Resumo das Monografias – 1ª Turma de pós-graduação Lato Sensu em Imunologia

Influência do cariótipo da Síndrome de Ullrich-Turner no desenvolvimento da Tiroidite de Hashimoto

Autor: Adriane Araújo

Resumo: A Síndrome de Ullrich-Turner (SUT) é uma patologia multissistêmica com uma grande variabilidade de expressão. Embora associada inicialmente com o cariótipo 45,X, as descrições de achados citogenéticos incluem alterações numéricas e estruturais envolvendo o cromossomo X. Aproximadamente uma em cada 50 gestações apresenta embriões com cariótipo 45,X, mas devido a elevada letalidade intra-uterina, somente 1% destes conceptos sobrevive durante toda a gestação. Este fato sugere que a concepção de indivíduos 45,X viáveis só acontece quando existe uma outra linhagem celular (mosaicismo) em alguns órgãos ou num período decisivo durante a embriogênese. As mulheres com Síndrome de Ullrich-Turner (SUT), que possuem isocromossomos de X em seu cariótipo, apresentam um risco aumentado de desenvolverem doença auto-imune da tireóide (AIDT). Estudos avaliando a influência do cariótipo no desenvolvimento da tiroidite auto-imune (tiroidite de Hashimoto) em adultos com SUT têm mostrado resultados conflitantes. Pressupõe-se que a auto-imunidade seja iniciada através de um processo inflamatório, possivelmente de origem infecciosa, num órgão endócrino. As células inflamatórias na glândula produzem interferon gama e outras citocinas, que induzem a expressão de novo, aberrante, de moléculas HLA da classe II sobre as células endócrinas. Outros autores também acreditam que o mecanismo de inativação do cromossomo X em mulheres podem constituir um fator de risco proveniente, especialmente, da perda da tolerância a células T.


Análise comparativa de dois Kits comerciais utilizados na investigação do Fator Reumatóide

Autor: Amadeu Paqualim Neto

Resumo: Este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica atualizada da literatura a respeito da artrite reumatóide, abordando esta doença desde seus aspectos gerais, principais características imunológicas, patogenia imunológica, manifestações clínicas, diagnóstico imunológico, achados laboratoriais até o prognóstico. Esta pesquisa abordou principalmente o diagnóstico da artrite reumatóide através da investigação do fator reumatóide, analisando uma das metodologias por meio de um estudo comparativo de dois kits comerciais. Os resultados obtidos demonstraram a concordância dos kits e da metodologia usada.


Lupus Eritematoso Sistêmico

Autor: Amilton Resende Sticca

Resumo: A despeito da eficácia do sistema imune na proteção do organismo contra agentes agressores e do atual nível dos estudos sobre o assunto, as doenças autoimunes, ainda que bem elucidadas na sua grande maioria e mesmo com o atual arsenal terapêutico, nos trazem apenas expectativas na cura das mesmas, representando sérias preocupações de saúde em todo o mundo. O lupus eritematoso sistêmico (LES) é o protótipo das doenças autoimunes sistêmicas, quando há falha ou colapso dos mecanismos normalmente responsáveis pela manutenção da auto-tolerância. O LES é uma doença sistêmica crônica com remissões e recidivas que afeta predominantemente o sexo feminino e estudos sustentam que fatores hormonais seriam os responsáveis pela proporção de 10-15 mulheres para cada homem na ocorrência da enfermidade. Entretanto, sabe-se que sua origem deve-se à ação de múltiplos fatores, o que aliás, ocorre na maioria das doenças autoimunes. A sintomatologia do LES é incaracterística, sobrepondo-se aos sintomas de outras doenças, muitas vezes levando a uma demora do diagnóstico com conseqüente atraso no controle da doença. As modernas técnicas de diagnóstico imunológico são ferramentas indispensáveis para a elucidação e monitoramento da doença, principalmente após a descoberta de anticorpos antinucleares (ANA) geralmente identificados pelas técnicas de imunofluorescência. A presente revisão bibliográfica sem a pretensão de trazer fatos novos na elucidação da doença, reflete a experiência de mais de 20 anos do autor e tenta aglutinar a visão de diversos autores na descrição dos sintomas, diagnóstico e tratamento do lupus eritematoso sistêmico.


Citomegalovírus

Autor: Ana Maria Vilela Cruvinel

Resumo: O presente estuo visou estabelecer a prevalência do Citomegalovírus Humano (CMV) em pacientes do Hospital das Clínicas “Dr Neves” de Mineiros – Goiás, período de agosto a setembro de 2002, através da eação Imunoenzimática com final em fluorescência (ELFA – Enzymelinked Fluorescent Assay) para CMV. Tratou-se de um estudo soroepidemiológico, onde foram analisadas 43 amostras, sendo dosadas anticorpos CMV IgG e CMV IgM. O diagnóstico laboratorial foi realizado no laboratório do Hospital citado. A pesquisa de anticorpos específicos foi positiva em 95% para IgG e 100% negativas para IgM.


