Resumo das Monografias – 2ª Turma de Pós-Graduação Lato Sensu em Hematologia Laboratorial

AVALIAÇÃO DE HEMOGLOBINAS ANORMAIS EM NEONATOS POR DIFERENTES METODOLOGIAS

Autora: Adriana Barbosa de Oliveira

Resumo: As hemoglobinopatias, distúrbios hereditários da hemoglobina humana, são doenças geneticamente determinadas e apresentam morbidade significativa em todo o mundo. Milhões de pessoas trazem em seu patrimônio genético hemoglobinas anormais em várias combinações, com conseqüências que variam de quase imperceptíveis às letais. Constitui a patologia genética de maior prevalência no mundo. Estima-se em nosso país a presença de 6.000.000 de portadores heterozigotos para pelo menos um gene de hemoglobinopatia, sendo mais da metade, portadores de hemoglobina S. A alta prevalência associada à gravidade de manifestações clínicas nos homozigotos torna as hemoglobinopatias um problema de saúde pública, principalmente em regiões onde a mortalidade infantil, por fator sócio-econômico, foi reduzida. A prevenção das hemoglobinopatias deve proporcionar o conhecimento da doença. Acesso facilitado aos serviços de diagnóstico e tratamento, bem como ações educativas dirigidas à população. O diagnóstico precoce objetiva o aumento dos cuidados e possibilita maior controle da mortalidade. Com o objetivo de estabelecer a criação de programas especializados, voltados aos diagnóstico laboratorial, atendimento médico, psico-social e prevenção, iniciou-se a análise de hemoglobinopatias em uma população de recém-nascidos em São José do Rio Preto, SP.

Informações adicionais com o autor: 17 – 224 0994


DIAGNÓSTICO DE ANEMIA FERROPRIVA

Autora: Adriana Luciene Marques

Resumo: O presente estudo procurou mostrar a importância das dosagens de ferritina e ferro séricos em pacientes com VCM e HCM diminuídos, para distinguir a anemia ferropriva das demais anemias microcíticas hipocrômicas (anemia de uma doença crônica ou talassemia). Dos 94 pacientes analisados 10 (10,6%) apresentaram todos os valores dentro da normalidade, não sendo, portanto, portadores de anemia. Foram observados 38 pacientes (38,3%) com valores de HCM e VCM diminuídos (anemia microcítica hipocrômica), porém com valores de ferritina e ferro sérico normais. Portanto, estes pacientes, não são portadores de anemia ferropriva, devendo os mesmos serem submetidos a outras análises laboratoriais para diagnosticar a causa desta anemia. A anemia ferropriva foi diagnosticada em 28 pacientes (29,8%) dentre os quais, 13 pacientes (13,8%) apresentaram diminuição dos valores de ferro, ferritina, VCM e HCM. Os 25 pacientes restantes (16,0%) apresentaram ferro sérico normal, com diminuição de ferritina, VCM e HCM. Estes pacientes mostraram ser a dosagem de ferritina sérica, o teste mais sensível para detectar a deficiência de ferro.

Informações adicionais com o autor: 16 – 636 8078


LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA (LMA)

Autor: Adriano Machado de Souza

Resumo: A leucemia mielóide aguda é a doença decorrente da proliferação de um clone de células mielóides indiferenciadas, o qual apresenta defeito de maturação. A transformação neoplásica é facilitada por anormalidades genéticas subjacentes que refletem alterações cromossômicas e podem ocorrer sem causa aparente, ou secundária a exposição a substâncias tóxicas ou a distúrbios hematopoiéticos. A leucemia mielóide aguda divide-se em diversos subtipos citomorfológicos com características clínicas, citogenéticas e moleculares peculiares com prognósticos diferentes. A LMA ocorre mais freqüentemente em adultos; em crianças com até 10 anos de idade sua freqüência é pequena correspondendo a 10% das leucemias agudas. Sua freqüência aumenta com a idade até acima dos 45 anos corresponde a 90% das leucemias agudas. As manifestações clínicas correlacionam-se com a queda dos elementos figurados do sangue, periféricos e são representadas por cansaço fácil, fraqueza, febre e manifestações hemorrágicas caracterizadas por equimoses e petéquias, epistaxes, gengivorragia e metrorragias, além de importante comprometimento do estado geral. O objetivo do tratamento da LMA é o de obter e manter a remissão completa da moléstia. O tempo de sobrevida correlaciona-se com o período de tempo no qual os pacientes se mantêm em remissão completa. Pacientes não tratados ou que não entram em remissão completa morrem em média entre dois a quatro meses, a partir do diagnóstico. Há drogas altamente específicas capazes de levar à remissão da doença em 50 a 90% dos pacientes. Apesar do elevado potencial de morbidade, os resultados obtidos com o transplante de medula óssea alogênico são os melhores que a quimioterapia convencional. O transplante de medula só poderá ser feito em pacientes com idade inferior a 55 anos e HLA compatível. Recentemente, tem sido desenvolvido com sucesso o transplante de medula de sangue de cordão umbilical, que poderá no futuro suprir a falta de doadores.

Informações adicionais com o autor: 35 – 271 1266


ANEMIAS POR CARÊNCIA DE VITAMINA B12, FOLATO OU FERRO

Autor: Alexandre Pinto da Fonseca

Resumo: Ao estudarmos as anemias, em primeiro lugar é necessário sabermos as características gerais do sangue normal. O sangue pode ser definido como um tecido especial que circula dentro de um compartimento fechado (veias, vênulas, artérias, arteríolas). Quimicamente é formado por uma massa heterogênea que consiste em 2 fases. Uma fase líquida que é o plasma, constituído por água, sais minerais, proteínas, vitaminas, glicídeos e lipídeos que mantém em suspensão os elementos figurados (leucócitos, eritrócitos e plaquetas) também chamados de HEMATÓCITOS. Dentro das características gerais do sangue citamos os eritrócitos que são importantes marcadores nas anemias, constituídos por uma membrana, água, hemoglobina, íons (potássio principalmente), enzimas e glicose. Sua função principal é transporte de Hb. A diminuição da Hb, hemorragias agudas, a redução das hemaceas ou menor produção destas pela medula óssea podem resultar em anemias por carência de ferro, ou aquelas decorrentes de deficiência de folato ou de vitamina B12 – denominadas megaloblásticas. As anemias resultantes de carência de vitamina B12, de folato ou de ferro são os tipos mais comuns de anemias observadas no homem, especialmente nos países em desenvolvimento. Como a vitamina B12, o folato e o ferro são integrantes normais da dieta, as anemias por deficiência de um destes nutrientes são conhecidas por anemias nutriciais ou carênciais. Nesta revisão bibliográfica irei descrever mais detalhadamente as causas, classificação e diagnóstico laboratorial e o tratamento dessas anemias tão comuns em nosso meio.

