozigota, 32 (12%) HbAC e 4 (1,5%) alfa talassemia. Este estudo objetivou conhecer a prevalência das hemoglobinas S em exames de amostras de sangue umbilical ou através da triagem neonatal, por meio de revisão bibliográfica nas bases de dados Lilacs e Scielo. Encontraram-se cinco estudos sobre a prevalência de hemoglobinas anormais em amostras de sangue, realizados entre o ano de 2002 e 2006. Em Porto Alegre das 1.615 amostras sanguíneas coletadas através da Triagem neonatal de bebês, 41 apresentaram resultados alterados. Em estudo realizado em Natal foram analisadas 1.940 amostras de sangue de cordão umbilical onde se encontrou uma prevalência de 1,5% dos recém-nascidos para traço falciforme e 0,05% para anemia falciforme. Em Fortaleza dos 389 recém-nascidos, 16 (4,1%) apresentaram HbS, sendo que destes 15 foram sugestivas de traço falciforme (HbAS), o que representa 3,8% do total e 0,2% com diagnóstico sugestivo de anemia falciforme (HbSS). No Rio Grande do Sul a Triagem neonatal de 117.320 recém-nascidos, dos 1.629 (1,4%) com hemoglobinas alteradas 1.342 apresentaram traço falciforme (HbAC) e um diagnóstico para anemia falciforme (HbSS). A importância do diagnóstico precoce da anemia está relacionada ao fato desta patologia ser responsável pelo desenvolvimento de complicações e pela alta morbimortalidade dos portadores, bem como pela baixa expectativa de vida. O diagnóstico precoce e a orientação da população, quanto à importância da realização da triagem neonatal em recém-nascidos, constituem fatores importantes na prevenção do desenvolvimento de complicações advindas da doença.


Título: Diagnóstico Laboratorial da Dengue.

Autor: Rodolfo Patussi Correa

Resumo: A identificação precoce dos casos de dengue, é de vital importância para a tomada de decisões e a implementação de medidas de maneira oportuna, visando principalmente ao controle da doença. A organização dos serviços de saúde, tanto na área de vigilância epidemiológica quanto na prestação de assistência médica e laboratorial, é essencial para reduzir a letalidade das formas graves e conhecer o comportamento da dengue, sobretudo em períodos de epidemia. A classificação da dengue, segundo a Organização Mundial de Saúde, é retrospectiva e depende de critérios clínicos e laboratoriais, que nem sempre estão disponíveis precocemente, sobretudo para os casos de dengue clássica com complicações. A atuação do laboratório clínico, através de exames inespecíficos, como o hemograma, é um ponto-chave para esta identificação precoce.


Título: Doença hemolítica do recém-nascido.

Autor: Rosane Arimatéa Braun

Resumo: A doença hemolítica do recém-nascido é decorrente à ação dos anticorpos maternos que possuem capacidade de atravessar a barreira placentária que recobriram os eritrócitos fetais causando hemólise de gravidade variável. A DHPN pode ocorrer por dois mecanismos imunológicos: Aloimunização materna, incompatibilidade com antígenos de grupos sanguíneos do feto (é o que o presente artigo estará enfocando) ou incompatibilidade ABO entre antígenos ABO fetais e anticorpos naturais e regulares maternos. As incompatibilidades por ABO e Rh, principalmente pelo antígenos Rh (D), 95% dos casos são mais comuns. Embora a incidência causada pelo antígeno anti D tenha diminuído pela introdução da Imunoglobulina anti Rh como profilaxia, evitando a imunização ativa induzida pelo antígeno eritrocitário.


Título: A ação plaquetária na resposta imunológica e seu envolvimento em mecanismos inflamatórios crônicos.

Autor: Samanta Rinaldi

Resumo: As plaquetas ou trombócitos são fragmentos celulares, presentes no sangue com origem a partir dos megacariócitos, células da medula óssea. A principal função das plaquetas está relacionada à formação de coágulos, auxiliando de forma indireta na defesa do organismo. Na região de um ferimento, as plaquetas liberam a enzima tromboplastina-quinase, que desencadeia a coagulação, porém novos estudos mostram que elas podem estar diretamente envolvidas nos mecanismos inflamatórios crônicos.


Título: Transplante de Medula Óssea.

Autor: Sara Moura Mendes

Resumo: Transplante de medula óssea é uma realização de quimioterapia em altas doses, associadas ou não à radioterapia (regime de condicionamento), seguido da infusão de células tronco no paciente para que ele recupere a aplasia e produza as células tronco hematopoiéticas. Existem os transplantes autólogos e alogênicos. Para a seleção de doadores, muitos cuidados devem ser tomados para que haja o sucesso do mesmo, evitando complicações futuras.


Título: Infecção sorológica de antígeno RhD parcial DFR em doador.

Autor: Thaís Araújo Cano

Resumo: O antígeno Rh D é o mais imunogênico do Sistema Rh e possui grande significado clínico na transfusão sanguínea e na doença hemolítica perinatal. Esse antígeno apresenta formas variadas de expressão na membrana eritrocitária caracterizando a presença dos antígenos Rh D parcial e ou Rh D fraco, cuja detecção é de interesse na rotina transfusional. O presente estudo relata identificação de antígeno Rh D parcial tipo DFR em doador através de métodos sorológicos, bem como a importância dos mesmos na determinação do fenótipo Rh D.