Lupus Eritematoso Sistêmico Incidência Familiar

Autor: Carmen Shirley Liberatori Gimaiel

Everson Stabile

Resumo: O presente estudo compõem-se de 35 amostras de indivíduos de uma mesma família que já teve um caso confirmado de Lupus Eritematoso Sistêmico, já levado à óbito, assim como um caso diagnosticado clinicamente como Lupus Eritematoso Sistêmico, a fim de verificar-se a incidência familiar da patologia. O exame de triagem realizado foi o FAN (ANA Hep-2), Wama, além do anti-DNA, Hemagem e Células LE. Nos casos positivos para o FAN, foram realizados os seguintes exames: anti Sm r anti Rnp. Obteve-se 05 exames positivos e 30 negativos para FAN. Obteve-se 35 exames negativos para todas as outras provas, que são as conclusivas para fechar-se o diagnóstico de Lupus Eritematoso Sistêmico. Conclui-se, então, que não há qualquer vínculo familiar nesta patologia, ficando por conta da probabilidade matemática o aparecimento de mais um caso da patologia em uma família.


Diagnóstico e Tratamento das Alergias

Autor: Claudemyr Soares

Resumo: No geral, é apropriado que o paciente alérgico procure assistência médica com especialistas em alergologia. O diagnóstico da alergia é bastante complexo, onde inclui na atenção médica diversos fatores. Deve-se lembrar que a partir de uma análise privilegiada na história do alérgico, associada à um exame médico capacitado, torna-se necessário confirmar o diagnóstico através de testes laboratoriais. Enfim com o diagnóstico de alergia confirmado, e depois de identificados os alérgenos, faz-se necessário estabelecer uma terapia apropriada. No entanto, o médico deve atribuir ao paciente um tratamento mais adequado, que pode ser a farmacoterapia, supressão e a imunoterapia. Outrossim, o melhor no combate às alergias já se sabe, é identificar as causas, para evitá-las. Portanto isso só é possível com a realização do controle do ambiente, dietas, testes cutâneos ou exames de dosagem de anticorpos. No geral, um diagnóstico preciso e seguro proporcionará a um tratamento eficaz, contribuindo assim para o bem-estar dos pacientes alérgicos.


Hepatites Virais

Autor: Edileine Fernandes Moreira

Resumo: Esta monografia tem como objetivo ser uma fonte rápida e objetiva de consulta sobre todas as hepatites virais já conhecidas, diferenciando-as de acordo com sua fisiopatologia, diagnóstico laboratorial e tratamento. Na fisiopatologia temos a etologia, transmissão, incubação e aspectos clínicos característicos de cada hepatite. No diagnóstico laboratorial, destacam-se todos os exames laboratoriais necessários para um bom diagnóstico, podendo assim identificar com mais precisão a fase em que se encontra a doença bem como a sua cronicidade. Para tratamentos existem protocolos adotados distintos, baseados na fase em que se encontra a doença e na resposta imunológica de cada organismo, podendo chegar até a última cartada que é o transplante de fígado. Por final encerramos com considerações sobre como viver com a hepatite. Enfrentando do modo mais natural todas as limitações que essa doença pode proporcionar.


Abordagem clínica e laboratorial do Pênfigo

Autor: Fabiana Cristina Cossa do Prado Schneidewind

Resumo: Esta monografia tem como objetivo ser uma fonte de consulta rápida e objetiva com informações clínicas e laboratoriais da patologia da pele, o Pênfigo. Da doença auto-imune que causa desordem devastadora de pele e membrana são descritas a definição e classificação, como também de suas variantes. A causa da desordem do sistema imunológico, onde são produzidos anticorpos antiproteínas específicas da pele e membrana mucosa, é descrita como o conjunto de fatores genéticos, ambientais, metabólicos, onde se destaca, principalmente a predisposição genética demonstrada em estudos científicos. Os diferentes métodos laboratoriais para diagnóstico do pênfigo são abordados de forma sucinta, porém definindo as vantagens e desvantagens de cada método e qual o melhor de acordo com a evolução agressiva ou remissiva da doença; E, por fim, são discutidas as terapias de tratamento para o Pênfigo e seus efeitos colaterais destacando o fator imprescindível de se obter um diagnóstico rápido e preciso, para minimizar estes efeitos. Há também a importância da informação ao doente e familiares sobre a patologia e o tratamento, para se ter sucesso e melhorar a forma de encarar a doença sem gerar transtornos entre os familiares, fazendo com que o paciente tenha um estilo de vida bastante normal.