Informações adicionais com o autor: 19 – 461 4752


ANEMIAS: COM ÊNFASE EM TALASSEMIAS

Autor: Aílton de Paula e Silva

Resumo: O tema anemia é muito amplo e merece avaliações particularizadas, através dos múltiplos meios de investigação. Eles implicam em muitos casos em serviços altamente especializados. Porém, um dado clínico satisfatório associado a um exame hematológico de rotina, desde que seja exato e comporte dados essenciais, podem permitir a um grande número de casos, a orientação para classificação de anemia. A presente monografia tem como objetivo apresentar breve avaliação das anemias, sua classificação segundo critério morfológicos e fisiopatológicos correlacionados a avaliação laboratorial; com ênfase às talassemias. Estudos recentes têm ajudado a esclarecer a fisiopatologia de muitas variedades de talassemias, a definir a heterogeneidade genética destes distúrbios e a provar a natureza exata dos defeitos talassêmicos. Esta revisão trata de alguns aspectos clínico-laboratorial das hemoglobinopatias de importância corrente.

Informações adicionais com o autor: 17 – 668 1540


MIELOMA MÚLTIPLO

Autor: Amilton Resende Sticca

Resumo: O mieloma múltiplo é uma neoplasia causada pela proliferação de plasmócitos neoplásicos em nódulos, difusamente por toda medula óssea e em outros órgãos. Foi inicialmente estudado pelo Doutor Henry Bence Jones que encontrou na urina de um paciente acometido de “Mollities ossium” (ossos moles), uma substância de aspecto semi-sólido com caracterísitcas térmicas peculiares que hoje sabemos ser uma proteína e que leva o nome daquele cientista. É basicamente uma doença da medula óssea com osteólise secundária, ocasionando manifestações clínicas e laboratoriais decorrentes de alterações bioquímicas e fisiológicas na evolução da neoplasia. Acomete principalmente pessoas idosas e as dores e/ou fraturas patológicas são aos primeiros sintomas responsáveis pela procura de atendimento médico. O aperfeiçoamento de técnicas tanto laboratoriais quanto radiológicas permite que a doença seja facilmente diagnosticada . A sobrevida do paciente depende, entretanto, da precocidade do seu diagnóstico e resposta aos medicamentos, apesar disso, o tempo de sobrevida é baixo.

Informações adicionais com o autor: 19 – 656 2977


PLAQUETAS: HEMOSTASIA PRIMÁRIA E A RELAÇÃO COM A DOENÇA DE VON WILLEBRAND

Autor: André Luiz Gomes Coutinho

Resumo: A anormalidade da hemostasia primária na doença de von Willebrand é o resultado de um efeito vascular primário ou uma irregularidade intrínsica das plaquetas. Apresentam suporte significativo, as plaquetas, embora normais, não aderem ao colágeno por causa da deficiência ou defeito do von Willebrand, que se caracteriza em sua forma mais comum o tipo 1 em um quadro de hemorragia mucocutâneo branda, um tempo de sangramento prolongado, deficiência do vWF, e redução proporcional do fator VIIIc. O distúrbio não é homogêneo, mesmo quando todos os critérios diagnósticos são rigidamente aplicados. O reconhecimento de um número de variantes, nos quais, mesmos os achados diagnósticos de múltiplos padrões genéticos, sugere que o distúrbio é uma síndrome que pode englobar várias outras desordens correlatas.

Informações adicionais com o autor: 61 – 741 6187


ANEMIA MEGALOBLÁSTICA POR DEFICIÊNCIA DE VITAMINA B12 E ÁCIDO FÓLICO

Autora: Andréia Cristina Bertão

Resumo: As anemias megaloblásticas são causadas por vários defeitos na síntese de DNA, podendo este defeito, ser provocado por deficiência de cobalamina, deficiência de folato, fármacos e outras causas que incluem raras deficiências enzimáticas e distúrbios inexplicados caracterizadas pelo alargamento de todas as células de proliferação rápida do corpo, incluindo as células da medula. Laboratorialmente, a característica bem visível é o VCM, que se encontra aumentado em torno de 120 a 140 fl, e, também o esfregaço, onde a presença de macro-ovalócitos e neutrófilos hipersegmentados levam ao diagnóstico das anemias megaloblásticas. A deficiência de cobalamina e folatos são as causas mais comuns dessa anemia onde, tanto uma quanto a outra participam da síntese de DNA, por isso, na ausência de uma ou de ambas a produção de timina fica afetada e consequentemente os cromossomos não se duplicam, não havendo divisão celular. A falta de cobalamina pode levar à problemas neurológicos e psiquiátricos, além da anemia megaloblástica. Os sintomas comuns são: fraqueza, palpitações, palidez entre outros. O diagnóstico diferencial para estabelecer qual das vitaminas está causando a anemia é muito importante e deve ser realizado o mais cedo possível, pois esta ausência é facilmente reparada quando tratada com terapia adequada.

Informações adicionais com o autor: 43 – 253 1190


ESTUDO DOS CASOS DE ANEMIA NORMOCRÔMICA E NORMOCÍTICA DOS PACIENTES DA HEMODIÁLISE

Autora: Angélica de Almeida Dutra Carvalho

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo avaliar a Anemia Normocrômica/Normocítica em pacientes renais crônicos analisando suas morfologias eritrocitárias e também a contagem de seus respectivos reticulócitos. O material utilizado para a análise foi o sangue arterial dos 79 pacientes que compõem a Hemodiálise com idade entre 14 e 81 anos, do sexo feminino e masculino, residentes em Fernandópolis e região, com tempo de diálise aproximadamente entre 16 anos e um mês, com a cor branca como predominante, com nível social baixo e a grande maioria com casos de hereditariedade; durante os meses de agosto, setembro, outubro e novembro de 2000. Em estudo, a doença renal demonstrou Anemia Normocrômica e Normocítica apresentando: eritrócitos, hemoglobina e hematócrito diminuídos; VCM e HCM normais. Havendo assim algumas exceções com pacientes apresentando eritrócitos, hemoglobina e hematócrito diminuídas; VCM e HCM diminuídos ou aumentados, Mediante os resultados obtidos dos 79 pacientes da Hemodiálise de Fernandópolis através da análise do eritrograma e a contagem dos reticulócitos revelou que os pacientes respondem ao tratamento terapêutico administrado, com raras exceções. A média obtida durante os meses de agosto, setembro, outubro e novembro das dosagens de eritrócitos, hemoglobina e hematócrito e cálculo dos índices hematimétricos observam que não houve variação e para a contagem de reticulócitos uma resposta terapêutica desejada. O desvio padrão de cada dosagem nos mostra que não houve nenhuma amostra que excedeu a média em 2 (desvio padrão). Observamos que 86% apresentaram anisocitose com alta freqüência a macrocitose e com baixa freqüência o dimorfismo e a normocitose, 71% mostraram anisocromia com alta freqüência a hipocromia e com baixa freqüência normocrômica, e 42% apresentaram poiquilocitose com alta freqüência os equinócitos e com baixa freqüência os eliptócitos.