Hepatites Virais

Autor: Fabiana Marques Barros

Resumo: As Hepatites Virais são doenças infecciosas, de transmissibilidade inter-humana, evolução aguda ou crônica, que, pela alta morbilidade universal, constituem importante problema de saúde pública. Temos Hepatite A e a Hepatite E que é uma doença infecciosa aguda, causada por vírus, que produz inflamação e necrose do fígado. A transmissão do vírus é fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados, uma pessoa infectada com o vírus pode ou não desenvolver a doença, a infecção confere imunidade permanente contra a doença. Na Hepatite Delta o principal mecanismo do VHD está associado a via parenteral, a infecção delta é a principal causa de cirrose hepática em adultos jovens. No vírus da Hepatite B ela é transmitida através dos fluídos corpóreos ou de sangue, pela relação sexual, por transplante de órgão, através de seringas compartilhadas pelos usuários de drogas endovenosas. Como o VHB não é diretamente citopático, existem evidências consideráveis de que a Hepatite B se inicia por uma resposta celular dirigida contra antígenos virais específicos, que levarão ao dano hepático. Temos também uma doença crônica e assintomática, que ataca o fígado e pode levar à cirrose e ao câncer, esta é a Hepatite do tipo C, transmitida pelo sangue, é considerada o maior problema de saúde pública dos dias de hoje, pois afeta 170 milhões de pessoas no mundo. Mais recentemente foi publicado estudos científicos sobre um outro tipo de Hepatite que se caracteriza como um agente viral de transmissão parenteral, é a Hepatite G, que os grupos de risco expostos a esse vírus são comparados aos das Hepatites B e C. Como vimos neste trabalho foi possível observar que as hepatites pós-transfusionais reduziram devido ao grande trabalho que os bancos de sangue vem desenvolvendo com as campnhas de prevenção, porém novos vírus surgiram e preocupam os serviços de terapêutica transfusionais. Por isso, a busca de informações atuais sobre o assunto é sem dúvida de grande interesse aos profissionais quedesempenham o laborioso trabalho da busca da qualidade total dos produtos hemoterápicos.


Incidência de Hepatite C em doadores de sangue do Hemocentro de Marília

Autor: Fabiana Marquizelli

Resumo: O vírus da Hepatite C, é conhecido hoje como vírus NÃO-A, NÃO-B, associado a transfusão, foi descoberto em 1988. A infecção pelo vírus da hepatite C, geralmente é moderado e assintomática, apresenta distribuição global, aparecendo cerca de 150.000 novos casos por ano. A infecção ocorre principalmente por via sangüínea, com maior frequência em pessoas que fazem uso de seringas compartilhadas. Foi estudado no Hemocentro de Marília, no período de janeiro à dezembro de 2002, a incidência de doadores de sangue com o vírus da Hepatite C, as amostras são colhidas no momento da doação, em tubos pilotos, são realizados dois testes o ELIZA e o teste confirmatório RIBAm que são testes imunoenzimáticos que possuem alta esopecificidade e sensibilidade. No período descrito acima o Hemocentro de Marília teve um total de 14.405 doadores aptos para a doação, sendo que destes, 32 apresentaram sorologia para HCV e 14.373 com sorologia negativa para HCV. Sendo estes doadores com faixa etária de 18 a 60 anos, etnias variadas e ambos os sexos. Dos 32 doadores com sorologia positiva para o vírus HCV, 24 eram do sexo masculino e 8 do sexo feminino, apresentando uma incidência maior no sexo masculino, verificando também que estes doadores tinham idade média entre 37 e 65 anos.


Estudo comparativo entre ELISA, ELFA e Imunocromatográfico para determinação de Anticorpos Anti-HIV 1 e Anti-HIV 2

Autor: Fernando Lopes Bandoni

Resumo: A AIDS é uma doença pandêmica que tem como agente etiológico o vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus). Existem várias metodologias disponíveis para o diagnóstico do HIV. O presente trabalho envolve as seguintes: ELISA, ELFA e Imunocromatográgico. O objetivo deste trabalho foi comparar o método imunocromatográfico frente a duas metodologias amplamente utilizadas, o ELISA e o ELFA avaliando a sensibilidade e especificidade de cada um. Para este trabalho foram utilizadas 174 amostras de soro humano de 3 grupos distintos. Em todas as amostras citadas acima foram realizados os testes para determinação de anticorpos anti-HIV 1 e anti-HIV 2, utilizando-se os kits: DETECT para HIV (ELISA) fabricado por Biochem Immunosystestems Inc., VIDAS HIV DUO (ELFA) fabricado por BIOMÉRIEUX e IMUNO-RÁPIDO HIV 1 e 2 (Imunocromatográfico) fabricado por WAMA DIAGNÓSTICA. As 174 amostras analisadas no presente trabalho apresentaram os mesmos resultados frente às 3 metodologias utilizadas, obtendo-se total concordância. Podemos concluir que o método IMUNOCROMATOGRÁFICO da WAMA Diagnóstica apresenta ótima sensibilidade e especificidade para triagem sorológica de anticorpos anti-HIV 1 e 2, comparada com metodologias amplamente utilizadas.

Maiores informações com o autor: e-mail: flbandoni@ig.com.br


Polimorfismo genético nas Hemofilias A e B

Autor: Gina Camilo de Oliveira

Resumo: A hemostasia é o equilíbrio da circulação sangüínea. Há diversos fatores que participam na cascata da coagulação sangüínea. Os principais distúrbios na coagulação são a hemofilia A (clássica) e a hemofilia B, respectivamente, alterações nos fatores protéicos VIII e IX (fator Christmas). Os genes do fator VIII e do fator IX estão localizados no braço longo do cromossomo X. A hemofilia é uma doença recessiva ligada ao sexo, com uma incidência de 1 em 5.000 indivíduos do sexo masculino. Distúrbios genéticos que afetam a produção, estrutura e função dos fatores da coagulação podem causar defeitos ou anormalidades na coagulação. Os hemofílicos têm um aumento no tempo de coagulação, o que ocasiona uma tendência hemorrágica anormal. A manifestação clínica da doença pode ser classificada em leve, moderada e severa, de acordo com a mutação associada. Os polimorfismos são utilizados como “marcadores” genéticos para estudos de genes em famílias. Esta revião enfatiza os polimorfismos nos genes do fator VIII e fator IX, análise de suas ligações (linkage) e suas variações étnicas, além de evidenciar a patologia molecular de mutações com uma abordagem nas relações causa0efeito que existem.


Correlação entre testes “in vivo” e “in vitro” na determinação de alergias. Um estudo teórico

Autor: Jose Caetano Augusti

Resumo: Através dos relatos dos pesquisadores, médicos e cientistas o correlacionamento dos testes in vivo e in vitro, para a determinação de alérgenos específicos na identificação de alergia, evidenciou nos primiros estudos que os testes cutâneos “in vivo” eram bastante superiores em sensibilidade e de um custo baixo para o paciente. Entretanto, no decorrer do avanço tecnológico houve um aprimoramento da qualidade dos testes “in vitro” com substancial acurácia da sensibilidade, especificidade, praticidade e até mesmo a diminuição do custo do exame. Nestes termos, percebemos que os testes para identificação tem que superar a cada ensaio a sua sensibilidade, que é determinada pelo percentual (%) de resultados positivos obtidos por um dado teste, quando há doença de fato, usando-se a fórmula: S = VP/VP + FN onde S (sensibilidade), VP (verdadeiramente positivo) e FN (falso negativo) e sua especificidade, que é determinada pelo percentual (%) de resultados negativos obtidos por um dado teste, quando não há doença de fato, usa-se a fórmula: E = VN/VN + FP onde E (especificidade), VN (verdadeiramente negativo) e FP (falso positivo), para tal concordância necessitamos de uma certa eficiência dos resultados, por isso, usamos a fórmula para determina a Eficiência: EF = VP = VN / VP + FP + VN + FN, determinada pela relação entre a somatória dos resultados verdadeiramente positivos mais os verdadeiramente negativos, dividido pelo total de testes realizados. A Eficiência dos ensaios será de melhor qualidade quando o resultado se aproximar de 1. Em relação a região metropolitana de Campinas, SP, ficou a preferência dos método otorrinolaringologistas e alergologistas pelo teste RAST/FEIA, pois, o mesmo teste oferece credibilidade, confiabilidade e resultados dentro do quadro de agudização ou cronicidade da alergia. Junta-se a isto, a praticidade da realização do teste, que necessita apenas uma amostra de sangue e uma quantidade de soro pequena ao qual realiza os testes para vários alérgenos específicos diferentes. O RAST apresenta diversas aplicações tal como o teste cutâneo de hipersensibilidade imediata. Quando comparados entre si os dois tipos de provas têm vantagens e desvantagens, a escolha preferencial de uma ou outra depende das condições de realização do exame. Sabendo que nenhum dos dois testes “in vivo” e “in vitro” representem um padrão a ser seguido pelo laboratório, ambos podem, e devem, contribuir de forma relevante para que os resultados obtidos possam chegar mais perto do diagnóstico das doenças alérgicas, identificando o agente agressor e o seu tratamento adequado, sempre apostando em sua eficiência.