Informações adicionais com o autor: 17 – 462 5682


ANEMIA EM CRIANÇAS DE 4 A 7 ANOS

Autor: Carlos Otávio Maciel da Motta

Resumo: O presente trabalho consiste em analisar a ocorrência da anemia que ocorre na cidade de Cáceres, localizada na região Centro Norte de Mato Grosso, apresentando clima tropical à margem esquerda do rio Paraguai. Cáceres conta com o total de 120 mil habitantes, moradores entre a zona urbana e rural. Nessa especialização fizemos orientações sobre o quadro da anemia em crianças junto aos familiares dessa região, com isto avançamos no relacionamento “Biomédico”, “Médicos” e “familiares”, tornando a pesquisa direcionada ao humanismo para simplificarmos o trabalho de rotina no Laboratório de Análises. Das 45 crianças analisadas obteve-se alguns dados clínicos enviados pelo pedido médico, e foram realizados exames laboratoriais: esfregaços em lâminas, hematócrito, hemoglobina, eritrócitos, dosagem de ferro sérico e exame de fezes. Observou-se paralelamente nos pesquisados as questões ambientais (saneamento básico) e econômicos (fonte de renda salarial), como um fator imprescindível para a saúde, já que estão inclusos aqui a higiene e alimentação. Quanto ao relacionamento laboratório e familiares, foi apresentado aos pais das crianças em estudos, o laboratório como um todo, pois se trata dos procedimentos da coleta invasiva onde o uso de agulhas e seringas não são traumáticas, quanto a um bom procedimento profissional no trabalho diário de laboratório. Vale ressaltar que este trabalho foi realizado por métodos e técnicas manuais. Assim foi feita uma seqüência de procedimentos de técnicas manuais as quais citaremos todos os materiais dessa pesquisa, no decorrer deste trabalho. Finalizando, esta pesquisa teve como objetivo principal avaliar o quadro das anemias nas crianças com faixa etária com 4 a 7 anos, onde a inter-relação profissional laboratório e o social nos revelam o verdadeiro quadro de anemias no dia a dia.

Informações adicionais com o autor: 65 – 223 1167


AVALIAÇÃO LABORATORIAL DAS DOENÇAS FALCIFORMES

Autora: Cássia Rita Pereira Blum

Resumo: As doenças falciformes constituem um grupo de doenças crônicas degenerativas, auto incapacitante que ainda não tem cura. A hemoglobina S é muito difundida no continente africano e nos países que tiveram a influência étnica do negro. O falcêmico tem uma qualidade de vida muito baixa e em geral suas condições sócio econômico e cultural também indicam carência em vários aspectos. A doença ocorre por causa de uma mutação genética que ocorreu há cerca de 100 mil anos no continente africano. Sendo assim, as células do sangue (hemáceas), se falcizam e assumem a forma de foice, por isso, perdem sua capacidade de maleabilidade no fluxo sangüíneo. O diagnóstico laboratorial é feito por técnicas de eletroforese alcalina em pH 8,0 e ácida em pH 6,0. Outros testes que apenas mostram a presença de Hb S, sem identificar o seu genótipo, são os testes de falcização e solubilidade.

Informações adicionais com o autor: 17 – 976 2273


HEMOFILIA

Autores: Claudia Regina S. Mazoni Domingues de Aquino

José Francisco Guimarães de Aquino

Resumo: Hemofilia é uma doença hemorrágica, hereditária, relacionada ao cromossomo sexual X, caracterizada pela deficiência da atividade coagulante do fator VIII (hemofilia A) ou do fator IX (hemofilia B). Outras coagulopatias hereditárias menos freqüentes são: deficiência de fatores I (fibrinogênio), II, V, VII, X, XI e XIII, além de doença de von Willebrand. Clinicamente, as hemofilias A e B são literalmente semelhante. Assim, ambas são classificadas como: Grave: fator VIII ou IX inferior a 1% do normal; Moderada: fator VIII ou IX entre 1 a 5% do normal; Leve: fator VIII ou IX entre 5 a 25% do normal. A apresentação clínica nas hemofilias é heterogênea e inclui sangramentos espontâneos ou como resultado de uma lesão ou trauma, podendo ocorrer em qualquer parte do corpo. Contudo, alguns locais são mais afetados, como as articulações. Os episódios hemorrágicos mais comuns são: equimose, hematoma, hemartrose, hematúria e hemorragia oral.

Informações adicionais com o autor: 16 – 818 1332


LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA

Autora: Daniela Mendes Borges

Resumo: A monografia a seguir trata de uma forma resumida da Leucemia Mielóide Crônica (L.M.C.); uma doença de caráter proliferativo, ou seja, neoplásico e geralmente de evolução crônica que acaba por apresentar uma fase terminal tormentosa, quase sempre com características clínicas e hematológicas de leucemia aguda. Essa forma de leucemia é predominante em adultos, sendo rara em crianças. A maioria dos pacientes são sintomáticos quando se estabelece o diagnóstico. Os sintomas mais comuns são: febre baixa, anorexia, perda de peso, cansaço, dificuldade respiratória, dores abdominais e hemorragia. O cromossomo Philadelphia está presente em cerca de 95% dos casos, não somente nas células precursoras dos neutrófilos, mas também nos eritroblastos, megacariócitos e linfócitos B. Admite-se que o clone de células malignas tenha origem na célula primitiva pluripotencial. O hemograma freqüentemente mostra anemia normocítica e normocrômica, leucócitos elevados entre 50 e 400 mil/mm3, e plaquetas normais ou aumentadas. A maior parte dos leucócitos são constituídos por neutrófilos nas fases de promielócitos, mielócitos, metamielócitos, bastonetes e segmentados, geralmente em proporção desordenada, caracterizando o desvio à esquerda não escalonado. O diagnóstico laboratorial pode ser complementado através da realização do mielograma, da reação citoquímica da fosfatase alcalina nos neutrófilos e a citogenética para verificar a presença do cromossomo Philadelphia. O tratamento da L.M.C. consiste na utilização de drogas quimioterápicas com objetivo de eliminar as células leucêmicas e a grande esperança de cura gira em torno do transplante de medula óssea de doador HLA compatível.


A HIDROXIURÉIA NO TRATAMENTO DE ANEMIA FALCIFORME

Autora: Diana Motoyama de Almeida

Resumo: Estudos mostram que em certos pacientes o efeito global da hydroxiuréia (HU) nos níveis de Hb é uma função da diferença entre a diminuição da produção de células sangüíneas vermelhas (devido ao efeito mielosupressivo) e o aumento no tempo de vida destas mesmas células. Na maioria dos pacientes que responderam à HU houve um efeito preferencial no aumento do tempo de vida das células sangüíneas vermelhas, melhorando o curso clínico da doença, de acordo com o estudo de Samir K. Ballas e colegas (1999). Alguns estudos tentam explicar a melhora clínica significativa de pacientes com anemia falciforme em tratamento com HU antes mesmo de um aumento nos níveis de Hb F. Entre as propostas estão a possível formação de metahemoglobinas e oxihemoglobina nítrica (nitric oxide-hemoglobin) que poderia explicar parcialmente os efeitos benéficos observados em alguns pacientes. Além disso, a HU talvez provoque uma diminuição na interação entre as células sanguíneas vermelhas com o endotélio vascular através da diminuição da molécula de adesão vascular-1 solúvel (sVCAM-1) e da atividade neutrofílica, fato que poderia ajudar a atenuar a fase de propagação das crises vaso-oclusivas. A presente monografia traz um relato sobre a fisiopatologia da anemia falciforme e processo fisiológico do uso da hidroxiuréia no tratamento desta doença.

Informações adicionais com o autor: 19 – 241 5005


ESTUDO COMPARATIVO DA CONTAGEM DE LEUCÓCITOS EM CONTADOR AUTOMATIZADO EM RELAÇÃO AO TEMPO

Autor: Everson Stabile

Resumo: O presente estudo compõem-se de 25 amostras e destina-se à verificação de possíveis variações do número de leucócitos em Contador Automatizado em relação ao tempo de processamento das amostras. Obteve-se uma média de coeficiente de variação de 0,33. Conclui-se, então, frente aos resultados obtidos, que, uma amostra preservada dentro dos requisitos de controle de qualidade, não sofrerá variação na contagem de leucócitos dentro de 24 horas.

Informações adicionais com o autor: 18 – 642 1993


ANEMIA MEGALOBLÁSTICA

Autor: Flávio César Lopes Bacha

Resumo: Anemia Megaloblástica é um grupo de distúrbios originados principalmente pela deficiência de cobalamina e folato. A vitamina B12 e o ácido fólico intervém no metabolismo de quase todas as células do organismo. Sua ação é importantíssima na síntese do DNA e das proteínas e sua carência afeta, portanto, todas as células do organismo. Destas, as que têm proliferação com mitoses freqüentes e, portanto, maior síntese de proteínas e de DNA, são as que mais sofrem as conseqüências da carência de folatos e da vitamina B12. É o caso do retículo hemopoiético. Assim, é que a carência de vitamina B12 e de folatos ocasiona alterações dos elementos figurados do sangue. Essa carência provoca também sintomas digestivos como diarréia e anorexia, sintomas oculares como diminuição da acuidade visual, alterações no sistema nervoso como degeneração da bainha de mielina dos nervos na deficiência de B12, alterações da pele e de seus fâneros, atrofia das papilas linguais além dos sintomas gerais da anemia.

Informações adicionais com o autor: 35 – 271 1266


ATUALIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS EM HEMOSTASIA E COAGULAÇÃO

Autor: Flávio de Sousa Paiva

Resumo: Este trabalho foi realizado para abordar os aspectos fisiológicos e funcionais dos elementos envolvidos na Hemostasia e Coagulação. Ao consultar as literaturas hematológicas adquirimos conhecimentos, ficamos fascinados pelo processo da coagulação e registramos em forma de palavras seqüenciais a síntese da coagulação. Tal procedimento servirá de apoio técnico aos serviços de análises hematológicas, entendendo e proporcionando aos nossos pacientes uma melhor avaliação e conseqüentemente melhor divulgação de resultados.

Informações adicionais com o autor: 62 – 461 1230


ANEMIA FALCIFORME

Autor: Gustavo Burjaili Barcelos

Resumo: A hemoglobina é uma proteína globular que tem como principal função o transporte de oxigênio. Em um eritrócito normal a molécula de hemoglobina predominante é a hemoglobina A (Hb A), seguida pela Hb A2 em menor concentração e por resquícios de hemoglobina fetal. A Hemoglobina S (Hb S), apresenta a substituição do ácido glutâmico por valina na posição 6 da cadeia beta, o que a torna diferente da Hb A, classificando-a como uma hemoglobina anormal. Na Hb S a troca do ácido glutâmico pela valina permite a produção de uma ciclização valina-valina na extremidade n-terminal da cadeia beta, produzindo uma estrutura de ligação sobre a superfície da cadeia beta, que quando desoxigenada pode ligar-se a uma molécula adjacente de hemoglobina provocando a formação de monofilamentos. Esses monofilamentos podem se associar formando microtúbulos, denominados tactóides, os quais provocam a deformação dos eritrócitos dando a ela a forma afoiçada, e esse fenômeno leva à falcização. O início, a intensidade e os resultados clínicos da falcização são afetados por vários fatores. Entre esses fatores destacamos como de maior importância: a porcentagem de hemoglobina fetal, a tensão de oxigênio, tipos de células, pH e viscosidade sanguínea e a fragilidade das células afoiçadas. A anemia falciforme é determinada por um gene semidominante onde a presença de um único gene no heterozigoto implica em anomalia globular sem expressão clínica, enquanto que o estado homozigoto determina a exteriorização completa desta patologia. A anemia falciforme é uma hemoglobinopatia predominante na raça negra, porém tem uma distribuição variada podendo ser encontrada também em latinos e americanos. A presença de uma hemoglobina anormal denominada Hb S é a principal característica desta patologia. As alterações estruturais que essa hemoglobina provoca no eritrócito fazem com que este seja retirado precocemente da circulação o que caracteriza um quadro de anemia hemolítica crônica. As crises drepanocíticas são síndromes que se desenvolvem rapidamente em indivíduos com anemia falciforme. Essas crises são imprevisíveis e geralmente desencadeadas por desidratação e infecções. A classificação dessas crises é realizada de acordo com seu mecanismo de atuação; as principais crises são: as crises de oclusão vascular, de seqüestração esplênica e aplástica. Os indivíduos com traço drepanocítico geralmente são assintomáticos. Já os indivíduos portadores de anemia falciforme são testemunhas da adaptação do corpo à grave anemia crônica. Os principais sintomas da doença estão relacionados aos locais de localização e a intensidade das crises drepanocíticas. Esses sintomas estendem-se desde úlceras em membros inferiores e anormalidades ósseas, até o acometimento grave de alguns órgãos, como o baço e fígado, e sistemas orgênicos como o cardiopulmonar, o geniturinário e o sistema nervoso central. O diagnóstico laboratorial de portadores de anemia falciforme se faz através do hemograma e da eletroforese de hemoglobina, sendo necessário uma confirmação desta hemoglobina pelo teste de solubilidade e/ou pela prova de falcização. A prevalência da Hb S na população brasileira é heterogênea devido à introdução de escravos africanos em regiões específicas durante a colonização, e aos processos de miscigenação que ocorreram com intensidades variáveis nas diferentes regiões do país.