Noções gerais sobre HPV

Autor: Juliana Siqueira Sopa Meirinhos

Resumo: O vírus HPV é conhecido como “Crista de Galo” e pertence à família Papovaviridae. Seu material genético é representado por DNA, envolvido por um capsídio. São conhecidos mais de 70 subtipos e são classificados como: baixo risco, intermediário e alto risco; atingindo pacientes com idade entre 20 e 40 anos. As vias de transmissão do HPV podem ser sexual, sangüínea, materno fetal e fomites. O vírus do HPV provoca alguns sintomas como: coceiras, corrimento, dor, mal cheiro e sinais inflamatórios, acometendo homens e mulheres. Quando o HPV é detectado deve ser feito o tratamento imediato e somente o especialista pode indicar o melhor diagnóstico.


Participação instrutiva e preventiva do laboratório clínico através dos laudos de sorologia para toxoplasmose

Autor: Kellen Fernandes Constantino

Resumo: Este trabalho foi elaborado a partir da necessidade que o Laboratório Clínico passa a Ter, hoje, de se inserir mais participativamente na sociedade, contribuindo, progressivamente, como um “divulgador” de saúde e bem estar aos seus pacientes. Foi escolhido o exame de sorologia para toxoplasmose como base para esta pesquisa, sendo modificado o laudo deste exame e nele acrescido uma nota explicativa sobre a doença e algumas das formas de contágio da toxoplasmose. Como a forma mais grave desta doença ocorre quando a primeira infecção é adquirida durante o período gestacional, a nota foi especificada, exclusivamente, às pacientes grávidas susceptíveis à doença com o intuito de evitar a contaminação fetal. Após a entrega do resultado mantinha-se contato com as pacientes, interrogando-as a respeito da nota que continha o laudo, avaliando o grau de compreensão e a opinião, das mesmas, sobre a atitude do Laboratório. A pesquisa foi realizada na cidade de Goiânia, no estado de Goiás, pelo Laboratório Brasil e Laboratório Sabin, durante o período de janeiro a março de 2003. Pela seguinte pesquisa conclui-se que a maioria das pacientes tem o hábito de ler os exames. Obtivemos grande aprovação, seguido de um ponto muito favorável e importante que foi o despertamento da curiosidade das pacientes sobre a doença, resultando em um prolongamento do diálogo entre médico-paciente com consequente aumento dos cuidados necessários para se evitar o contágio com o Toxoplasma gondii.


Prevalência de HTLV-I/II em doadores de sangue do Hemocentro de Marília – SP

Autor: Larissa Tranquilino Bardela

Resumo: O presente trabalho se destina a avaliar a prevalência de infecção por HTLV I/II em doadores de sangue do Hemocentro de Marília – SP, no período de dezembro de 1998 a outubro de 2002. Dos 73.326 doadores analisados, 48 (0,06%) se mostraram soropositivos para a infecção por HTLV. As coletas externas apresentaram uma positividade de 21% (10) e o Banco de Sangue Central de 79% (38). No Banco de Sangue Central foi possível observar a soroprevalência relacionada ao sexo, idade e profissão. Dos 38 doadores soropositivos do Banco de Sangue Central, a sua maioria é do sexo masculino (81,6%), possuem uma idade média de 32,8 anos e enquadram-se no grupo 7/8/9 da tabela de Classificação Brasileira de Ocupação. Se comparado a outros locais do país, o Hemocentro de Marília apresenta uma soroprevalência para HTLV I/II, em seus doadores, baixa.


Prevalência da infecção do vírus da Imunodeficiência Humana em gestantes atendidas na rede pública do município de Uruaçu – GO

Autor: Marcelo de Castro C. Morais

Resumo: Considerando-se que a principal via de infecção pelo HIV na população infantil é a transmissão perinatal, e que diversos estudos realizados até o momento demonstraram uma redução importante da transmissão vertical com o uso de zidovudina na gestação, no trabalho de parto/parto e no recém-nascido, a garantia do acesso ao acompanhamento pré-natal e aos testes para diagnóstico do HIV a todas as gestantes durante esse período é altamente recomendável. Até o ano de 2001 muitas mulheres, da cidade de Uruaçu, realizavam o pré-natal sem terem sido aconselhadas e testadas para o HIV. Há evidências de que a maioria dos casos de transmissão vertical do HIV ocorre mais tardiamente na gestação, e principalmente durante o trabalho de parto e no parto propriamente dito. Posteriormente, se a mulher amamentar a criança, há ainda o risco adicional de em média 15% de transmissão do HIV por essa via. Este trabalho teve como objetivo investigar a ocorrência do HIV em pacientes gestantes no município de Uruaçu-GO. Assim, foi realizado um levantamento dos resultados obtidos da análise sorológica de 519 gestantes atendidas pelo CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) de Uruaçu-GO, no período de março a dezembro de 2002. Sendo que a técnica ELISA (Ensaio Imunoenzimático) foi a metodologia utilizada nesta investigação de triagem para o HIV. Entretanto, em populações de baixa prevalência para a infecção pelo HIV, como é o caso das gestantes em nosso estado (estimada entre 0,5 e 1,0%), seria esperada a ocorrência de exames falso-positivos. Isto posto, tornou-se necessário a realização de dois testes para cada paciente, com o uso de kits comerciais contendo antígenos recombinantes do HIV-1 e HIV-2, distintos. Caso fossem obtidos resultados positivos ou discordantes, as amostras seriam retestadas e, persistindo o mesmo resultado, seriam encaminhadas para serem submetidas a testes confirmatórios (Western-Blot e PCR). Contudo, no período estudado, não encontramos nenhuma paciente que apresentasse teste positivo para o HIV, com o uso do método ELISA. Estes resultados demonstram que a prevalência da infecção pelo HIV em gestantes da cidade de Uruaçu é de zero (zero)%.