Informações adicionais com o autor: 17 – 421 3523


ANEMIA FERROPRIVA

Autora: Ildamara Canôa

Resumo: Anemia ferropriva é uma anemia carencial de ferro. A carência de ferro atualmente é a carência nutricional de maior prevalência no mundo, atingindo aproximadamente 1 bilhão de indivíduos. Entre os principais sintomas que acometem as pessoas com anemia, destacam-se os seguintes: desânimo, fadiga, dispnéia, angina, dor de cabeça, náusea, distúrbio menstrual e perda da libido. Os sinais físicos mais importantes são: palidez, taquicardia, variação na pulsação e insuficiência cardíaca congestiva. Estudos realizados nos EUA e pela OMS revelam que a anemia ferropriva é a principal causa de distúrbios de saúde e perda da capacidade de trabalho, levando consequentemente ao déficit econômico. Entre os grupos mais afetados estão as crianças, adolescentes, mulheres em idade fértil e gestantes. Inúmeros fatores contribuem para essa elevada prevalência da deficiência de ferro: aumento das necessidades orgânicas nos períodos de crescimento acelerado, diminuição da ingestão de ferro (qualitativa e quantitativa), e elevada prevalência de parasitismo intestinal. Entre os fatores causais de anemia ferropriva destaca-se a ingestão inadequada de ferro o que vem a confirmar que a principal etiologia da carência de ferro em nosso meio é alimentar. As conseqüências desencadeadas pela deficiência de ferro são principalmente déficit no ganho de peso, alterações na imunidade, diminuição na capacidade de trabalho físico, diminuição na performance física de atletas, alterações na termorregulação, atraso no desenvolvimento neuro-psicomotor, diminuição na capacidade de concentração e nas funções cognitivas. O diagnóstico da anemia ferropriva é realizado através do hemograma onde podemos observar anemia microcítica-hipocrômica, anisocitose e moderada pecilocitose com presença de eliptócitos. O diagnóstico também é feito através das dosagens de ferro e ferritina.

Informações adicionais com o autor: 18 – 284 1458 / 284 1271


ANEMIAS RELACIONADAS A AFECÇÕES NÃO HEMATOLÓGICAS

Autor: Johnny Fouad Matta

Resumo: Anemias desencadeadas por afecções não hematológicas possuem causas diversas, entre elas nefropatias, hepatopatias, neoplasias, endocrinopatrias e outras. Estas patologias levam a processos anêmicos resultantes de fatores extracorpusculares que reduzem o tempo de vida dos eritrócitos e/ou diminuem a eritropoiese onde sua melhora está diretamente relacionada com a resolução da doença primária. Estas alterações funcionais podem originar hemáceas do tipo normocíticas e normocrômicas, macrocíticas e normocrômicas, hipocrômicas e microcítica, caracterizando assim diversos tipos de anemia.

Informações adicionais com o autor: 67 – 784 3501 / 921 2583


COMO DIAGNOSTICAR E TRATAR ANEMIAS

Autor: José Angel Mastache Astorgano

Resumo: Define-se como anemia o estado em que o nível de hemoglobina no sangue é inferior ao esperado. Este nível esperado de hemoglobina é determinado através de estudos populacionais em indivíduos considerados normais, como doadores de sangue, escolares, etc… . Obtém-se assim uma média aritmética, que passa a ser o valor de referência, e os valores normais, estarão situados no intervalo compreendido acima. Estes valores normais apresentam variações dependentes da cidade, do sexo e da altitude da localidade onde vive o indivíduo, entre outros parâmetros. Assim, ao nascimento a criança exibe uma concentração de hemoglobina de 18 a 20 gramas, lentamente cai para 10 a 11 gramas com um ano de idade; aumenta gradativamente de 12 a 13 gramas dos três aos sete anos e atinge os valores de adulto aos 13 anos de idade. Nesta faixa etária, ou seja, na adolescência aparecem as diferenças advindas do sexo: os homens passam a apresentar maior concentração de hemoglobina em relação às mulheres, a mercê da emergente ação dos hormônios androgênicos passarem a decair.

Informações adicionais com o autor: 24 – 453 4314


INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO NAS ALTERAÇÕES MORFOTINTORIAIS ENCONTRADAS NA POPULAÇÃO DE CANDÓI – PR

Autor: José Henrique Vallin

Resumo: Os pacientes que se submeteram ao hemograma, durante um período de 11 meses, perfaziam em média, um salário mínimo ao mês, não se alimentando corretamente, onde conseqüentemente não forneciam um aporte de substratos necessários a uma boa eritropoiese. A alimentação deficiente em ácido fólico e vitamina B12, prejudica a síntese de duplicação do DNA das células tronco pluripotente, afetando também a síntese de globinas. A carência destas vitaminas aliada à deficiência de ferro para a maturação celular causa alterações de ordem morfológica e tintorial. A deficiência de ferro é caracterizada pela queda de hemoglobina, com células vermelhas inicialmente microcíticas e posteriormente hipocrômicas com crescente palidez central, e progressiva anisocitose e poiquilocitose, caracterizam a anemia por deficiência de ferro. Os índices de glóbulos vermelhos VCM, HCM e CHCM tornam-se diminuídos. Até que o tratamento com ferro seja iniciado, a contagem de reticulócitos é baixa e não há policromasia periférica. A eritropoiese na medula óssea é hiperplástica, mas com citologia anormal, sendo os eritroblastos pequenos, pobremente hemoglobinizados e geralmente com contornos irregulares e denteados. O ácido fólico e a vitamina B12 entram na bioquímica básica da síntese de DNA na fase S do ciclo celular, devido principalmente à formação de timidilato que normalmente é dependente de B12 e de folato como cofatores na sua síntese. As divisões nucleares são, portanto, retardadas e o padrão da disposição da cromatina nuclear e a sincronização núcleo-citoplasmática em desenvolvimento é afetada. Os achados do sangue periférico incluem anemia mais ou menos grave com eritrócitos normocrômicos, mas muito macrocíticos, com volume celular médio (VCM) geralmente aumentado. A hemoglobina corpuscular média (HCM) está aumentada acima de 32 pg, mas a concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) é normal não acima de 36%. A anisocitose e poiquilocitose aparecem cedo no curso da anemia e tornam-se cada vez mais graves, sendo particularmente característicos os grandes ovalócitos, embora outras formas incluindo a poiquilocitose em lágrima também possam ser vistas. Os glóbulos vermelhos podem ocasionalmente mostrar pontilhado basófilo e fragmentos nucleares de Howell-Jolly, mas também podem estar diminuídos.