Análise comparativa da IgG Anti Toxoplasma gondii por três métodos laboratoriais

Autor: Margarete Dolores Marson Sanches

Silvia Zucchi Bailão

Resumo: A toxoplasmose humana é uma doença causada pelo Toxoplasma gondii, sendo os felinos os principais transmissores. A transmissão da doença ocorre por contato com fezes contaminadas com oocistos eliminados no solo e pela ingestão de água e alimentos como o leite e a carne contaminados. O Toxoplasma gondii, apesar de infectar o homem é um parasita de natureza benigna na toxoplasmose adquiirida na vida pós natal, onde as perturbações podem ser leves e temporárias. As manifestações mais graves são vistas nas moléstias: congênita e na ocular. Existem casos assintomáticos da moléstia e assim sendo, sentimos a necessidade de pesquisar os anticorpos anti-Toxoplasma gondii através de análise comparativa entre três métodos laboratoriais. Conforme os resultados obtidos foram verificadas concordâncias significativas para a positividade entre os três métodos utilizados durante o experimento.


Índice de Hepatite B em doadores de sangue na unidade de coleta e transfusão de Cáceres – MT

Autor: Patrícia Barbosa Gonçalves

Resumo: Com este estudo conseguimos comprovar que o índice de vacinação entre os doadores da Unidade de Coleta e Transfusão de Cáceres é baixo. Apenas 8% dos doadores foram vacinados. A prevalência da Hepatite B entre os doadores alcançou um nível elevado, principalmente em jovens do sexo masculino com vida sexual ativa. Por ser a Hepatite B uma doença sexualmente transmissível, devemos incentivar e conscientizar a população para o uso adequado de preservativos e imunização através de vacinas, bem como orientar para os cuidados que os portadores desta doença deverão possuir. Entre esses cuidados encontram-se a proibição de ingestão de álcool e orientação quanto ao uso de medicamentos. Alguns casos de Hepatite crônica podem ser tratados com interferon ou lamivudina, porém a cura só é alcançada em 30% dos casos. Estes refletem a falta de uma campanha de vacinação, bem como de conscientização entre a população para evitarmos a propagação desta doença e diminuir o alto índice de Hepatite B em nosso município.


O uso da biologia molecular (Tecnologia do DNA recombinante) no diagnóstico da “Hepatite C” (HCV) através da técnica de PCR (Polymerase Chain Reaction)

Autor: Paulo Renato Teixeira

Resumo: Atualmente com a facilidade da análise da molécula de DNA ou RNA, permitem o aperfeiçoamento das técnicas que favorecem a clonagem desses códigos genéticos graças a tecnologia do DNA Recombinante conhecida como engenharia genética. Diante disto foi descoberto o método do PCR, que provocou grande impacto na medicina por permitir seu uso em diversos procedimentos de diagnósticos de diversas doenças hereditárias, medicina forense, mapeamento genético, doenças causadas por bactérias, fungos e vírus, como o HIV, vírus das hepatites, como o HCV por exemplo. Com isto, a técnica de PCR é o método mais simples para confirmação num diagnóstico de infecção de HCV, ou seja, o diagnóstico da Hepatite C depende do contexto clínico, mas em casos assintomático de pouco risco que são achados para serem anti-HCV positivos por EIA-2, é que a infecção de HCV precisa ser confirmada, especialmente se os testes bioquímicos revelarem no início, níveis de ALT normais. Mesmo sendo feito o restante para anti-HCV por RIBA, nos casos positivos ou indeterminados são usados para os ensaios de RT-PCR qualitativos na sua confirmação definitiva. Para a maioria dos pacientes que apresentam doença crônica do fígado com suspeita de serem anti-HCV positivos por EIA-2, testes confirmatórios com RT-PCR quantitativos devem ser feitos para determinar o nível de RNA-HCV que possui o paciente e se o tratamento é contemplado.


Doença Hemolítica Perinatal por ABO

Autor: Santa Del Lama Mulin

Resumo: A DHPN/ABO possui alta incidência em recém-nascidos incompatíveis com o sangue da mãe mas de menor gravidade se comparada com a incompatibilidade por Rh. É uma doença limitada aos neonatos de mãe de grupo sangüíneo O. Não existe teste sorológico único que seja diagnóstico de DHPN/ABO. O diagnóstico imunohematológico é difícil e às vezes incerto, pois quando o teste de Coombs Direto e um eluído são negativos em neonatos ABO incompatível que está ictérico, o médico pode estar diante de um problema diagnóstico. Assim sendo, é difícil, com frequência distinguir a icterícia associada a DHPN/ABO da icterícia fisiológica. Na incompatibilidade ABO é aconselhavel não repetir-se a intensidade da icterícia com a sucessão de filhos incpmpatíveis no sistema ABO, uma vez que a intensidade da agressão hemolítica pode variar de um filho para outro de acordo com a existência de maior ou menor quantidade de substâncias A ou B secretadas pelo feto. Finalmente, é importante existir um trabalho conjunto de equipe em enfermaria de berçário, principalmente a enfermeira, que deve ser treinada para reconhecer o início da icterícia, alertar e notificar o médico.


Marcadores prognósticos no câncer de mama

Autor: Vanessa de Paula Rocha

Resumo: No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres. Os receptores hormonais (estrógeno e progesterona) são proteínas nucleares responsáveis pela mediação dos efeitos do estrógeno e da progesterona no epitélio mamário. Representam um fator preditivo à resposta terapêutica, tem correlação com o curso clínico e são excelentes marcadores de diferenciação dos carcinomas mamários. A determinação dos receptores também é de grande importância na resposta terapêutica em carcinomas recidivantes. Em nossa pesquisa, realizada no Departamento de Patologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás, num total de 92 pacientes com câncer de mama obtivemos os seguintes resultados: 53 ou 58%, apresentaram positividade para Receptor de Estrógeno, 46 ou 50% para Receptor de Progesterona, 75 ou 81% para oncoproteína c-erb B2 e 89 ou 97% para KI-67.


Ocorrência de anticorpos antitoxoplasma em pacientes atendidos no Laboratório Dr. Suzuki da cidade de Barretos, estado de São Paulo

Autor: Vera Lúcia Suzuki Vieira

Resumo: Uma das preocupações das mulheres grávidas se relaciona ao risco de adquirir Toxoplasmose durante a gestação. É uma doença causada pela infestação do parasita intracelular obrigatório Toxoplasma gondii. Tanto a Toxoplasmose aguda quanto a crônica são condições nas quais o parasita é responsável pelo desenvolvimento de sinais e sintomas clínicos (encefalite, miocardite, uveites, retinopatias, etc.). O grande perigo da infecção ocorre quando uma mulher gestante entra em contato com Toxoplasma pela primeira vez em sua vida e desenvolve a infecção. O feto poderá se infectar e apresentar mal formações como deficiência visual grave quando nascer, entre outros problemas graves de saúde. No período de janeiro de 2000 a fevereiro de 2003 foi realizado a análise do perfil sorológico de 200 gestantes atendidas no Laboratório Clínico Dr. Suzuki de Barretos – SP. A metodologia utilizada para a detecção de anticorpos antitoxoplasma foi a hemaglutinação passiva e a confirmação da positividade e título foi utilizada a imunofluorescência indireta. Os resultados deste trabalho revelam que a prevalência de infecção pelo Toxoplasma gondii é elevada (69,5%) e justifica a necessidade de programa de orientação preventiva para gestante em nosso meio. Os vários níveis de higiene e os hábitos alimentares tem claramente um papel importante na prevalência da Toxoplasmose. As medidas preventivas devem concentrar-se visando controlar os mecanismos de transmissão, baseando em medidas higiênicas, particularmente em se tratando de felinos como o gato doméstico, que merece especial cuidado quando em contato com gestantes, pois ainda não foram conseguidas vacinas eficientes.