Informações adicionais com o autor: 19 – 9604 2340


LEUCEMIA AGUDA

Autor: José Luiz Alves Menino

Resumo: A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos) de origem, na maioria das vezes, não conhecida. Ela tem como principal característica o acúmulo de células jovens (blásticas) anormais na medula óssea que substituem as células sangüíneas normais. A medula é o local de formação das células sangüíneas, ocupa a cavidade dos ossos (principalmente esterno e bacia). Nela são encontradas as células mães ou precursoras que originam os elementos figurados do sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e plaquetas. Os principais sintomas da leucemia decorrem do acúmulo dessas células na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção dos glóbulos vermelhos (causando anemia), dos glóbulos brancos (causando infecções) e das plaquetas (causando hemorragias). Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo com isso que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico e a classificação da leucemia. O tipo de leucemia mais freqüente na criança é a leucemia linfóide aguda (ou linfoblástica). A leucemia mielóide aguda é mais freqüente no adulto. Esta última tem vários subtipos: mieloblástica (menos e mais diferenciada), promielocítica, mielomonocítica, monocítica, eritrocítica e megacariocítica.

Informações adicionais com o autor: 11 – 434 5509


TALASSEMIAS E DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Autora: Karla Cristina de Miranda Cotrim Rassi

Resumo: Este trabalho divide-se em duas partes: uma revisão geral sobre talassemias e o seu diagnóstico laboratorial. Na revisão geral, é apresentada a evolução histórica das talassemias, sua fisiopatologia, classificação, formas clínicas e a incidência. No diagnóstico laboratorial, é comentado os exames existentes, desde os mais usados, rotineiramente, como também nos que podem ser usados para a pesquisa no campo de estudos avançados, juntamente com os critérios diagnósticos e as estratégias de investigação dessa enfermidade.

Informações adicionais com o autor: 62 – 461 2562


AVALIAÇÃO HEMATOLÓGICA EM FUNCIONÁRIOS DA INDÚSTRIA QUÍMICA E ALIMENTÍCIA DA CIDADE DE SANTO ANDRÉ, SP

Autora: Leila Cristina P. Robles

Resumo: Analisaram 1.500 funcionários da indústria alimentícia de Santo André, estes divididos em vários setores; todos os funcionários eram adultos e com mais de um ano de empresa, sendo destes funcionários 885 do sexo feminino e 615 do sexo masculino. A avaliação dos resultados mostrou que dos 1.500 pacientes analisados, 10,13% apresentaram eosinofilia; 2,4% microcitose; 0,7% macrocitose; 0,6% hipocromia; 0,8% leucocitose; 1,26% leucopenia e 3,06% hemoglobina abaixo de 12g/dl. Após análise destes resultados concluímos que: as alterações obtidas não apresentaram significância na população analisada, pois a anormalidade específica como leucopenia, anemia e leucocitose tiveram valores de prevalência aceitáveis (abaixo de 5% da população) estes funcionários que se expõem a algum agente tóxico, altas e baixas temperaturas. Entretanto o funcionário que se expõe a agentes tóxicos com risco ocupacional deveriam ser monitorizados regularmente pela vigilância sanitária e pelos agentes de segurança no trabalho.

Informações adicionais com o autor: 11 – 450 4748


MIELOMA MÚLTIPLO

Autora: Lozanira Nicéia de Palma

Resumo: O mieloma múltiplo (MM) é uma neoplasia das células plasmocitárias, pela proliferação de plasmócitos anormais, que dominam as lesões tumorais e múltiplas. A doença se deve a alterações das células primordiais da hematopoiese Na maioria dos pacientes com mieloma múltiplo a análise eletroforética de proteínas séricas revela níveis aumentados de uma das classes de imunoglobulinas no sangue e/ou cadeias leves na urina, a proteína de Bence-Jones. O envolvimento renal é uma manifestação comum e algumas vezes sombria do Mieloma Múltiplo, sendo que a insuficiência renal franca ocorre em metade dos pacientes com essa afecção, onde a causa principal da disfunção renal relaciona-se com a proteinúria de Bence-Jones (de cadeia leve). A amiloidose primária ou associada a imunócitos também é uma expressão de discrasia plasmocitária. Esta forma de amiloidose resulta de uma proliferação monoclonal de plasmócitos com produção excessiva de cadeias leves livres que depositam como substância amilóide. A maioria dos pacientes apresentam anemia normocítica e normocrômica, algumas vezes acompanhada por leucopenia moderada. As manifestações da síndrome de hiperviscosidade incluem hemorragias retinianas, sangramento prolongado e alterações neurológicas. A hiperglobulinemia leva a formação de “roleaux” no esfregaço sangüíneo e o aumento da velocidade de hemossedimentação (VHS); a hipercalcemia é freqüente no MM. O prognóstico dessa doença depende do estádio de avanço por ocasião do diagnóstico. Neste trabalho foi relatado o caso de um paciente com Mieloma Múltiplo com um prognóstico ruim sendo caracterizado mieloma 3b. O paciente tinha lesões líticas no crânio e ilíaco, no raio X do tórax observou lesões intersticiais, e fraturas patológicas em arco costal. Os efeitos tóxicos das cadeias leves nas células tubulares dos rins, bem como obstruções dos túbulos pela disposição de proteínas anormais levaram a insuficiência renal, pois apresenta uréia e creatinina alterados. O cálcio está diretamente elevado devido às lesões ósseas. No hemograma ocorreu grande diminuição da hemoglobina e hematócritos, onde foi observada anemia normocítica e normocrômica com presença de hemácias empilhadas (roleaux) devido a hiperglobulinemia. Em um dos hemogramas realizados foi encontrado 2% de plasmócito. Na eletroforese de proteína este paciente teve elevação monoclonal na g globulina desde o início, com um total iniciante de 16,6 mg/l onde o valor normal é de 0,8 mg/l. Na biópsia da medula óssea foi encontrada grande porcentagem de plasmócitos. O paciente está em tratamento quimioterápico, não passa muito bem devido as dores no corpo e fraqueza.

Informações adicionais com o autor: 14 – 9706 4981


PREVALÊNCIA DE HEMOGLOBINOPATIAS E TALASSEMIAS EM PACIENTES DO LABORATÓRIO SALUTI EM GOIÂNIA – GO

Autor: Lucas Junqueira Rezende

Resumo: Os distúrbios hereditários da hemoglobina estão presentes na população mundial e particularmente, na brasileira. Este estudo teve como objetivo fazer análise prospectiva de resultados de 140 amostras de sangue, que foram submetidas à eletroforese de hemoglobina, de pacientes do Laboratório Saluti em Goiânia – GO. Os resultados encontrados mostraram que 52,1% das amostras foram de hemoglobinas normais; 30,7% de talassemia alfa; 7,9% de portador de traço falcêmico; 3,6% de associação talassemia alfa e traço falciforme; 1,4% de associação de beta/traço falcêmico; 1,4% de associação beta/alfa talassemia; 1,4% de heterozigoto para hemoglobina C; 0,7% de associação de alfa talassemia/heterozigoto para hemoglobina C e 0,7% de associação de beta talassemia e heterozigoto para hemoglobina C. Conclui-se a importância de trabalho de levantamento populacional para detecção de anemias hereditárias, pois representam um alerta para as autoridades de saúde pública, pela sua morbidade e, em alguns casos, de mortalidade.