Doença Granulomatosa Crônica

Autor: Vilma Clemi Colli

Resumo: A Doença Granulomatosa Crônica (DCG) é uma imunodeficiência primária de transmissão genética que se caracteriza por falhas dos mecanismos de fagocitose e consequente formação de granuloma. Afeta 1 a cada 1.000.000 de recém natos vivos e a herança pode ser por defeito no gene Xp21,1 (XL = herança materna) ou por mutações das glicoproteínas oxidativas 47, 22 e 67 (AR = herança autossômica recessiva). A herança X afeta apenas o sexo masculino e corresponde a 57% dos casos. O citocromo B558 não é produzido e resulta em incapacidade total dos fagócitos em realizar o metabolismo oxidativo da fagocitose (produção de íon: ânions, hidroxilas, óxidos e peróxidos), na degradação do agente agressor. Na herança AR, os dois sexos podem ser afetados. Corresponde a 33,5 e 5% dos casos de acordo com as glicoproteínas 47, 22 e 67 respectivamente. Nesta forma da doença ocorre a deficiência de uma fosfoproteina do citosol. Pode haver a produção dos íons, porém em quantidades insuficientes. Com a falha da fagocitose, o agente agressor permanece vivo no inteior do fagócito e pode, inclusive, replicar-se. O mecanismo de controle que “avisa” que ocorreu a fagocitose não é desencadeado. Como consequência uma reunião celular é convocada para o local com acúmulo de neutrófilos, macrófagos, linfócitos T, fibroblastos, células de padrões endoteliais e outras, que caracterizam um padrão inflamatório focal e avascular em cujo centro encontra-se o fagócito ou células gigantes resultantes da união destes com o agente agressor em seu interior. Forma-se então, o granuloma. Pode haver a produção de colágeno numa tentativa de reparação da matriz, ainda que às custas das células do indivíduo. Neste caso o granuloma passa a ser necrótico. Os sinais e sintomas começam logo no primeiro ano de vida. Geralmente há retardo no crescimento e reação prolongada à BCG. Os granulomas podem ser de pele, órgãos, ossos, periorificiais, pulmonares, gengivais, auriculares, oftálmicos e outros. O diagnóstico é feito por testes ligados ao metabolismo dos fagócitos (Nitro Blue Tetrazólio, Redução da Dihidorodamina, Redução por Ferrocitocromo e outros) e por testes ligados ao gene e proteínas específicos. O perfil hematológico é de infecção crônica e os achados histológicos são compatíveis com os padrões inflamatórios de hipersensibilidade tardia. O uso corticóide alivia o granuloma. Também são empregadas drogas profiláticas anti-inflamatórias. É possível o transplante medular de granulócitos. A terapia gênica encontra-se em fase de padronização a apresenta-se promissora.


Cisticercose

Autor: Vilma Vera Jovino

Resumo: Parasitoses de humanos e porcos pelo meta-cestodo da Taenia solium (tênia solitária). As larvas podem adquirir duas formas: a) vesicular: se apresenta como cistos redondos de cor branca, transparente com o escólex em seu interior; b) racemosa (em forma de cachos ou pencas), sacos em forma de cachos, membrana fina de tamanho maior e sem escólex no seu interior. Cisticercose em humanos: adquire-se ao ingerir ovos ou proglótides em alimentos contaminados com fezes ou por auto-infecção. Patogenia: ingestão de ovos ou proglótides grávidas; chegam ao intestino delgado onde as oncosferas se liberam e invadem a parede intestinal; migram para os músculos estriados do cérebro, olho, fígado e outros tecidos onde se desenvolvem os cisticercos; outra via de infecção é quando o ser humano ingere a carne de porco infestada com cisticercos, cruas ou mal cozidas. Estes se aderem às paredes do intestino delgado por meio de seu escólex (4 ventosas) produzindo uma teníase intestinal. Patologia: pode localizar-se em muitas partes do organismo, mas em geral, compromete o Sistema Nervoso Central (SNC), o tecido celular subcutâneo e os olhos. SNC: pode invadir qualquer de suas estruturas. Localiza-se mais freqüentemente no parênquima dos hemisférios cerebrais, nas cavidades, no espaço subaracnóideo, nas meninges e na medula. Apresenta-se iodato, inflamação, peri-artrite, etc. Cérebro e olhos: os cisticercos vivos estão rodeados por uma cápsula fibrosa. Manifestações clínicas: SNC; epilepsia cefaléia e hipertensão intracraniana; síndrome psicótica: manifestações do tipo esquizofrenia ou paranóia, enfraquecimento mental, perda de memória, confusão mental ou necrose; síndrome meníngea: meningite asséptica, aumento das proteínas e eosinófilos no LCR; síndrome de pares cranianos: afeta pares óptico; síndrome medular: mudanças motoras e sensitivas nas extremidades inferiores e finalmente paralisia e os pacientes podem Ter bloqueio total ou parcial do LCR; cisticercose subcutânea muscular: os cisticercos em músculos e tecidos passam despercebidos, embora seja possível que se produza pseudo-hipertrofia muscular, quando seu número é importante. Diagnostica-se por biópsias e seu tratamento é com Praziquantel ou Albendazol; Oftalmocisticercose: diminuição ou perda da capacidade visual, identificando-se o cisticerco no humor vítreo, retina, conjuntiva, camada anterior e órbita. O tratamento básico consiste na extirpação e no emprego do laser; neurocisticercose: seu diagnóstico requer estudos radiológicos como imunoblot, Elisa em placa, imunoeletrotransferência, antígenos em LCR, tomografia computadorizada e ressonância magnética. O tratamento consiste em Praziquantel ou Albendazol.