Informações adicionais com o autor: 62 – 212 2973


SISTEMA HLA

Autora: Magda Batista Mergulhão

Resumo: Esta monografia foi realizada com base em um rastreamento bibliográfico abrangente, sobre o sistema HLA. Seu conteúdo foi obtido através de análise de livros, artigos e publicações. Esse trabalho teve início pela descoberta deste sistema, sua composição e importância. Como pode ser visto não é um sistema unicamente humano, daí o relato de suas principais características para os humanos bem como seu processamento a nível celular (demonstrado pelos linfócitos). Também foi demonstrado o polimorfismo do sistema HLA, seu significado clínico e associações com doenças. Finalmente foram demonstrados métodos para tipagem do HLA, bem como suas importâncias e diferenças.

Informações adicionais com o autor: 17 – 226 5046


EOSINÓFILOS

Autora: Márcia Adriana Fraga

Resumo: Eosinófilos são células leucocitárias que circulam normalmente no sangue periférico de um organismo sadio. É formado na célula tronco pluripotente como todas as demais, onde passam por todos os processos de maturação, sendo cada fase com suas características próprias mieloblasto eosinófilo, promielócitos eosinofílico, mielócito eosinofílico, metamielócito eosinofílico e eosinófilo com núcleo segmentado, e é lançado na corrente sangüínea. Seu tempo de vida dura de 10 horas a 4 dias, e sua morte ocorre num processo natural. Podemos encontrar alterações dos eosinófilos, tanto aumento como diminuição do seu número. Eosinofilia – é o aumento no número dos eosinófilos, ultrapassando o limite de referência com ampla tolerância em 700/ul, podendo ser: parasitária ou alérgica, em torno de 95% dos casos; patológica, fisiológica, medicamentosa, química; sem causa aparente, onde o indivíduo vive normalmente com a eosinofilia, podendo ser hereditária ou não, etc. Eosinopenia – é a diminuição no número dos eosinófilos, na forma absoluta, que ocorre em quase todas as moléstias infecciosas agudas; início de intoxicação, intervenções cirúrgicas graves; alterações fisiológicas, após medicação, etc.

Informações adicionais com o autor: 17 – 521 1568


TALASSEMIA BETA MENOR: ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE LINS – SP

Autor: Márcio André Becari

Resumo: O desenvolvimento deste trabalho foi mostrar aos profissionais que atuam em laboratórios de análises clínicas, mais especificamente na área de hematologia que não se faz necessário grandes investimentos para diagnosticar ou perceber a presença de talassemia ou algum outro distúrbio hematológico relacionado. A ênfase é demonstrar a presença da talassemia beta menor procurando suas alterações hematológicas mais comuns e, também, relatar as dificuldades encontradas no decorrer do estudo. O uso correto da eletroforese de hemoglobina faz a diferença entre a percepção da alteração hematológica e a sua devida classificação. As alterações morfológicas das hemácias podem indicar, mas não podem confirmar a talassemia Beta Menor. Os resultados e conclusões apresentados apontam a necessidade de uma maior ênfase na análise morfológica dos eritrócitos no esfregaço sangüíneo, sugerindo conforme tais alterações, a presença de poiquilócitos e assim, indicando fortes indícios de possíveis pacientes talassêmicos.

Informações adicionais com o autor: 14 – 522 6432


ANEMIAS HEMOLÍTICAS

Autor: Martinho da Palma e Mello Júnior

Resumo: Como já sabe a anemia se conceitua como diminuição da taxa de hemoglobina, e três são os mecanismos para causar anemia: perda hemorrágica, diminuição da produção eritrocitária e destruição aumentada dos eritrócitos (que constitui o grupo das Anemias hemolíticas). O conceito básico de anemias hemolíticas é a destruição excessiva de eritrócitos, após terem participado do “pool” de circulação durante alguns dias. A destruição aumentada dos eritrócitos se deve a dois fatores: defeito na formação ou estrutura dos eritrócitos, conhecida como anemias hemolíticas hereditárias, e agressão aos eritrócitos normais, conhecida como anemias hemolíticas adquiridas.

Informações adicionais com o autor: 67 – 6683 9218


PREVALÊNCIA DE HEMOGLOBINOPATIAS E ANEMIAS NUTRICIONAIS EM AMOSTRAS DE SANGUE DE CRIANÇAS DO MUNICÍPIO DE QUIRINÓPOLIS – GOIÁS

Autor: Odir Sagim Junior

Resumo: Foram examinadas 800 amostras de sangue de escolares, sem distinção de sexo e raça com idade entre 1 e 12 anos. Para efeito de comparação foram examinadas 72 amostras de sangue de pessoas da raça negra sem distinção de sexo e idade. O objetivo deste trabalho foi verificar a prevalência de hemoglobinopatias e anemia nutricional, pois compreende um grupo heterogêneo de alterações genéticas e nutricionais, disseminadas pelo mundo todo, que tem grande importância no desenvolvimento físico, intelectual e na qualidade de vida de seus portadores. Este tem importância social devido ao aspecto preventivo relativo à propagação e prevenção destas doenças. A anemia nutricional esteve presente em 33,5% (268) das 800 crianças examinadas sendo que 30,9% (247) apresentaram grau discreto de anemia, 2% (16) com grau moderado de anemia e 0,6% (5) com grau grave de anemia. As hemoglobinopatias correspondem a 3,98% (32) das 800 crianças examinadas. A HbAS corresponde a 2,38% (19) a HbAC corresponde a 1,5% (12) e a do tipo Hb Ab2 0,1% (1). A a-Talassemia pesquisada separadamente esteve presente em 17% (34) das 200 crianças examinadas de ambos os sexos sem distinção racial. Nas 72 amostras da raça negra foram encontradas 13,88% (10) de Hb AS, 1,38% (1) de HbAC e 40,28% (29) de talassemia alfa. Não foi detectada na população avaliada de 872 pessoas a elevação de HbA2, indicativa de talassemia beta menor.

Informações adicionais com o autor: 62 – 651 1222


ANEMIA FALCIFORME

Autor: Omitair José de Deus Junior

Resumo: Este trabalho é constituído de uma revisão bibliográfica, onde foi traçado amplo aspecto das relações de causas e efeitos da Hemoglobinopatia, especificamente a Hb S, sobre a população.

Informações adicionais com o autor: 62 – 461 1453


HEMOTERAPIA

TRANSFUSÃO DE SANGUE E SEUS COMPONENTES

Autora: Paula Andrea Gabrielli Fregonezi

Resumo: Após o término deste estudo bibliográfico conclui-se que transfusão de sangue é importante como medida terapêutica e o progresso técnico permitiu a rápida expansão dos Bancos de Sangue, porém é necessário que para a terapia de transfusão sejam avaliados os benefícios esperados contra os perigos em potencial. Os produtos do sangue (componentes e derivados) devem unicamente ser transfundidos quando definitivamente indicados, e deve ser analisada cada necessidade individual dos pacientes antes de se ordenar à transfusão.

Informações adicionais com o autor: 19 – 583 1938 / 583 1600


PREVALÊNCIA DE HEMOGLOBINOPATIAS EM UM GRUPO DE ALUNOS DE BIOMEDICINA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Autor: Paulo Roberto de Melo Reis

Resumo: Foram analisadas 93 amostras de sangue de um grupo de alunos do curso de Biomedicina da Universidade Católica de Goiás, com idade entre 18 e 25 anos e de ambos os sexos. O objetivo do trabalho foi avaliar a prevalência de hemoglobinopatias e talassemias. As amostras foram obtidas por punção venosa e submetidas a análises laboratoriais, empregando os seguintes procedimentos: eritrograma, estudo citológico, teste de resistência globular, eletroforese pH alcalino e ácido. Os resultados obtidos mostraram que 14% dos indivíduos estudados apresentaram alterações da hemoglobina, sendo que desses, 1,5% apresentaram talassemia alfa, 5,4% portadores de hemoglobina AC e também de hemoglobina AS e 7,7% associação entre talassemia alfa e portador de Hemoglobina AS. Diante dos resultados, está evidenciado a necessidade de programas com maior abrangência na população, para um estudo da epidemiologia das hemoglobinopatias no estado de Goiás.

Informações adicionais com o autor: 62 – 212 2973


AS ANEMIAS FERROPÊNICAS AINDA SÃO A MAIORIA DAS ANEMIAS?

Autora: Rosana Mallet e Ribeiro de Carvalho Motta

Resumo: O presente trabalho parte da premissa que a maioria das anemias ocorre por carência de ferro. Foram pesquisados 100 pacientes do município de Ariranha – SP que procuraram a U.B.S. por sintomas relacionados a anemia. Após a realização dos exames e do uso do medicamento Sulfato Ferroso da FURP constatou-se que a maioria (80%) dos casos de anemia foi revertida, o que comprovou a carência de ferro sofrida por esta população.

Informações adicionais com o autor: 17 – 523 1833


ANEMAIS CARENCIAIS

Autora: Rosana Rossi de Oliveira

Resumo: Foi realizada uma avaliação bibliográfica para compor o tema anemias carenciais, com especial atenção para as causas das deficiências de vitamina B12 e folatos, e de ferro.

Informações adicionais com o autor: 18 – 652 4398


TALASSEMIAS

Autora: Silvia Helena Orsolon de Miranda

Resumo: A talassemia, também denominada anemia de Cooley ou anemia do Mediterrâneo, é um tipo de anemia hereditária, na qual as células são incapazes de sintetizar as quantidades adequadas de cadeias polipeptídicas que serão necessárias para a formação da porção globina da hemoglobina. Sendo assim, a síntese dessa hemoglobina é diminuída fazendo com que o sistema hemopoiético produza grande quantidade de eritrócitos novos, com pouca hemoglobina, pequenos e com membrana fragilizada pela deposição da globina despareada. Todas essas deformações induzem à destruição extravascular precoce dos eritrócitos afetados.

Informações adicionais com o autor: 11 – 251 2985


TALASSEMIA

Autora: Silvia Maria Manzato Laranjo

Resumo: Foram analisadas setenta amostras de sangue de pacientes com anemia a esclarecer, submetidas às avaliações do hemograma, eletroforese de hemoglobina, e pesquisa específica para talassemias. Os resultados mostraram que: 51,88% são portadores de talassemia alfa; 2,85% são portadores de talassemia beta; 4,28% são portadores de associação de talassemia alfa/beta; 19,57% são portadores de anemia ferropriva e 21,42% são portadores de anemias, mas apresentam células características de talassemia. Baseando-se nos objetivos propostos da pesquisa realizada, bem como na revisão bibliográfica, obteve-se que a incidência desta patologia ocorre a qualquer idade, tanto no sexo masculino como no feminino.

Informações adicionais com o autor: 17 – 631 3047 / 631 1409


TESTE DE COMPATIBILIDADE

Autora: Vera Lúcia Osti Caires

Resumo: A medicina transfusional moderna é uma ciência rapidamente progressiva. Os recentes avanços tecnológicos certamente afetarão a futura prática do banco de sangue. Os desenvolvimentos recentes incluem o emprego de substitutos eritrocitários, como o P-PolyHb, uma solução de hemoglobina modificada. O P-PolyHb pode fornecer capacidade de transportar oxigênio e pode ser administrado sem a necessidade de prova cruzada. Pode ser utilizado imediatamente no local de um acidente ou na sala de emergência O uso continuado e o desenvolvimento de anticorpos monoclonais estão apresentando um impacto decisivo sobre a terapêutica transfusional e o cuidado do paciente. O progresso no conhecimento das substâncias de grupo sangüíneo pode resultar na modificação bioquímica de todos os grupos sangüíneos não-O para um “sangue doador fenotipicamente universal”. Isto poderia solucionar o problema das disparidades em suprimentos de determinados grupos sangüíneos. O uso de ensaios de aderência em fase sólida para testes pré-transfusionais, ao invés de testes padronizados de hemaglutinação, oferece várias vantagens. Os ensaios em fase sólida oferecem sensibilidade aumentada sem perda de especificidade, sendo que os ensaios podem ser lidos de forma automatizada e podem ser rapidamente realizados. Nosso conhecimento dos testes de compatibilidade está num estado de desenvolvimento contínuo e desafios nos procedimentos técnicos. Com todas as novas condutas para testes pré-transfusionais, não devemos perder de vista a principal finalidade da terapia transfusão: fornecer o benefício máximo para o paciente.

Informações adicionais com o autor: 14 – 4671236 / 467 1122


TALASSEMIAS

Autora: Wilma Holowacz Alves Menino

Resumo: Dados arqueológicos baseados em mudanças esqueléticas indicam que a origem das talassemias deve ter ocorrido há mais de 50 mil anos no sul da Itália e na Grécia, ambas na região banhada pelo mar Mediterrâneo. As talassemias são classificadas em dois grandes grupos, alfa e beta, indicando respectivamente a diminuição da síntese de globinas alfa e beta. Características clínicas bem definidas demonstraram dois sub-grupos denominados por talassemia menor e talassemia maior. Com o uso de técnicas laboratoriais específicas tem sido possível caracterizar as talassemias em tipos alfa (mínima, menor, doença de Hb H e síndrome hidrópica), e tipos beta (menor, intermédia e maior)

Informações adicionais com o autor: 11 – 434 5509